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Vitória tem temporada agonizante, se reinventa e fica na elite por um fio

Rubro-Negro alcança objetivo, mas leva torcida à exaustão em mais um ano sofrido

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Rafael do Carmo
Salvador (BA)
Dia 09/12/2025
07:20
Matheuzinho celebra permanência do Vitória na Série A (Foto: Joao Aurelio/Pera Photo Press)
imagem cameraMatheuzinho celebra permanência do Vitória na Série A (Foto: Joao Aurelio/Pera Photo Press)

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O grande objetivo do Vitória nesta temporada foi atingido. Com a confirmação da permanência na elite do futebol brasileiro, o clima é de alívio na Toca do Leão depois de mais um ano de idas e vindas, sofrimento e resultados amargos que não fizeram o time cair para a Série B por um fio. Um exemplo claro de que a meta precisa ser diferente em 2026 para dar mais tranquilidade, principalmente, ao torcedor.

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O Vitória chegou à última rodada do Brasileirão na zona de rebaixamento e não dependia só de si para se livrar da degola. Nem na temporada passada os rubro-negros sofreram tanto no fim do ano. Mas, depois do apito final, tudo deu certo. O Leão venceu e os concorrentes Fortaleza e Ceará perderam, resultados que colocaram o time baiano na 15ª posição, com 45 pontos.

Clima foi de muita festa no Barradão, era como se fosse a comemoração de um título. Mas o choro e o pulo de alegria foi um desabafo depois de um ano agonizante. A impressão que fica é que o Vitória parou no tempo, ou melhor, regrediu, em especial no fator extracampo.

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Vitória tem ano repleto de vexames

Jogadores do Vitória incrédulos depois da derrota para o Bahia na final do Campeonato Baiano (Foto: Junior Damasceno/MyPhoto Press/Gazeta Press)
Jogadores do Vitória incrédulos depois da derrota para o Bahia na final do Campeonato Baiano (Foto: Junior Damasceno/MyPhoto Press/Gazeta Press)

O Vitória começou a temporada sem passar confiança para o torcedor e logo deu pistas de como seria 2025, ao perder o título para o rival Bahia, em pleno Barradão. Antes disso, o estádio foi palco de outra frustração quando o Náutico, então na Série C, não teve dificuldades para aplicar 2 a 0 no Rubro-Negro e se classificar para a terceira fase da Copa do Brasil.

A campanha na Copa do Nordeste, por outro lado, animava os mais otimistas - os pessimitas, nem tanto -, que viram o time liderar o Grupo A com folga. Mas, no primeiro jogo do mata-mata, o Vitória foi derrotado para o Confiança por 1 a 0, novamente no Barradão, resultado que representou o fim da linha para Thiago Carpini, que estava há mais de um à frente da equipe.

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E a partir daí começou a dança das cadeiras no comando do Vitória que poderia ter custado muito caro antes mesmo do resultado do último domingo. Fábio Carille foi o escolhido para assumir o cargo e, depois de oito jogos à frente do time, saiu da forma mais melancólica possível ao sofrer uma goleada histórica por 8 a 0 contra o Flamengo, no Maracanã. Dos vexames, esse foi o maior. Não só do Vitória, mas do Brasileirão de pontos corridos. Mais um técnico caía... A impressão era de que não tinha mais de onde tirar forças para evitar o rebaixamento.

Chegou, então, Rodrigo Chagas, um velho conhecido da torcida rubro-negra, para um trabalho "tampão". Foram apenas três jogos, com uma vitória diante do Atlético-MG e derrotas para Fortaleza e Fluminense. Em busca de soluções rápidas, o Vitória foi atrás de Jair Ventura, que tem um histórico bom quando pega equipes na zona de rebaixamento, e contou com o treinador a partir da 25ª rodada, contra o Grêmio.

Rubro-Negro aposta em nova retomada

Jair Ventura reunido com os atletas do Vitória no vestiário do Barradão (Foto: Victor Ferreira / EC Vitória)
Jair Ventura reunido com os atletas do Vitória no vestiário do Barradão (Foto: Victor Ferreira / EC Vitória)

Em 2024, foi uma grande recuperação no segundo turno que salvou o Vitória, já sob o comando de Thiago Carpini. Neste ano, o Rubro-Negro bateu na tecla errada até a 25ª rodada, quando Jair Ventura estreou e deu uma nova cara ao time.

O treinador conseguiu arrumar a casa antes que fosse tarde demais, conquistou sete vitórias em 14 jogos e impulsionou a retomada que terminou com a permanência na elite do futebol brasileiro. O objetivo foi alcançado, mas o Vitória precisa subir a régua no seu terceiro ano seguido na Série A. A ideia da diretoria é manter Jair Ventura no projeto para tentar ir um pouco além e se reafirmar como time de elite.

Além disso, outra meta do clube é ser mais assertivo nas contratações, que refletem o nível de eficácia e planejamento da diretoria. Mas a métrica não tem sido boa nos últimos anos, com chegadas em excesso e pouco aproveitamento de alguns atletas. Só em 2025, foram 29 reforços.

Números do Vitória em 2025

Temporada: 25 vitórias, 22 empates e 20 derrotas em 67 jogos, com 75 gols marcados e 72 gols sofridos;

Campeonato Baiano: 8 vitórias, 4 empates e 1 derrota em 13 jogos, com 26 gols marcados e 7 gols sofridos;

Copa do Brasil: 1 vitória e 1 derrota em 2 jogos, com 1 gol marcados e 2 gols sofridos;

Copa do Nordeste: 4 vitórias, 3 empates e 1 derrota em oito jogos, com 10 gols marcados e 7 sofridos;

Série A: 11 vitórias, 12 empates e 15 derrotas em 38 jogos, com 35 gols marcados e 52 gols sofridos.

Aproveitamento dos treinadores do Vitória em 2025

Thiago Carpini: 39 jogos, com 16 vitórias, 13 empates e 10 derrotas (52% de aproveitamento);

Fábio Carille: 9 jogos, com 1 vitória, 5 empates e 3 derrotas (29% de aproveitamento);

Rodrigo Chagas (interino): 3 jogos, com 1 vitória e 2 derrotas (33% de aproveitamento);

Jair Ventura: 14 jogos, com 7 vitórias, 2 empates e 5 derrotas (54,7% de aproveitamento).

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