Ancelotti admite exposição do Botafogo contra o Bahia e cita problema: ‘Mental’
Técnico alvinegro analisa dificuldades contra adversário mesmo com um jogador a mais

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Técnico do Botafogo, Davide Ancelotti admitiu dificuldades em fechar a vitória por 2 a 1 sobre o Bahia nesta quarta-feira (1º), mesmo com um jogador a mais. Questionado sobre a postura alvinegra de trocação com o adversário apesar da vantagem numérica, o italiano concordou que a equipe deveria ter controlado melhor a posse de bola e acredita que o problema seja mental.
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— Tem razão. Eu falei com eles que estou contente porque não era fácil, depois desse gol que a gente não merecia (sofrer), porque estávamos muito bem no jogo. Começamos a segunda etapa muito bem, jogando no campo rival. Depois do que aconteceu contra o Mirassol, o time mentalmente sofreu um pouco esse gol, foi um jogo que a gente não conseguiu controlar bem a posse. Com um jogador mais, precisamos manter um pouco mais a bola. É por isso, acho que foi bastante mental — afirmou.
Ancelotti valorizou o resultado contra um rival direto na briga por vagas na Libertadores. Além disso, o treinador alvinegro elogiou o adversário e celebrou a quarta colocação alcançada.
— É uma vitória importante, um confronto direto. Acho que jogamos bem na primeira etapa, sobretudo na fase defensiva, que nos permitiu recuperar muitas bolas, para eles não ter controle. (O Bahia) É um time que tem técnica, que tem capacidade de manter a bola. Então, fizemos bem isso e agora estamos na briga. É uma vitória importante, estamos no G-4. Temos que ficar no G4, isso passa por ter mais continuidade. Agora temos um jogo com pouca recuperação, com muitos problemas, que vai ser difícil e temos que focar nesse jogo que vai vir no sábado.
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Outras respostas de Ancelotti após Botafogo x Bahia
Pressão por resultados no futebol brasileiro
— O trabalho do treinador tem que ter muito equilíbrio emocional e focar no trabalho. Essa é uma boa escola. É um campeonato que tem que manter o equilíbrio. Eu sigo tranquilo, focado no meu trabalho e tendo confiança no meu time.
Atuação de Jeffinho e disputa por posição
— O trabalho do treinador é um trabalho no qual a gente tem que ter muito equilíbrio emocional, focar no trabalho e isso é uma boa escola. É um campeonato onde tem que manter muito equilíbrio, eu sigo tranquilo, focado no meu trabalho e tendo confiança no meu time. Jogo a jogo, sempre tenho que escolher, e a escolha tem que ser pensando no jogo que vamos jogar. No último jogo, era o Cuiabano, e hoje pelo jogo de hoje foi o Jeffinho, e o Jeffinho jogou bem. Contente por ele, porque marcou um gol também, precisamos dos gols dos nossos pontas. Então, temos que seguir, temos competitividade porque temos muitos jogadores que podem jogar na ponta esquerda. Temos também a Santi, que pode jogar na ponta esquerda, Matheus Martins, que hoje estava com o cartão. Precisamos dessa competitividade, eles tem que pensar que tem que se ganhar cada jogo, tem que ganhar o posto na escalação.
Desempenho de Vitinho no ataque
— Sim, como com outros jogadores, existe um trabalho de melhora individual nos treinos. O Vitinho está trabalhando a finalização porque no nosso sistema é um jogador que chega bastante à frente. Porque nossos pontas direitos preferem jogar dentro do campo, então a amplitude é dele. Temos jogadores que podem encontrar esse passe para ele, como o Montoro quando joga, Savarino, Marlon. Ele muitas vezes tem situações de finalização, mas o Vitinho é um lateral que defende bem, com intensidade, faz uma boa pressão e que se incorpora muito bem na ultrapassagem. Não é um ponta. Tem que melhora porque tem muitas situações, mas se tem um lateral que faz 10 gols, serei o treinador mais feliz do mundo. Ele tem que melhorar nesse aspecto, mas a minha expectativa nele para finalizações, não quero colocar pressão neste sentido.
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Cuiabano suspenso e Matheus Martins de volta
— Temos que avaliar bem a posição, porque o Marçal hoje não estava, o Telles não está, Cuiabano não vai estar. Não temos mais, temos de inventar. Mas temos jogadores que já jogaram nessa posição. Contente de quebrar um tabu negativo. Tem que ser uma vitória que tem que dar continuidade. O próximo jogo é fundamental por isso. A vitória de hoje será mais importante ainda se ganharmos o próximo jogo.
Motivação em briga 'só' por Libertadores
— A motivação é manter a nossa identidade e representar esse clube tão importante. É um clube que tem que estar na Copa Libertadores na edição do Próximo Ano. Então, acho que melhor motivação não temos no dia a dia para trabalhar.
Chances de título do Brasileirão
— Temos que pensar agora em conseguir uma vaga na Libertadores. Se tivermos capacidade de manter uma continuidade e poder pensar em coisas melhoras, significa que estamos fazendo um bom trabalho. Mas, agora, temos que pensar no próximo jogo e não em outra coisa. A continuidade é o objetivo principal que temos dentro do vestiário.
Artur
— Artur é um jogador importante para este time. Tem muito trabalho na fase defensiva, ajuda o muito o time a recuperar a bola. É verdade que tem competição com outros jogadores na ponta, como o Santi, que está fazendo muito bem a posição, mas ele tem que estar preparado, porque vai chegar outra oportunidade. E ele vai chegar ao gol, porque é um jogador que trabalha muito e faz muito bem para esta equipe.
Gabriel Bahia
— Parabéns ao Gabriel, porque não era fácil começar o primeiro jogo na primeira divisão no Maracanã, diante do Fluminense, e fez um bom trabalho. Hoje também. Contamos com ele, e agora vamos avaliar a situação do Kaio após a lesão.
Vaga na Copa do Brasil deu tranquilidade?
— Não, não pensamos nisso (vaga garantida na Copa do Brasil). Estamos focados em uma vaga na Libertadores. Ter uma vaga assegurada na Copa do Brasil é uma boa notícia, não só para o Botafogo, para todos, mas seguimos focados em buscar a vaga na Libertadores.
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Acertou na escolha dos pontas?
— Quando ganha é mais fácil (risos). Sim, acho que sim, porque no nosso sistema precisamos, geralmente, de um ponta-esquerda que joga mais na amplitude e de um ponta-direita que joga mais dentro do campo. Não temos características de um ponta-direita que possa jogar aberto. Tivemos tempo para experimentar, com o Nathan aberto, com Matheus aberto, mas acho que o time precisa de um ponta-esquerda que tenha desequilíbrio. Matheus e Jeffinho podem fazer isso. A verdade é que, com Cuiabano, o ponta-esquerda tem que saber jogar por dentro, e é uma função que o Jeffinho também sabe fazer. Acho que a percepção de Cuiabano, Newton e Jeffinho, especialmente na primeira etapa, foi muito boa.
Uso da base do Botafogo
— Temos um elenco muito grande, com muitos jogadores, então não temos muito espaço para os jogadores da base. Nós temos jogadores treinando conosco, que são interessantes. Agora, no último jogo, jogou poucos minutos, mas o Kadir é um jogador interessante, que joga pela ponta, é um ponta que tem qualidade, que está treinando, que está melhorando. Não temos que colocar muita pressão neles, até porque é um momento decisivo, em que os resultados não acompanharam muito, então não queremos colocar muita pressão neles, também porque temos um elenco grande.
Melhora de desempenho
— A parte positiva, certamente, como já aconteceu aqui no Nilton Santos na primeira etapa é que jogamos bem, recuperamos, acho que a melhor coisa foi a pressão e a parte defensiva na primeira etapa. A parte negativa é que quando temos um golpe, a nível mental, sempre é difícil esquecer dentro do jogo porque viemos de um período difícil, onde sofremos muito. Então acho que por isso precisamos de continuidade, porque assim ganhamos confiança dentro dos jogos e quando acontece algo negativo podemos esquecer mais rápido.
Oscilações no segundo tempo
— É verdade, mas é a maneira de jogar de hoje, que você usa muita energia. É uma pressão alta, um ritmo alto com bola, trocar de corredor, infiltrar, preencher a área. É um jogo de desequiílibrio, transição, um jogo de muita energia, que muitas vezes não conseguimos transformar em gols na primeira etapa. Chegamos ao intervalo com 1 a 0, mas gastamos muita energia. Depois, é normal termos menos, na segunda etapa, quando temos que gerir melhor os momentos do jogo. É difícil para todos, é verdade, falar disso e manter a continuidade. É difícil neste campeonato que ganham cinco, seis jogos seguidos, sobretudo os times que brigam pela Libertadores entre si, que ficam perto de nós. Todos têm, em algum momento, algum problema. É difícil dar continuidade a uma escalação, sempre tem algum problema. Não é fácil pelos jogadores, que têm de jogar muito. Agora temos Marlon e Newton que jogam sempre, por exemplo. Então, estamos focamos em manter a continuidade de resultados para ficar lá em cima.
Cobranças da torcida
— Acho que a continuidade na minha maneira de comunicar, na minha maneira de me comportar, é fundamental. É manter um equilíbrio mental como treinador, que é a coisa mais difícil por um treinador de futebol. Estou vendo agora, já que é minha primeira experiência, mas como auxiliar também. Eu vivi o trabalho como se fosse meu, com o meu pai, como se nós fôssemos a mesma pessoa. Então é isso, é manter a continuidade na mensagem, porque é o que eu peço para eles. Eu tenho sorte nesse sentido, porque é um grupo que é saudável, é um grupo fácil de gerir e me ajuda muito. É verdade que passamos por dificuldades, passamos por diversidades externas. Mas dentro do clube, o que eu faço é ser eu mesmo. É ter continuidade na minha maneira de jogar e de me comportar com eles.
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