Análise: São Paulo vive noite de histórias superadas contra o Vasco
Tricolor vive capítulo após capítulo em reta final do Brasileirão

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Na vitória por 2 a 0 sobre o Vasco, neste domingo (2), em São Januário, o São Paulo viveu várias histórias em uma só. O resultado, que à primeira vista poderia parecer apenas mais uma rodada da reta final do Campeonato Brasileiro, ganha peso pelo contexto. Agora em 8º lugar, com 44 pontos, o Tricolor volta a se aproximar da zona de classificação para a Libertadores e mantém vivo o objetivo de fechar o ano entre os sete primeiros.
A equipe de Hernán Crespo se beneficia do cenário de um possível G7, graças às finais continentais que envolvem Palmeiras e Flamengo. Caso um dos dois conquiste a Libertadores e o outro o Brasileirão, abre-se mais uma vaga para o torneio continental, uma combinação que, ainda que dependa do rival, amplia o fôlego do São Paulo nesta reta final. Como se fosse um epílogo em um livro.
➡️São Paulo vence o Vasco e entra de vez na briga pelo G-7 do Brasileirão
O jogo no Rio de Janeiro também quebrou um tabu que durava 12 anos. Desde 2013, o São Paulo não vencia em São Januário, e o triunfo encerra um longo jejum. Um capítulo que durava tudo isso de tempo e teve seu ponto final na história.
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A vitória, observada de perto pelo técnico Carlo Ancelotti e por membros da comissão da Seleção Brasileira, mostrou um time competitivo e consciente do que precisava fazer.
Crespo destacou o espírito da equipe, que "soube sofrer e brigar" em um campo sempre complicado. A narrativa se construindo em um clímax complicado do livro da temporada 2025 da equipe. Se a expectativa do torcedor era uma final de Libertadores, um verdadeiro "plot twist".

Mesmo com desfalques, um departamento médico cheio e um ambiente político conturbado, o São Paulo mostrou personalidade. A equipe volta a campo na quarta-feira, contra o Flamengo, na Vila Belmiro, e não deve reencontrar o Morumbi até o fim do ano. Ainda assim, demonstra que não vai desistir da briga até o último jogo. Cenários diferentes, mas o enredo é o mesmo.
Entre as histórias individuais que marcaram a noite, duas se destacam. Lucas Moura, após meses de recuperação de uma lesão no joelho e em seu terceiro jogo seguido como titular, voltou a balançar as redes. O gol simboliza um recomeço para o veterano, que buscava há tempos retomar o protagonismo.
Luiz Gustavo também viveu um momento especial. Aos 38 anos, o volante marcou após superar um quadro grave de tromboembolismo pulmonar — diagnóstico recebido em abril, que o afastou por meses dos gramados. Um problema de saúde que nenhum personagem espera ter na sua história.
Desde o retorno, em setembro, o veterano tem ganhado minutos e, neste domingo, celebrou com emoção o gol que ajudou a consolidar a vitória. "Gratidão", disse após o jogo, em poucas palavras que resumem bem o sentimento da noite, em um discurso digno de livro.
- A palavra de hoje é gratidão por tudo, sou muito grato a minha vida, muito grato a Deus. Todos os dias quando treino, quando jogo e converso com os meninos mais novos, eu quero passar para eles sobre a oportunidade que eles têm em serem jogadores de futebol. É um privilégio, você consegue alcançar tudo tão rápido e muitas vezes você deixa escapar pelos dedos da mão. Por vaidade, por querer sair, é aproveitar e entender o mais importante que é o trabalho - disse o jogador.
Foi um domingo de fim de tabus, reencontros e sinais de recuperação. Um capítulo que pode marcar a retomada de um time que, mesmo em meio às dificuldades, mostra que ainda tem ambição, e que não pretende se contentar com pouco. O final de alívio está claro na cabeça de Crespo e do elenco.
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