Fabrizio Gallas: ‘Thiago Wild, o homem dos jogos grandes, manda mais um recado ao circuito’

Paranaense faz grande exibição e por pouco não bate Andrey Rublev; Djokovic sofreu no primeiro dia

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Thiago Wild vibra durante o Australian Open (Foto: Tennis Australia)

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Thiago Wild mostrou mais uma vez que é um jogador de jogo grande. Fez uma baita exibição nesta madrugada no Australian Open.

Perdeu dois primeiros sets equilibrados - teve um 3 a 0 no primeiro -, conseguiu uma reação improvável, levou pro quinto, mostrou personalidade salvando match points no saque e ainda abriu 5 a 2 no tie-breakão final. Rublev acabou subindo o nível e saiu com a vitória. 

Thiago ainda vem lutando para encontrar seu melhor tênis no piso duro. Brilhou no saibro ano passado batendo Daniil Medvedev, ficando perto das oitavas de final de Roland Garros, ganhou quatro challengers, furando o top 100. 

Desde o final de 2023, vem jogando os ATPs na superfície rápida e oscilando bastante com boas e algumas más exibições. O início de ano vem com duas partidas boas contra os top 10 Rublev e Hurkacz e o restante abaixo do que pode produzir contra Fokina, Bolt - um pouco melhor contra Diaz Acosta.

Vejo como normal essa oscilação. Wild tem jogo para o piso duro, é preciso se acostumar uma vez que está em outro patamar e fazer os ajustes necessários: aliar um bom saque com sua conhecida agressividade com uma dose de consistência para os resultados aparecerem. E, claro, resistir fisicamente. 

O resultado deste domingo foi no detalhe, mas Wild precisa sair orgulhoso e o torcedor brasileiro confiante de uma nova grande temporada.

E, claro, agora os dois principais russos já conhecem o brasileiro, Casper Ruud, Hurkacz também. O recado que ele envia é ótimo, mas é preciso ter o mesmo desempenho e atitude com grande frequência, em partidas onde entra como favorito ou com alguma expectativa para, assim, elevar seu ranking e estar com maior frequência nesses grandes palcos do tênis.

Djokovic passou um sufoco enorme contra o jovem croata Dino Prizmic, campeão de Roland Garros em 2018. O sérvio viu no rival um adversário que usou de seu estilo, devolvendo firme todas as bolas com consistência e potência, e sem medo. Precisou jogar quatro horas em uma primeira rodada de Slam, algo nada bom para ele.

O sérvio recordista de várias marcas seguirá sem uma em sua história, a de vencer um Grand Slam (caso conquiste o 11º) ganhando todos os sets. Sempre, em suas 24 conquistas, ele deixou um setinho pelo menos.

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