Bola para as Gabis! Xarás deixam amizade de lado na final da Superliga
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Gabi e Gabi não se assemelham somente por nome e apelido. Ou pelo fato de ambas jogarem como ponteiras. Nem por terem sido peças fundamentais de Rexona-Ades e Molico/Osasco na classificação para a final da Superliga Feminina de vôlei, que acontece neste domingo, às 10h15, na HSBC Arena, no Rio de Janeiro. Como se não bastasse, são amigas e carregam o mesmo sobrenome, para o desespero das companheiras do esporte.
A situação rende gargalhadas das atletas em várias ocasiões. Já houve até mesmo amigos que mandaram mensagem para a jogadora da equipe paulista dando os parabéns pela convocação para a Seleção Brasileira, quando, na verdade, a escolhida fora a atleta do Rexona.
– É engraçado, porque todo mundo confunde nossos nomes e até marcam a Gabi errada nas fotos. A Camila Brait (líbero do Molico) me manda direto vídeos achando que é a Gabiru (apelido da rival). Mas no domingo vamos deixar a amizade de lado – disse Gabriela Braga Guimarães, a Gabi do Rexona, de 20 anos e 1,80m.
As duas carregam no currículo um histórico de respeito nas categorias de base da Seleção. A do time do Rio de Janeiro foi destaque do Mundial Juvenil de 2013, quando o país faturou o bronze. Já Gabriella Guimarães de Souza, do Molico, foi ouro no Mundial Infanto-Juvenil de 2009.
No adulto, a primeira leva vantagem: integra a Seleção Brasileira desde 2013 e tem dois títulos de Grand Prix. Na Superliga, também é bicampeã, pelo Rexona, e vem se destacando nas estatísticas da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) como melhor atacante do torneio.
Mas a adversária também tem chamado a atenção. Apesar de ter começado a temporada na reserva, assumiu o posto de titular no lugar de Samara e não mais o largou. Agora, jogará a primeira final como titular.
– Nós sempre conversamos sobre essa coincidência dos nossos nomes. As pessoas me ligam achando que é ela. Ou mandam mensagem para ela achando que sou eu. E olha que nem temos nada a ver fisicamente. Nós damos risada – contou Gabi, da equipe paulista, de 21 anos e 1,75m.
Sem se frustrar por nunca ter tido uma chance com a camisa verde e amarela, a ponta do Osasco se mostra disposta a cavar um espaço. Ainda que ciente das dificuldades por causa da altura abaixo dos padrões.
– Será consequência. Estou disponível caso um dia seja chamada – disse Gabi, que também joga de líbero.
Baixa altura já preocupou técnico
Além das semelhanças, Gabi e Gabi tiveram um mentor em comum durante a passagem do juvenil para o adulto: o técnico Luizomar de Moura, do Molico/Osasco e das Seleções de base. Embora sempre tenha visto potencial em ambas, ele admite que uma delas chegou a preocupar.
– Quando a Gabi (do Molico) surgiu na base, fiquei até preocupado, porque ela não tinha os parâmetros que buscávamos de altura. Até a coloquei para jogar de líbero no Mundial Infanto (2009). Mas vi que, nos treinos de ataque, superava atletas de 20 centímetros a mais que ela. Apostei como uma exceção – afirmou, ao LANCE!.
BATE-BOLA
Gabi
Ponteira do Rexona-Ades
Como é sua relação com a Gabi?
Somos muito amigas fora de quadra. Ela sempre foi um certo espelho para mim, por ser um ano mais velha. Acabamos virando boas amigas.
Ela pode chegar à Seleção?
A Gabi vem mostrando que tem condições de brigar por um espaço. Nós duas temos que saltar muito, usar o bloqueio e investir na questão da habilidade e do passe para superar grandes bloqueios.
BATE-BOLA
Gabi
Ponteira do Molico/Osasco
Como encara a pressão de jogar em alto nível com “só” 1,75m?
É sempre difícil, mas o que me colocarem para fazer, eu faço. Gosto mais de ser ponteira do que líbero por ter mais funções em quadra, mais situações para ajudar a minha equipe.
Como está lidando com a responsabilidade de jogar a primeira final como titular?
Estou tranquila. Querendo ou não, é uma responsabilidade a mais por ser final e clássico. Não carrego esse peso.
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