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No aniversário de 25 anos da 'Virada do Século', Juninho Paulista torce por glória do Vasco de Diniz

Ex-meia relembra vitória na Copa Mercosul que entrou para história do futebol

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Pedro Werneck
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 20/12/2025
04:30
Juninho Paulista e Romário comemoram gol do Vasco contra o Palmeiras na "Virada do Século" (Foto: Paulo Whitaker / Reuters / Acervo Lance!)
imagem cameraJuninho Paulista e Romário comemoram gol do Vasco contra o Palmeiras na "Virada do Século" (Foto: Paulo Whitaker / Reuters / Acervo Lance!)

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Há 25 anos, no dia 20 de dezembro de 2000, o Vasco vencia o Palmeiras por 4 a 3 e garantia o título da Copa Mercosul na chamada "Virada do Século", uma das grandes reviravoltas da história do futebol. Um dos protagonistas daquele jogo foi Juninho Paulista, autor do terceiro gol. No dia do aniversário do episódio, o meia conversou com o Lance!, relembrou a partida e declarou sua torcida para o Cruz-Maltino reencontrar o caminho das glórias com o título da Copa do Brasil.

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O jogo que entrou para a história

Depois de uma vitória para cada lado, os times decidiram o campeonato em uma terceira partida, como previa o regulamento. O jogo aconteceu no Parque Antártica, em São Paulo. Após 45 minutos, o Palmeiras ganhava por 3 a 0. No entanto, tudo mudou no intervalo. O Vasco voltou com confiança assustadora e conseguiu a virada. Primeiro, com dois gols de Romário, ambos de pênalti. Depois, mesmo após expulsão de Júnior Baiano, buscou com tentos de Juninho Paulista e do Baixinho, mais uma vez.

O entrevistado, que considera essa possivelmente a melhor atuação da sua carreira, relembrou os bastidores da "remontada" cruz-maltina.

— A gente tinha um time muito forte, com entrosamento e confiança muito grandes. A gente chegou nas finais de todos os campeonatos que disputou. Então, quando fomos para o vestiário perdendo por 3 a 0, ninguém acreditava no que estava acontecendo. E aí tivemos vários conversas, o que ficou marcado foi: "Se eles fizeram 3 no primeiro tempo, a gente consegue fazer no segundo" — contou.

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Os jogadores retornaram para o campo com tanta confiança que nem o cartão vermelho abalou o otimismo na virada.

— Para falar a verdade, o time não sentiu a expulsão do Júnior Baiano. A gente estava um rolo compressor. E o Palmeiras, depois que tomou os dois gols, não acreditava no que estava acontecendo. Então, quando a gente faz dois gols, mesmo com a expulsão, continua em cima, parecia que a gente é que tinha um homem a mais de tão confiantes — acrescentou Juninho Paulista.

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Tudo apontava contra o Cruz-Maltino...

O contexto fora de campo também contribui para o tamanho desse duelo. O Vasco vinha de dias caóticos. No dia 16, ao fim da partida de ida da semifinal do Brasileiro, Oswaldo de Oliveira discutiu com o então vice-presidente Eurico Miranda e foi demitido. A "Virada do Século", então, representou a estreia do novo treinador, Joel Santana.

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— Foi uma surpresa muito grande. O time vinha muito bem, comissão técnica e jogadores muito entrosados. E aquela discussão "besta", sobre horário de treinamento, causou a demissão do Oswaldo. A gente tentou reverter, acho que o Romário também foi falar com o Eurico. Um grupo de jogadores falou com o Oswaldo, mas não teve jeito. E aí veio Joel... E acho que não poderia ter sido um nome melhor, para chegar naquele momento e tirar esse sentimento ruim. Com toda experiência, deu sequência ao trabalho feito pelo Oswaldo — relatou o ex-meia.

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Novos capítulos na história do Vasco

Até hoje, Juninho Paulista relata que a virada na Mercosul é o primeiro assunto abordado por torcedores do Vasco e até do Palmeiras quando o encontram. Agora, o Cruz-Maltino tem chance de construir outro capítulo histórico com o possível título da Copa do Brasil. E contará com a torcida do ex-jogador, fã do trabalho do técnico Fernando Diniz.

— Eu acho que o Vasco precisa de um título, por tudo que está acontecendo e pelas pessoas que estão lá. O Pedrinho aceitou um desafio enorme de colocar o Vasco no rumo correto de administração, tirar todas essas questões do passado, essas má-gestões, a SAF que não cumpriu aquilo que assinou. Enfim, isso na parte da diretoria. E ainda tem o Diniz como treinador, que é um ser humano excepcional e, por onde passa, contribui para o nosso futebol. Então, eu torço muito para dar certo, como vascaíno, com carinho enorme pelo Vasco e pelas pessoas que estão lá, que são meus amigos. Então acredito e vou torcer bastante para o Vasco terminar o ano com esse título — afirmou.

Depois de empatar por 0 a 0 com o Corinthians na Neo Química Arena, o Vasco recebe o Timão no Maracanã neste domingo (21), às 18h (de Brasília), valendo o título da Copa do Brasil.

Fernando Diniz em Fluminense x Vasco pela semifinal da Copa do Brasil
Fernando Diniz em Fluminense x Vasco pela semifinal da Copa do Brasil (Foto: Thiago Ribeiro / AGIF / GazetaPress)
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