Dirigente do Vasco afirma que não foi pênalti, mas questiona ‘a velocidade da conclusão de um lance difícil’

Após polêmica no fim do jogo com o Flamengo, o gerente de futebol Carlos Brazil se juntou ao primeiro vice-presidente geral do clube, Carlos Roberto Osório, em reunião na Ferj

Reuniao Ferj
Carlos Roberto Osório e Carlos Brazil, à direita, representaram o Vasco na Ferj (Agência FERJ)

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A reunião prevista de dirigentes do Vasco com a comissão de arbitragem da Ferj aconteceu na tarde desta segunda-feira, na sede da entidade. O primeiro vice-presidente do Cruz-Maltino, Carlos Roberto Osório, representou o clube ao lado do gerente de futebol, Carlos Brazil. E este dirigente admitiu que não houve mão de João Gomes no lance mais reclamado da partida do último domingo. Tal polêmica foi ao final do jogo, perto do apito final.

- Tenho muito respeito pelos profissionais. Acho que a bola bateu no rosto, mas questiono a velocidade da conclusão de um lance difícil - afirmou Brazil, de acordo com a nota publicada no site da Ferj.

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Os dirigentes vascaínos também demonstraram incômodo com "a velocidade da marcação de um impedimento do camisa 10 Nenê (bem marcado pelo assistente), com uma lei da vantagem aplicada numa disputa de Vitinho com Andrey e os poucos minutos de acréscimo." Tudo de acordo com a nota da Ferj.

Receberam os representantes do Vasco na sede da federação o diretor de arbitragem, Luiz Mairovitch, o presidente da Comissão Operacional, José Carlos Santiago, e o presidente da Comissão de Planejamento e Desenvolvimento, Cláudio José.

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Após as primeiras imagens vistas por quem estava no estádio ou por quem assistiu pela televisão, houve grande reclamação. Posteriormente, as imagens deram razão à arbitragem.

VASCO CRITICA CINCO LANCES
Após a nota publicada pela Ferj, o Vasco também se manifestou de maneira oficial. Sem utilizar de declarações, o clube listou cinco lances que considerou minimamente questionáveis. Confira abaixo, conforme descrito pelo site do clube cruz-maltino:

"– Cotovelada em Gabriel Pec

No primeiro tempo, o atleta Andreas Pereira, do Flamengo, deu uma cotovelada no atacante Gabriel Pec. A jogada foi revisada pelo VAR, que orientou a não aplicação do cartão vermelho por entender que o lance não caracterizou ação com força excessiva. Após ter acesso aos áudios da cabine do VAR, apesar da Comissão de Arbitragem concordar com a decisão tomada, o Vasco não mudou sua avaliação. Revisando as imagens o Clube entende que o cartão vermelho deveria ter sido aplicado por se tratar de uma agressão clara ao seu atleta.

– Impedimento de Nenê

No segundo tempo, Nenê foi lançado em profundidade e arbitragem interrompeu a jogada antes dela ser concluída marcando impedimento duvidoso, com o atleta de Vasco em clara posição de ataque ao gol adversário. Após o lance ser analisado, todos os presentes na reunião concordaram que o árbitro e o assistente falharam ao não aplicar o protocolo do VAR, que orienta o prosseguimento da jogada em lances onde o impedimento não está tão claro para posterior revisão pelo VAR. Falharam o assistente que levantou a bandeira e o árbitro que paralisou a jogada.

Outro ponto levantado pelo Vasco na discussão desse lance foi a falta de critério da arbitragem, que em jogada parecida no primeiro tempo, pró-ataque do Flamengo, aplicou o protocolo do VAR e deixou o lance seguir. Houve, portanto, uma discrepância grave na postura do mesmo bandeirinha.

– Falta em Andrey na origem do segundo gol do Flamengo

Na origem da jogada que resultou no segundo gol do Flamengo, na visão de todos os presentes na reunião, houve um erro do árbitro a não marcar falta em cima do atleta Andrey. Na visão do Vasco, o árbitro deveria ter parado o jogo e marcado a falta uma vez que não houve vantagem efetiva para o ataque vascaíno.

A Comissão de Arbitragem afirmou que o VAR não poderia interferir no lance por não se tratar de uma jogada para cartão vermelho ou que impactou no gol diretamente no gol do Flamengo. A Comissão concordou que foi falta em Andrey, considerou erro do árbitro em não marcá-la, mas desconectou esse lance do gol. O entendimento é que a partir do momento que o goleiro tomou posse da bola, outra jogada foi iniciada.

– Possível pênalti no minuto final do Clássico dos Milhões

No minuto final da partida, na visão do Vasco, houve um erro do VAR, que não paralisou a jogada para revisão do lance polêmico e deu instrução ao árbitro de campo para seguir com o jogo. A decisão foi tomada em poucos segundos, algo que não é aconselhável em lances duvidosos, com câmeras que mostram imagens que levam a interpretações diferentes. Era uma lance que exigia uma detalhada análise para tomada de decisão. A Comissão de Arbitragem, após ouvir o questionamento do Vasco, não se manifestou sobre a velocidade da decisão do VAR, mas entendeu correta a não marcação do pênalti.

– Tempo de acréscimo

O Vasco da Gama também questionou o pouco tempo de acréscimo dado ao término do tempo regulamentar (3 minutos), especialmente porque tivemos no segundo tempo 10 substituições e duas comemorações de gol demoradas, situações essas que por si só já ultrapassam em muito o tempo de acréscimo dado pelo árbitro. O Vasco da Gama viu uma pressa injustificada do árbitro em encerrar a partida.

O Vasco da Gama expressou sua indignação com relação às questões relatadas acima que tiveram influência no resultado e aguarda providências efetivas para que tais erros não voltem a ocorrer."

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