Hinode/Barueri salva match point e derrota Osasco/Audax em jogaço

Clássico paulista pelas quartas de final da Supelriga Cimed feminina foi de alto nível

Ataque de Mari Paraíba
Ataque de Mari Paraíba (Caio Henrique/Divulgação)

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No melhor jogo dos playoffs da Superliga Cimed feminina de vôlei até aqui, o Hinode/Barueri saiu na frente nas quartas de final diante do Osasco/Audax.

No Ginásio José Correa, triunfo da equipe de José Roberto Guimarães por 3 sets a 2, parciais de 22-25, 25-23, 25-23, 19-25 e 16-14, fazendo 1 a 0 na série em melhor de três. O segundo confronto será sexta-feira, às 19h, desta vez no Ginásio José Liberatti, em Osasco, com transmissão pelo SporTV 2.

Foi apenas o segundo triunfo do Hinode diante de Osasco em sete jogos na temporada.

Como já esperado, o duelo entre o quarto e o quinto colocados na fase de classificação foi muito equilibrado, com largas vantagens no placar sendo reduzidas na sequência, viradas, nervosismo e emoção de sobra. Jogo com alto nível técnico.

Tainara foi eleita a melhor do clássico e levou para casa o Troféu VivaVôlei. E ficou muito emocionada.

A oposto Skorownska foi a maior pontuadora, com 26 pontos, seguida pela ponteira Tainara, com 18 e da central Thaisa, com 17. Pelo Osasco, os destaques foram a oposto norte-americana Hooker e a ponteira peruana Angela Leyva, ambas com 20 pontos.

As donas da casa começaram o primeiro set na frente, mas após uma boa passagem de Claudinha pelo saque, na metade da parcial, o Osasco virou. Por falar em saque, ele foi o fundamento mais eficiente do time de Luizomar de Moura, colocando a recepção de Barueri em apuros. Ele também foi o responsável indireto pela construção da virada do time da casa.

Zé Roberto tirou a jovem Tainara do banco de reservas. E ela foi primordial para a virada no placar. A ponta assumiu parte da responsabilidade de virada de bola com Skowronska e rapidamente se transformou em bola de segurança de Dani Lins.

O fundamento que também brilhou para a construção da virada foi o bloqueio. E neste aspecto a bicampeã olímpica Thaisa doutrina. Ela foi decisiva em diversos momentos do segundo e terceiro sets, inclusive, chegando à marca histórica de mil pontos de block na história da Superliga, ao parar uma jogada de Nati Martins pelo meio, no terceiro set.

Na quarta parcial, a peruana Leyva ajudou o time de Osasco a abrir frente, compensando a falta de precisão no passe com muita força na virada de bola. Pelo lado de Barueri, Milka fez uma boa passagem pelo saque em um momento ruim do time. Mas o passe de Barueri com Amanda oscilou demais, fazendo o rival escapar. E Nati Martins merece uma menção honrosa por ter pontuado em todos os fundamentos, fazendo a decisão ir para o tie-break.

Normalmente nervoso, o set decisivo era tensão pura dos dois lados. Os rivais sabiam da importância de fechá-lo para a aproximação da classificação para a semi. Barueri, apesar da derrota na parcial anterior, conseguiu diminuir a quantidade de erros e virou de quadra na frente: 8 a 5. Dani Lins abusou da polonesa Skowronska, principal nome da equipe na temporada. Por Osasco, Hooker passou a ser mais procurada por Claudinha. Opções óbvias.

Um bloqueio de Walewska fez a diferença cair para 10 a 9. E o vídeo challenge, utilizado no jogo, foi primordial no 11 a 10. Um ataque de Skowronska foi marcado dentro, Osasco pediu a revisão e imagem mostrou que a bola saiu muito pouco. Zé Roberto não ficou convencido e pediu o desafio para rever a marcação. A arbitragem manteve a decisão. O 12 a 10 virou 11 a 11. Na sequência, Thaisa foi bloqueada e a virada se confirmou (11 a 12). E tinha mais virada pela frente, com bloqueio simples de Amanda em Walewska. E outra vez com desafio pedido por Osasco, mas mostrando bola dentro e ponto de Barueri (13 a 12). Achou que tivesse acabado? Tainara e Amanda se confundiram no passe Wal fez um ace para ter o match point (13 a 14). Aí foi a vez de Leyva falhar após saque de Dani Lins, fazendo o ponto do jogo mudar de lado. E o clássico acabou após ataque de Skowronska.

O Hinode/Barueri precisa de mais uma vitória para avançar para uma inédita semifinal de Superliga. E a vantagem é ter o terceiro jogo em casa, se necessário. Para Osasco resta ganhar em casa e depois na casa do vizinho.

Vale lembrar que o vencedor deste playoff enfrentará Itambé/Minas ou Curitiba na semifinal.

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