Bellucci e Rogerinho disparam contra o Brasil Open: ‘Parece uma chacota’

Paulistanos ficaram sem convite para a chave principal do evento.

Thomaz Bellucci e Rogério Dutra silva
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Por Marden Diller - Na noite desta sexta-feira Rogério Dutra Silva e Thomaz Bellucci se garantiram como a primeira dupla 100% brasileira na decisão do ATP 500 do Rio de Janeiro. O feito, no entanto, custou a participação no Brasil Open, o que levou os tenistas a criticar severamente o torneio.

A situação se dá em função de o segundo convite disponível para a chave principal do Brasil Open ter sido concedido ao uruguaio Pablo Cuevas, que esqueceu de se inscrever para o torneio e entraria direto na chave principal. Além de Cuevas, outros dois brasileiros foram agraciados com convites: Thiago Wild, o primeiro convidado; e Thiago Monteiro, o último.

“Foi um jogo meio difícil hoje. Se a gente perdesse estaria voando hoje pra São Paulo para jogar o quali amanhã. Para mim é um torneio muito especial, é a única oportunidade que eu tenho de jogar em casa, em São Paulo. Fico triste, lógico, mas muito feliz de jogar essa final aqui”, lamentou Bellucci durante a coletiva após a partida.

O paulista de Tietê ainda deixou claro que havia um acordo entre ele e Rogerinho sobre a prioridade ser a chave de duplas do Rio Open, caso fossem vencendo. “Uma coisa que deixamos bem claro, eu e Rogério, é que nosso foco seria seguir na chave de duplas, ainda que isso significasse perder o quali em São Paulo. Nós somos de São Paulo e fica até estranho pra gente não ter nenhum jogador de casa na chave principal, e sim um estrangeiro”, disparou.

“Essa decisão, infelizmente, não é nossa. Temos que focar aqui e dar o nosso melhor. Sabemos que o apoio ao tênis brasileiro é sempre muito baixo e esse é belo um exemplo. Eu e Rogério estamos aqui no Rio e não vamos jogar em São Paulo, falamos isso para os outros jogadores e ninguém acredita”.

Rogerinho, por sua vez, foi um pouco mais incisivo em relação à decisão do torneio paulista e desabafou, inclusive, sobre a falta de apoio ao tênis nacional. “Acaba sendo um pouco de chacota entre os jogadores, porque a gente fala e o pessoal responde “sério? Não, você tá brincando”. Óbvio que o tênis brasileiro não vive o momento que todos gostariam, pra ser sincero. Nós tivemos o número 1 em simples, o número 1 em duplas com os mineiros vencendo tudo. Mas, e o apoio? Nesses momentos nós precisamos daquele empurrãozinho, tem que ter ajuda. Na hora de criticar todos querem, mas ninguém ajuda”, desabafou. “Falando de mim, estou com 35 anos e não tenho nenhum patrocinador. Isso é só pra galera de casa valorizar um pouquinho mais o que a gente faz no dia a dia. Acho que seria um momento de ajudar um pouco o tênis brasileiro, não falo nem por mim. O cara, além de não ser brasileiro, esqueceu de fazer a inscrição e ainda tá lá. É complicado”.

Por fim, Bellucci fez questão de esclarecer que as reclamações estavam direcionadas apenas à direção do torneio e não ao jogador Pablo Cuevas, de quem ambos são amigos. “Não temos nada contra o Pablo, ele é nosso amigo dentro e fora da quadra. Ele fez o papel dele, esqueceu a inscrição, fez o pedido e o torneio aceitou. Mas pra gente é triste de ver isso. Poxa, o Rogério é de São Paulo e não vai poder jogar um torneio diante da família e dos amigos dele, sendo que a gente poderia estar tranquilamente lá na segunda”.

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