Ronaldo tentou fazer ponte com Del Nero para negócios da CBF, diz CPI
Trocas de e-mails entre o Fenômeno e Marco Polo Del Nero foram reveladas por CPI. Ele sugeriu local para compra da sede e empresa para ser patrocinadora da entidade

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Um dos relatórios apresentados nesta quarta-feira na CPI do Futebol, formulado pelos senadores Romário (PSB-RJ) e Randolfe Rodrigues (REDE-AP), revelou a tentativa do ex-jogador Ronaldo de intermediar negócios com a CBF em duas frentes: a compra da nova sede e um acordo de patrocínio.
O documento revela uma troca de e-mails em 2012, na qual o Fenômeno, à época membro do conselho de administração do Comitê Organizador Local da Copa-2014 (COL), tenta fazer uma ponte entre a CBF e a Sony.
- Presidente, tudo bem? Estou sempre em São Paulo à disposição de vocês a qualquer coisa. Não faço mais contato para não incomodá-los. Apareceu um negócio que acho que pode interessar como nova sede da CBF. Outra coisa, a Sony voltou a nos contactar reafirmando o interesse do patrocínio CBF. Vocês fecharam alguma marca nesse setor? Posso avançar com eles? Qual seria o valor pra fechar o negócio? Um abraço e dê um abraco ao presidente Marin - escreveu Ronaldo.
A resposta de Del Nero foi cordial, mas o então vice-presidente da CBF não levou o assunto do patrocínio adiante por causa dos valores. Sobre a nova sede, era o mesmo imóvel que a CBF já estava de olho.
- Caro Ronaldo, trata-se exatamente do mesmo imóvel que a Comissão de Compras da CBF está procurando comprar. Inclusive há carta de intenção de compra junto ao corretor. Agora entrou um outro imóvel que a Comissão vai olhar e também eu. Para comparar preços e etc. Sobre o caso da Sony, ainda estamos negociando com outra empresa com valor bem superior ao proposto por você. Mas as negociações ainda não terminaram. Daremos notícias - escreveu Del Nero, que posteriormente fechou com a Samsung.
A Samsung, inclusive, entrou em litígio com a CBF no começo do mês, abriu processo judicial e rescindiu contrato.
No papel, a sede da CBF custou R$ 70 milhões aos cofres da entidade, que ainda investiu mais R$ 23 milhões para reformar o prédio. O relatório da CPI também cita suspeitas a respeito do negócio.
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