Ex-presidente do Botafogo diz que clube ficará na Eagle, mesmo sem Textor
Em áudio vazado, Carlos Augusto Montenegro comenta imblóglio entre empresário e grupo

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Ex-presidente do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro afirmou em áudio vazado que o clube pretende manter o vínculo com a Eagle Football independentemente da presença de John Textor, atual dono da SAF alvinegra. O empresário disputa na Justiça o controle do grupo com outros acionistas e chegou a criar uma companhia nas Ilhas Cayman para tentar assumir a administração do futebol do Glorioso.
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— Ele (Textor) não levou o Botafogo para as Ilhas Cayman. Ele queria levar, mas a gente jamais aceitaria, e não foi. O Botafogo continua no mesmo lugar, em contrato com a Eagle. A ideia é continuar com a Eagle — disse Montenegro.
O ex-dirigente reforçou que o clube seguirá com a holding, mesmo que Textor não faça mais parte dela
— Se ele (Textor) estiver na Eagle, continua com ele. Se ele não estiver na Eagle, continua na Eagle. A gente não vai para Ilhas Cayman nenhuma e, pelo que eu estou vendo, não vai ter grego nenhum. Já tinha avisado isso. Como também não tem mais contratação nenhuma — completou.
O Lance! entrou em contato com Montenegro, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.
Botafogo continuará com Textor ou Eagle?
O problema na Eagle Football começou com a grave crise financeira do Lyon, exposta em abril deste ano. Outros sócios da empresa, que tem Textor como dono, o acusaram de irresponsabilidade e complicações na gestão do clube francês. Ele foi afastado do dia a dia e passou a participar mais da rotina do Botafogo, onde é acionista majoritário.
A Eagle entende que John Textor está articulando nos bastidores uma jogada para assumir totalmente o comando do Botafogo. O grupo chegou a entrar com ação judicial na 2ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para invalidar todas as ações a partir de 17 de julho.
Esta foi a data de uma reunião do Conselho da SAF. Nela, o estadunidense aprovou venda de passivo na casa dos 150 milhões de euros (cerca de R$ 955 milhões) da Eagle. Isso teria sido vendido para uma empresa recém-aberta por Textor nas Ilhas Cayman com intuito de recomprar o Botafogo. Neste mesmo dia, a Eagle se articulava para afastá-lo também do Alvinegro.
No mesmo encontro, o capital da SAF subiu para 100 milhões de euros e foi aprovado empréstimo do mesmo valor (cerca de R$ 650 milhões). Foram incluídas garantias com todas as receitas futuras do Botafogo.
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O clube, por sua vez, emitiu nota oficial sobre o caso e garantiu não ser uma ação para tirar as ações da holding, sendo apenas um resguardo para dívidas que Eagle e Lyon têm, e a SAF do Botafogo cobra com juros — o valor supera os R$ 400 milhões.
De acordo com a holding, por estar afastado, Textor não poderia dar aval sem passar pela diretoria. Do outro lado, Botafogo SAF e Botafogo de Futebol e Regatas (associativo, acionista minoritário), indicam que chegadas de novos aportes passam apenas pelos próprios crivos. Em General Severiano, o clima é de confiança e total blindagem a John Textor por parte do presidente João Paulo Magalhães.
No Rio de Janeiro, uma decisão judicial antes da ação aberta pela Eagle, garantiu a permanência de John Textor à frente do Botafogo. Nela, quaisquer mudanças na organização da SAF foram congeladas. Conforme a apuração do Lance!, o desejo interno no Glorioso é que John Textor permaneca à frente do clube, independentemente da Eagle Holding.
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