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Fernando Diniz analisa empate do Vasco com o Ceará: 'Frustra todo mundo'

Treinador também falou sobre os erros individuais cometidos pela equipe

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Pedro Cobalea Neves
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 14/09/2025
23:55
Atualizado em 15/09/2025
01:05
Fernando Diniz na coletiva de imprensa do Vasco (Foto: Pedro Cobalea/Lance!)
imagem cameraFernando Diniz na coletiva de imprensa do Vasco (Foto: Pedro Cobalea/Lance!)

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Após o empate em 2 a 2 com o Ceará, o treinador do Vasco, Fernando Diniz, analisou a partida da equipe. Para o técnico, o time teve uma boa atuação, mas os erros individuias acabaram prejudicando o resultado final do jogo.

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— O lance do PH ele podia ter chutado a bola e não chutou. Foi uma escolha dele. Quantas bolas ele chutou contra o Botafogo para frente? Chutamos muito mais do que saímos jogando. Isso é uma escolha do jogador e erros acontecem. Erros individuais então... hoje teve erro individual mais claro do que das outras vezes. Não vi erros individuais claríssimos, como você colocou no Atlético-MG, ou no Grêmio, Bragantino. O João Victor escorregou (contra o Grêmio), depois teve a falta, mas um lance que teve muita repercussão. Esse erro foi o menor dos problemas daquele lance. Escorregou, fez a falta, a bola saiu da área, desviou, voltou para a área. Futebol é um jogo de erro. Hoje tivemos erros que não costumamos cometer. Não tem nada a ver com o erro do Grêmio, que foi um escorregão.

O treinador também falou sobre a sensação de sofrer um gol nos acréscimos, mesmo estando com um jogador a mais em campo.

— São dois erros que nem tínhamos cometido parecidos e levado o gol. Lamentamos, é muito triste e frustra todo mundo, principalmente a torcida. A torcida tem que ficar triste mesmo, e sofrida. Todo mundo tem que ficar sofrido. O time não é que não performou, mas estava jogando muito bem no primeiro tempo até sofrermos o gol. A gente estava em cima do Ceará, com a marcação encaixada, o Ceará produzindo pouco. Depois que tomamos o gol demos uma desestabilizada, desorganizamos um pouco. No segundo tempo melhoramos na volta, depois desorganizamos de novo. O Ceará é um bom time. Se pegar os resultados deles, quase todos os jogos são empate, perde ou ganha pelo placar mínimo. É um time com defesa sólida, não é fácil. Tem seus méritos. Poderíamos ter jogado melhor. A equipe estava com boa desenvoltura até tomar o gol, depois se perdeu um pouco. Quando teve a expulsão tivemos, talvez, nosso melhor momento, soubemos aproveitar com as mexidas, tivemos chance de fazer o terceiro e depois o quarto gols, mas não fizemos. Infelizmente levamos o gol no lance derradeiro da partida.

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Coutinho em Vasco x Ceará (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)
Coutinho em Vasco x Ceará (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

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Atuação de Vegetti

— É uma pergunta meio recorrente. Eu não via motivos para tirar o Vegetti do jogo hoje, precisávamos de gente para fazer gol. Coloquei o David, que é um cara que tínhamos no banco e mais se aproximava de jogar um pouco dentro da área. Independente se estivéssemos com um jogador a mais ou não, era um jogo que ia terminar com muitos cruzamentos. Ele (Vegetti) é um cara especialista. Não está fazendo gol, principalmente na especialidade dele, de cabeça. Mas é um jogador que, mesmo quando não faz gol, está lá, a bola sobra para outro. É um cara que contribui muito na parte tática, na bola aérea, e é um jogador em quem acredito. Não quer dizer que não vá sair (do time titular). Hoje, não era um jogo em que eu achava que ele tinha que sair. Não achava de maneira nenhuma — disse.

Sequência da temporada

— Acho que o resultado é muito frustrante. Mas tem que impactar de alguma forma positivamente. Como foi do Corinthians para o Botafogo. A gente tem que trabalhar e melhorar. Não tem o que fazer. Obviamente o jogo de quinta-feira tinha uma característica diferente. Terminou quase meia-noite contra o Botafogo. Depois do jogo teve a comemoração, mais uma descarga de energia tanto física quanto emocional. Acho que a equipe, com menos de 72 horas para fazer outro jogo, até que se recuperou bem e se comportou bem até tomar o gol. É uma equipe que tem evoluído muito e em muitos aspectos. O que mais frustra é que São Januário é a casa do Vasco, é onde o Vasco é mais forte. Isso era uma coisa que a gente tinha hoje muito dentro de nós: voltar a vencer em São Januário. Frustra muito por isso. Perder dois pontos com um jogador a mais em São Januário. Em relação ao Flamengo, temos uma semana para trabalhar, temos que nos refazer rapidamente e procurar fazer o nosso melhor. Fazer uma partida que fizemos dentro do padrão como foi contra o Botafogo ou melhor.

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Utilização de jogadores da base

— (Superioridade de jovens da base) é uma questão de opinião sua, que eu respeito, mas eu tenho um olhar bastante carinhoso com a base. O GB, por exemplo, é artilheiro da base. Quando eu botei, todo mundo criticou. Se tivesse colocado um jogador da base e ele tivesse ido mal, iam criticar. Eu tenho responsabilidade para lançar, não é só um desejo. Um desejo porque você acha que na base os times ganham campeonato, fizeram 4 a 1 no Flamengo e vão jogar no Campeonato Brasileiro. Quando você bota e erra a mão, você prejudica muito o jogador, porque depois você precisa voltar com ele, perde confiança, é muito difícil. Não é fácil assim. O desejo da torcida é fácil, eu entendo. Estou aqui para tentar fazer o melhor pro Vasco. O Barros é um jogador da base? Titular do time hoje. O Cocão é um jovem, hoje cometeu uma falha. Tem todos esses volantes, mas tem um da base. Ou você acha que é pegar um jogador da base, ir lá e botar para jogar de titular? A transição nós vamos fazendo. Temos seis volantes, não dá para pegar um da base sem treinar e botar para jogar, porque se ele for mal vai acontecer o que eu te falei. A gente quer que ponha, mas que ponha e resolva. O Vasco quer ganhar jogo. Se botar um da base e não for bem, vai ser criticado e é muito difícil. A gente acaba perdendo muito mais jogador da base assim.

Philippe Coutinho e Nuno Moreira

— Acho que os dois jogaram muito bem hoje. Nuno jogou muito bem, principalmente quando foi para a posição de segundo volante, produziu melhor ainda. Coutinho fez uma partida muito boa. Além do gol, foi muito assertivo, errou quase nada no jogo. Gostei muito dos dois.

Lucas Oliveira como volante

— Já tínhamos treinado com essa possibilidade. O Nuno é um jogador muito inteligente. Era um jogo que a gente tinha muito mais posse e acho que o Nuno ainda conseguiu produzir mais jogando de 8 do que ele estava jogando no primeiro tempo. Foi uma solução que encontramos, o time melhorou. Quando teve a expulsão, eu tirei o Barros e ainda botei o Nuno de 5 e o Coutinho de 8. Depois esperei um pouco e refiz o time. A posição de origem do Oliveira é volante. Ele foi improvisado ao longo do tempo para zagueiro, mas é volante de origem. No Tigres, Atlético-GO, no Cruzeiro, quando jogou de volante e de zagueiro. Não foi muito uma improvisação. E o Robert Renan também poderia jogar de volante. É um jogador que tem qualidade para isso. A ideia de o Oliveira entrar era que ele conhece a posição, já tinha treinado na posição. A chance que eu achava que a gente tinha de tomar gol do Ceará era de bola parada. Demos uma crescida no time com o Oliveira. Colocamos o Paulinho, porque o Nuno e o Coutinho estavam cansados. Teve muita coerência e não deixamos de ganhar o jogo pela entrada do Oliveira de volante.

Situação do Tchê Tchê

— O Tchê Tchê a gente vai com calma. Esperar ver como evolui. Não consigo dizer com calma agora, nem falar do resultado de imagem. Tem que saber como ele evolui e durante a semana vamos saber. Não teve um episódio muito traumático, diferente do que foi contra o Corinthians.

Estreia de Cuesta

— Acho que fez uma boa estreia, não só pelo gol. Um jogador que eu já conhecia, já tinha mapeado em outras ocasiões quando estava em outros clubes. O Lucas Freitas tinha acabado de tomar cartão amarelo na hora que eu fui fazer a substituição. Uma das coisas era ter um jogador com o pé direito lá porque a gente tinha muito avanço por aquele lado e o Robert, às vezes, tinha que cortar para dentro para achar outro tipo de passe. Teríamos o Robert, que estava bem no jogo, com o pé esquerdo, e o Cuesta do outro lado, com o pé direito. Embora fosse a troca de um zagueiro pelo outro, a gente iria acabar explorando aquele corredor lateral com o Cuesta, que foi o que acabou acontecendo.

✅ FICHA TÉCNICA
VASCO 2 X 2 CEARÁ
CAMPEONATO BRASILEIRO - 23ª RODADA

🗓️ Data e horário: domingo, 14/09/2025 - 20h30
📍 Local: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
🥅 Gols: Philippe Coutinho aos 12 min do 1º T e Cuesta aos 34 min do 2º T (VAS); Galeano aos 16 min do 1º T e Pedro Henrique aos 50 min do 2º T (CEA)
🟨 Cartões amarelos: Barros, Lucas Freitas e Andrés Gómez (VAS); Richardson e Fabiano Souza (CEA)
🔴 Cartão vermelho: Rodriguinho (CEA)
🟨 Árbitro: Matheus Delgado Candançan (SP)
🚩 Assistentes: Neuza Ines Back (SP) e Daniel Paulo Ziolli (SP)
🏁 VAR: José Claudio Rocha Filho (SP)

VASCO (Técnico: Fernando Diniz)
Léo Jardim; Paulo Henrique, Robert Renan, Lucas Freitas (Carlos Cuesta) e Puma Rodríguez; Barros (David), Mateus Carvalho (Andrés Gomez) e Philippe Coutinho (Lucas Oliveira); Rayan, Vegetti e Nuno Moreira (Paulinho).

CEARÁ (Técnico: Léo Condé)
Bruno Ferreira; Fabiano Souza, Marcos Victor, Willian Machado e Matheus Bahia; Richardson (Fernando Sobral), Dieguinho e Lourenço (Rodriguinho); Galeano (Pedro Henrique), Pedro Raul (Vina) e Paulo Baya (Fernandinho).

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