Ace do Acioly: O saibro esquenta: chegamos à metade da gira!
Temporada europeia do saibro teve de tudo um pouco até aqui

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A temporada europeia de saibro chegou à sua metade — e o que vimos até aqui foi de tudo um pouco: grandes batalhas, surpresas, troféus históricos… mas ninguém, até agora, jogou o suficiente para se isolar como favorito absoluto para levantar a cobiçada Copa dos Mosqueteiros, em Paris.
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No masculino foram dois Masters 1000 (Monte Carlo e Madrid) e outros torneios de peso, como Barcelona e Munique. O resultado? Um cenário embolado, com muita incerteza no ar, alguns craques em baixa e um novo grupo tentando se firmar como ameaça real aos gigantes. De qualquer maneira, ainda acho que Alcaraz e Sinner estão um passo à frente, mas a distância encurtou.
Os nomes do saibro no masculino e feminino
Análises rápidas dos protagonistas
Carlos Alcaraz
Tem talento de sobra e lances de highlight a cada game, mas a leveza sumiu um pouco. Ganhou Monte Carlo sem encantar, foi à final em Barcelona, onde se machucou e ficou fora de Madrid. Justo na semana em que lançou sua série na Netflix (“Do Meu Jeito”), onde fala que quer ser o GOAT… à sua maneira. O técnico não gostou, acha que o discurso não bate com o comprometimento.. Eu também achei curioso eles lavarem essa roupa suja publicamente. Tomara que não vire novela.
Jannik Sinner
Volta agora em Roma com sorriso no rosto e corpo 100% após três meses de suspensão por doping. O mais impressionante? Segurou o número 1 do mundo mesmo parado, e isso tem a ver com os outros que não tiveram bons resultados para ultrapassá-lo. Aposto que esse tempo fora serviu pra treinar duro “as escondidas” e melhorar aspectos específicos do jogo. Em casa, diante da torcida italiana, pode voltar ainda mais forte. Se embalar vai ser difícil segurar em Paris. Olho nele!
O segundo escalão quer a coroa
Esses nomes têm bola pra chegar longe em Roland Garros, mas ainda precisam mostrar consistência e superar alguns “fantasmas”. Roma será o último termômetro:
Alexander Zverev
Ganhou Munique, mas decepcionou nos outros eventos. Deixou escapar a chance de ser número 1. Chega em Roma sob pressão, sem confiança e precisa de um bom resultado, que para ele é no mínimo uma semifinal.
Novak Djokovic
Atuação abaixo da média em Monte Carlo e Madrid. Muito irritado em quadra, e pouco tolerante com as dificuldades. Resolveu não jogar Roma — o que surpreende — talvez pra recarregar mentalmente. A parceria com Andy Murray, que era pra ajudar nisso, no lado mental, parece não estar rendendo.
Stefanos Tsitsipas
Nenhuma semifinal na gira até agora. Se não for bem em Roma, Paris pode ser um pesadelo.
Casper Ruud
Campeão de Madrid, com vitória sólida! Enfim conquistou seu primeiro Masters 1000 e recuperou confiança. A direita voltou a queimar a bola! Já foi duas vezes finalista em Paris… cuidado com o norueguês!
Lorenzo Musetti
Finalista em Monte Carlo e semi em Madrid. Mais forte fisicamente e com jogo versátil. Se for bem em Roma, chega em Paris no auge da carreira.
Holger Rune
Campeão em Barcelona batendo Alcaraz, mas se machucou e ficou fora de Madrid. Se estiver inteiro em Roma, e pegar o timing da bola cuidado. É pancada pra todo lado! Vira ameaça imediata.
Jack Draper
Finalista em Madrid, firme nos rankings e em ascensão ao entrar no top 5. Mostra que sabe jogar em todos os pisos. Melhorou o físico e tem jogo pra surpreender. “Watch out!”
Francisco Cerúndolo
Chegou à semi em Madrid e vem jogando bem todas as semanas. É “canchero”, e se equilibrar emocionalmente, pode dar trabalho em Paris.
João Fonseca: aprendizado em ritmo acelerado
Madrid foi sua estreia nos grandes palcos do saibro. Perdeu na segunda rodada num jogaço contra Tommy Paul — e, sinceramente, por poucos pontos o placar podia ter sido outro. Em Estoril, caiu na estreia, mas tudo faz parte do aprendizado. Com 18 anos, João tem uma maturidade impressionante. Sua técnica é refinada, e a atitude dentro de quadra é quase de veterano. Agora em Roma, chegou com antecedência para fazer uma boa adaptação… e como ele não respeita nome do outro lado da rede, tem tudo pra surpreender!
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Tem gente colocando o João como azarão pra ir longe em Paris. Eu prefiro seguir jogo a jogo, e de uma coisa eu sei: vai ter brasileiro enchendo arquibancada! Alle, João, Pau na bola!
Feminino: a nova era das protagonistas
O circuito feminino parece reviver os tempos de domínio, como o “Big Three” no masculino. Hoje, Sabalenka e Swiatek estão acima — com perfis e estilos opostos, mas igualmente eficientes. E tem mais umas 5 que podem dar trabalho, mas vou sempre manter a opinião que no feminino sempre aparece alguém de surpresa.
Aryna Sabalenka
Campeã em Madrid, vice em Stuttgart. Vive ótimo momento e agora está com muita moral, disparando winners para todos os lados. Só que Roma e Paris são quadras mais lentas, e a
paciência é sua maior inimiga. Veremos se as adversárias conseguirão explorar isso.
Iga Swiatek
Especialista no saibro, mas ainda sem título no piso em 2025. Roma pode ser a virada pra chegar em Paris com mais confiança. Está oscilando emocionalmente — e isso pode pesar. A pressão de ter que defender mais uma vez o título em Roland Garros pode fazer a cabeça ferver, mas nos últimos 3 anos ninguém conseguiu fazer isso.
Coco Gauff
Vice em Madrid. Forte fisicamente, se adapta bem ao saibro e chega com gás. Finalista em Paris em 2022. Se não for surpreendida nas rodadas preliminares, vai ser uma “contender” dura de bater, pois gosta de quadra cheia e jogos importantes.
Madison Keys
Só jogou Madrid, caiu nas quartas em um jogo duro contra Swiatek. Campeão do Australian Open em janeiro, ainda busca ritmo no saibro. Está no seu cantinho sem fazer muito alarde, mas em Paris pode ser muito perigosa.
Jasmine Paolini
Finalista de RG no passado, adora o saibro. Baixinha, mas imprevisível, com muita variação de jogo. Se for bem em Roma, pode crescer na hora certa. A pressão de ter que chegar na final para defender sues pontos do ano passado pode ser um grande complicador.
Mirra Andreeva
Só 18 anos e já foi semi em Paris ano passado. Completa, irreverente e com personalidade. Falta experiência, mas tem jogo. Já está no Top 10, e isso por si só já demostra que encara qualquer adversário sem “respeito”. Olho nela!
Jelena Ostapenko
Campeã em Stuttgart, ganhou da Sabalenka na final. Já venceu RG em 2017 e tá mais madura física e mentalmente. Sua capacidade de acelerar a bola é impressionante. Se não pirar, cuidado!
E a nossa Bia?
A Bia reencontrou seu melhor tênis em Madrid! Fez grande jogo contra a campeã olímpica Belinda Bencic, que escapou por pouco. Em Roma, precisa dar mais um passo. Se o saque encaixar e a confiança crescer, vai chegar em Paris pronta pra brigar. Dá-lhe Bia!

Do calor de Roma ao charme de Paris, o saibro segue fervendo! Que siga a corrida pela glória em Roland Garros — com coragem, confiança e muita troca de bola. Au revoir, até lá!
– Pardal
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