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Crefisa pode virar dona de parte do Vasco? Confira o que se sabe sobre o acordo entre as partes

Gigante da Colina fechou um empréstimo de R$ 80 milhões com a instituição financeira

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Pedro Cobalea
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 03/10/2025
14:51
Atualizado há 2 minutos
Pedrinho Coletiva Vasco
imagem cameraPedrinho em coletiva do Vasco (Foto: Divulgação/Vasco)

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O Vasco acertou um empréstimo de aproximadamente R$ 80 milhões com a Crefisa. A operação, realizada em meio ao processo de recuperação judicial do clube e da SAF, inclui uma cláusula que condiciona qualquer venda ou negociação do controle societário ao consentimento da instituição financeira, além da necessária aprovação da Justiça e da Administração Judicial responsável pelo caso.

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A exigência é considerada natural, já que o credor precisa ter ciência de quem assumiria a responsabilidade pelo pagamento em caso de mudança de controle. A Justiça também deve ser consultada, pois qualquer movimentação societária, antecipação de receitas ou contratação de crédito precisa passar pela análise da Justiça e da Administração Judicial.

José Roberto Lamacchia, dono da Crefisa, ao lado de Pedrinho, presidente do Vasco
José Roberto Lamacchia, dono da Crefisa, ao lado de Pedrinho, presidente do Vasco (Foto: Reprodução/Instagram)

O parecer enviado recentemente à Justiça reconhece a urgência da operação para assegurar o fluxo de caixa do clube, mas solicita um detalhamento sobre o uso dos recursos. A Administração Judicial destacou ainda que, por envolver 20% da SAF como garantia, o empréstimo depende da aprovação do Conselho Deliberativo do Vasco, conforme previsto no estatuto social. Entre os compromissos firmados com a Crefisa, estão a proibição de alterar o controle societário até junho de 2026 sem autorização da instituição e a obrigação de repassar informações financeiras mensalmente.

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As 20 mil ações ordinárias de classe A, equivalentes a 20% da SAF e ainda sob posse do CRVG, foram oferecidas como garantia para evitar o comprometimento de receitas futuras como direitos de TV, patrocínios e vendas de jogadores.
Em entrevista ao GE, o vice-presidente jurídico do clube, Felipe Carregal, afirmou que a porcentagem não reflete o valor de mercado da SAF, mas sim uma prática comum em operações de risco envolvendo empresas em recuperação judicial.

— Em operações como essa, em que a devedora está em recuperação judicial, o valor da garantia oferecida sempre supera o montante financiado, considerando, naturalmente, o valor do empréstimo acrescido dos juros fixados e da devida correção. Importante destacar que garantia não é “valuation” nem alienação. São Januário e outras sedes já foram oferecidas como garantia em diversas operações e execuções no passado — disse.

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O contrato prevê um período de 12 meses de carência, com amortizações trimestrais e prazo total de 36 meses para quitação.

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