Em carta à federações, Caboclo diz que querem tirá-lo da CBF por interesses em contratos bilionários

Presidente afastado da entidade por denúncias de assédio diz, em carta, ser vítima de um golpe arquitetado por Marco Polo Del Nero envolvendo contratos de R$ 16 bilhões

Rogério Caboclo foi eleito presidente da CBF
Rogério Caboclo afirma ser vítima de um complô (Foto: Divulgação)

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Rogério Caboclo, presidente afastado da CBF provisoriamente devido a denúncias de assédio moral e sexual, encaminhou uma carta aos presidentes de federações estaduais dizendo ser vítima de um golpe motivado por interesses em contratos de direitos de transmissão, publicidade e patrocínios. Estes contratos, segundo o presidente afastado, chegam a R$ 16 bilhões e vencem durante seu mandato. 


Na carta, Caboclo nega a acusação de assédio feita por uma funcionária da CBF e coloca Marco Polo Del Nero como tutor do suposto golpe. Ele argumenta ainda que o ex-presidente da CBF arquitetou uma proposta de R$ 12,4 milhões pelo silêncio da funcionária.

- Creio que o motivo da tentativa de golpe de Del Nero resida mais nos contratos que vem pela frente e cuja renovação se aproxima. São contratos de direitos de transmissão, placas de publicidade, title sponsor e todos os direitos comerciais, sem falar dos patrocínios da seleção, diz a carta.

Caboclo usa perícia e ratifica acusação de que Del Nero quis abafar denúncia de assédio

O presidente afastado explica que os R$ 16 bilhões são referentes a contratos dos produtos da CBF, como competições nacionais de futebol, Seleção Brasileira masculina e feminina, futsal e entre outros. Porém, ele não prova as acusações e não esclarece quais seriam os interesses nas negociações.

-Alguns desses contratos mexem profundamente com os interesses dos antigos gestores da entidade, que agem com truculência para poder mantê-los ativos, declarou.

Nesta quarta-feira (29), às 15h, o presidente afastado será julgado pelos 27 presidentes de federações estaduais pela acusação de assédio. A Comissão de Ética da CBF sugeriu seu afastamento por 21 meses, mas a pena só entra em vigor se for aprovada por 21 dos 27 votantes da Assembleia Geral.

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