Antes criticado, Cherchesov recebe elogio de Putin. No meio da entrevista

Por um momento, técnico deixa a coletiva para receber telefonema de felicitação do chefe de Estado. Ele pede que os russos sigam no apoio mesmo se não houver nova goleada

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Cherchesov, ao fundo, encoberto pela pilastra, atende ao telefonema de Putin (Carlos Alberto Vieira)

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Uma goleada por 5 a 0 numa estreia de Copa do Mundo, em casa, tem um grande efeito. Muda parâmetros. O outrora criticadíssimo treinador russo Stanislav Cherchesov foi recebido sob aplausos na sala de imprensa do estádio Lujniki quando chegou para comentar o 5 a 0.  Como é praxe o técnico começar a falar apenas depois que o melhor jogador da partida responde as perguntas, no meio da entrevista do MVP Cherysev, o comandante quebrou o protocolo. Atendeu o telefone, se levantou e saiu por alguns minutos. Na volta, justificou.

- Queria pedir desculpas, mas tive de atender ao telefonema do chefe de Estado, que me congratulou pelo resultado - disse, num jeitão de esnobada para a imprensa por causa do telefonema de Vladimir Putin.

- É melhor receber ligações de felicitações do que de críticas. Mas é assim mesmo, uma hora como essas é para ser celebrada. O time vinha trabalhando para buscar um bom resultado e ele veio após sete jogos. Tenho de agradecer aos jogadores, pois hoje eles trabalharam focados, conseguiram fazer os gols, foram perfeitos e vencemos. Mas qualquer celebração acaba hoje e o duelo com a Arábia vira passado. A próxima partida poderá nos dar a chance de classificação para as oitavas e temos de pensar nela - concluiu.

Sobre as substituições terem dado muito certo, Dzyuba fez um gol e Cheryshev, dois, o treinador disse que tem um grupo e não apenas um time titular.

- Não tenho uma time titular. Tenho elenco que me dá a chance de  mudar a escalação dependemos de quem enfrentamos. Cheryshev mostrou isso. Ele estava preparado. Tinha falado com o jogador na véspera. Deixei claro a sua importância. Ele entrou e foi muito bem porque tem qualidades.

Num recado direto ao torcedor, ele diz que não quer ninguém  pensando que o 5 a 0 com a Arábia possa ser repetido na segunda rodada do Grupo A, contra o Egito. E pede que os russos abracem a sua seleção.

- Teremos uma  partida bem distinta da estreia, numa outra cidade, em outro estádio. O que asseguro é que nos prepararemos meticulosamente e de maneira diferente para cada partida, a começar pelo Egito. O que eu peço é que o torcedor siga nos apoiando co o fizeram hoje - disse Cherchesov, saindo da sala sob aplausos ainda mais calorosos. As coisas mudaram. Pelo menos até a próxima rodada.

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