‘É impossível não ver a cotovelada do Otamendi no Raphinha’, diz Tite após empate entre Argentina e Brasil

Treinador isenta Andres Cunha e destina crítica ao árbitro de vídeo após cotovelada ocorrida na etapa inicial do empate em 0 a 0 nesta terça-feira (16)

Tite - Argentina x Brasil
'Não posso conceber esse tipo de trabalho de um árbitro de vídeo', disse Tite (Reprodução / CBF)

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O técnico Tite não escondeu sua irritação com a equipe de arbitragem do empate em 0 a 0 entre Argentina e Brasil, realizado nesta terça-feira (16), em San Juan. Ao ser perguntado sobre a cotovelada do argentino Otamendi no atacante Raphinha, o comandante canarinho subiu o tom.

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- Vou tirar a máscara para falar e vou falar o que falei no vestiário para a arbitragem e vou assumir. O Cunha (Andres Cunha, árbitro que conduziu jogo) é um extraordinário árbitro. A qualidade técnica, um acompanhamento, percepções altíssimas, aspecto disciplinar muito alto e a arbitragem exigem uma boa equipe de trabalho. E quem está no VAR exige uma equipe muito alta - e subiu o tom:

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- E quem está no VAR é simplesmente impossível, vou repetir, é impossível não ver a cotovelada no Otamendi no Raphinha. Quem quer ter isenção na análise, é muito clara. Isso ia determinar o resultado do jogo? Não sei. Tradição, qualidade técnica dos dois, tudo bem. Mas o componente (arbitragem) tem de ser igual. De um trabalho para árbitro de alto nível de VAR eu não posso conceber. Estou falando isso porque sou educado - completou. 

O treinador considerou a partida entre as seleções uma "prévia" para os confrontos que o Brasil terá na Copa do Mundo no Qatar.

- Sim, partida de bom técnico das duas equipes. Com embates individuais, marcação posicional é o forte de ambas equipes, alternância de domínio e controle - declarou. 

Tite ainda falou sobre as variações das equipes.

- Um jogo com recursos técnicos extraordinários, times que procuram sair jogando, que premiam jogo, premiam articulação, a Argentina que procura uma saída com De Paul para chegar no Messi numa transição para assessorar Lautaro, ter um Di María. Olha a qualidade. E nós temos Vini agudo do lado e uma proposta agressiva no sentido de atacar espaços com Raphinha e Antony, fica um modelo de uma equipe mais vertical. Um gramado que proporciona uma qualidade boa e um espetáculo com alternâncias, uma equipe mais com bola e outra um pouquinho mais vertical, mas que ninguém controlava o outro tamanha qualidade das equipes... disse.

O Brasil volta a campo em 27 de janeiro de 2022, quando enfrenta o Equador.

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