Argentina cai em grupo com surpresa Islândia e conhecida Nigéria. Veja!

Depois de uma Eliminatória conturbada e garantir a vaga na Copa do Mundo apenas na última rodada, ao derrotar o Equador, a Argentina chega à Rússia como cabeça de chave do Grupo D e com a esperança de voltar à disputar o título - na Copa de 2014, chegou à final, mas perdeu para a Alemanha.

No Grupo D, ainda terá a surpresa Islândia, que teve boa campanha na Euro de 2016 e chegou à Copa pela primeira vez. Nigéria, velha conhecida da Argentina (já foram cinco confrontos em Mundiais) e Croácia, completam a chave.

VEJA ANÁLISE DO GRUPO D 

ARGENTINA

Com qual time eu vou?

Vice-campeã mundial e "bi-vice" da Copa América, a Argentina é uma seleção ainda sem identidade, embora tenha ótimos jogadores e, claro, o genial Messi. Sua classificação esteve sempre em risco (em várias rodadas ficou fora no G5), trocou de técnico duas vezes e só se garantiu na Rússia graças a um show de Messi (hat-trick) na rodada final contra o Equador (3 a 1).

O treinador Jorge Sampaoli – de grande sucesso na seleção do Chile e que topou deixar o Sevilla para treinar a Argentina na reta final das Eliminatórias – ainda não tem uma base, sua defesa é fraca e velha (Mascherano voltou a virar zagueiro) e no ataque só mesmo Messi está garantido, pois Di María está em má fase há tempos e a revelação Dybala ainda não vingou na "Albiceleste".

ISLÂNDIA

Para a história

A nova queridinha do mundo, após o show que a sua torcida e sua seleção fizeram na Euro-2016, foi a zebra das Eliminatórias, ganhando num grupo equilibrado onde era a quarta força (atrás de Ucrânia, Croácia e Turquia). Mas o entrosamento de um time titular que parece imutável (afinal, em um país de 400 mil habitantes, a equipe consegue ter uma boa base) garantiu uma classificação histórica para a Copa pela primeira vez. A campanha teve sete vitórias, um empate e duas derrotas.

O time islandês é muito aplicado, guerreiro e com um bom toque de bola no meio de campo, no qual Sigurdsson (do Everton-ING) brilha intensamente. A Islândia já está no lucro com a classificação. Vai à Rússia para curtir e celebrar.

CROÁCIA

Passou raspando

A Croácia viveu extremos nas Eliminatórias. Liderou e estava com a vaga nas mãos, mas perdeu para a Turquia e viveu uma crise nas duas rodadas finais: empatou com a Finlândia, o que a deixou quase eliminada. Entre este jogo e o último, contra a Ucrània, fora, a federação demitiu o técnico, pôs um tampão e o milagre aconteceu: a Croácia venceu fora e, com os resultados, se garantiu na repescagem, quando liquidou a Grécia em Atenas, empatou em casa e se garantiu na Rússia.

O técnico Zlatko Dalic, que deixou de ser interino após a classificação, ainda está se aclimatando, mas não inventou: todos os bons jogadores (muitos) seguem formando a base desta que é uma das seleções mais habilidosas da atualidade: Modric, Rakitic, Perisic...

NIGÉRIA

Trio maravilha

Depois de eliminar a Suazilândia, a Nigéria caiu no grupo que, no papel, parecia ser o da morte: o tradicionalíssimo Camarões; a Argélia, que jogara a Copa-2014 e caiu nas oitavas; e Zâmbia, sempre perigosa. Só que os rivais foram muito mal e os nigerianos sobraram, garantindo vaga na Rússia com duas rodadas de antecedência (foi a primeira africana classificada). No fim, cinco vitórias e três empates.

O treinador alemão Gernot Rohr vem usando um esquema que prioriza aproveitar a movimentação do trio que auxilia o seu atacante mais enfiado (Ighalo é o mais utilizado): Obi Mikel (Tianjin-CHN), Moses (Chelsea-ING) e Simon (Gent-BEL), exatamente as estrelas das Águias. Moses também pode ser usado como o 9.