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Futebol praticado por mulheres indígenas é destaque no Museu do Futebol

Exposição temporária - Jaraguá Kunhague Ouga'a segue até 31 de agosto

Exposição Exposição temporária - Jaraguá Kunhague Ouga'a no Museu do Futebol. (Foto: Divulgação/Museu do Futebol)
imagem cameraRoseane Reté é apaixonada por futebol e pela cultura do povo Guarani Mbya. (Foto: Divulgação/Museu do Futebol)
Giselly Correa Barata
São Paulo (SP)
Dia 31/05/2025
10:00
Atualizado há 1 minutos

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O futebol sempre fez parte da vida do povo Guarani Mbya, da Terra Indígena Jaraguá, na zona noroeste de São Paulo (SP). Mas, como em muitos contextos, as mulheres nem sempre foram bem-vindas e precisaram conquistar seu lugar.

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Parte desta luta é registrada da mostra temporária Jaraguá Kunhague Ouga'a - O jogo das mulheres do Jaraguá, em exposição no Museu do Futebol, localizado na Arena Pacaembu, em São Paulo. A mostra tem início neste sábado (31), com visitação de terça a domingo, das 9h às 18h.

A curadoria é das jogadoras guaranis Lurdes Yva Poty Roseane Reté, com co-curadoria de Maíra Vaz Valente. Além de participação da artista pataxó Tamikuã Txihi.

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Conquista de espaço no futebol

A jogadora guarani e curadora da mostra, Roseane Reté, é uma das dezenas de apaixonadas pelo esporte do Jaraguá. Mas poder jogar nem sempre foi fácil, conforme conta, em entrevista ao Lance.

— Os homens já possuem o espaço e o reconhecimento deles no futebol. A mulher não-indígena tinha pouco espaço e começou a crescer agora. Então, imagina como é para a mulher indígena, que não tem espaço nenhum? E agora aqui vamos mostrar não só o futebol, mas também a cultura indígena, nossas tradições e nossa vida dentro da aldeia. Aqui o visitante vai ver nossa arte: o grafismo, batismo, artesanatos e será ótimo usar o futebol para mostrar nossa cultura para todos. — defende ela.

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Roseane Reté é apaixonada por futebol. (Foto: Divulgação/Museu do Futebol)
Roseane Reté é apaixonada por futebol. (Foto: Divulgação/Museu do Futebol)

Diante de afazeres pessoais e domésticos, o futebol funciona como uma válvula de escape. Uma forma, também, de socializar e estreitar laços comunitários, como nas disputas de campeonatos com outros povos originários. As atletas que se destacam, inclusive, recebem convite para outros torneios.

— Antigamente só aconteciam as competições masculinas e agora temos as femininas também. Tem regras, premiação, torcida e só participa o povo indígena. O futebol feminino indígena tem crescido muito. Competimos sempre. — compara Roseane.

Dos grafismos das camisas aos gestos de comemorações de gols, a cultura indígena se fortalece. O visitante poderá prestigiar, desta forma, uma exibição de autoria guarani, produzidos por fotógrafos e pelas próprias jogadoras, que reflete o esporte como ferramenta de inclusão e preservação cultural.

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SERVIÇO 

Museu do Futebol 
Exposição temporária - Jaraguá Kunhague Ouga'a - O jogo das mulheres do Jaraguá - de 31 de maio a 31 de agosto 
Endereço: Praça Charles Miller, s/n - Pacaembu - São Paulo 
Dias de visitação: de terça a domingo, das 9h às 18h (entrada permitida até as 17h) 
Toda primeira terça-feira do mês, até as 21h (entrada até 20h) 
R$ 24,00 (inteira) e R$ 12,00 (meia) 
Crianças até 7 anos não pagam 
Grátis às terças-feiras 
Garanta o ingresso pela internet: na plataforma Sympla.

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