Neymar, eliminações e reação com a torcida: os altos e baixos da temporada do Santos
Apesar da instabilidade na temporada, Peixe garante vaga na Copa Sul-Americana de 2026

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O Santos encerrou a temporada com mais derrotas do que vitórias. Ao todo, foram 56 jogos, com 19 vitórias, 16 empates e 21 derrotas.
A primeira temporada após o retorno à elite do futebol brasileiro começou de forma incerta, com um planejamento atrasado, mesmo após o clube ter encerrado 2024 com o título da Série B e já sabendo que o então técnico Fábio Carille não faria parte do planejamento para o ano seguinte.
O momento de maior alegria do torcedor, sem dúvidas, foi no dia 31 de janeiro, quando Neymar oficializou seu retorno ao clube do coração após 12 anos. Um evento na Vila Belmiro, com a presença da torcida e de personalidades santistas como Mano Brown, Projota e Supla, celebrou a volta do Príncipe da Vila.
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Neymar:
O jogador retornou para vestir a camisa 10 como herdeiro do trono de Pelé. No entanto, ao sofrer quatro lesões ao longo da temporada, não conseguiu engatar uma longa sequência de partidas. Apesar disso, foi fundamental no processo de reconstrução não apenas dentro de campo, contribuindo para o rendimento da equipe santista, mas também fora dele, com o aumento da visibilidade do clube, refletido no crescimento do número de seguidores nas redes sociais e na atração de parceiros para melhorias significativas na infraestrutura. Os projetos foram encabeçados pelo seu pai e o destaque foi a reforma do vestiário da Vila Belmiro.
O ídolo santista renovou o contrato no meio do ano, e a tendência é que a confirmação da permanência sacramente seu vínculo com o Peixe até a próxima Copa do Mundo. O jogador não figurou na lista de convocados do técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, mas já declarou publicamente que não precisa provar nada para ninguém e que, se estiver na melhor forma física, uma prioridade da comissão técnica da Amarelinha, terá condições de disputar os amistosos diante de Croácia e França, em março do ano que vem, na próxima Data Fifa.
Fora dos gramados:
O Santos trocou de técnico em três oportunidades ao longo da temporada. Começou o ano com Pedro Caixinha, que, coincidentemente, foi demitido no dia do aniversário de 113 anos do clube, em 14 de abril, após acumular o terceiro jogo sem vitória no comando da equipe santista.
O português, que ganhou notoriedade após dirigir o Red Bull Bragantino, chegou ao Alvinegro Praiano com a missão de participar do processo de reconstrução do clube. No entanto, o time não engrenou e caiu na semifinal do Campeonato Paulista para o Corinthians, sem Neymar em campo após a primeira lesão sofrida na temporada. Além disso, fez um início ruim no Campeonato Brasileiro.
Durante duas semanas, César Sampaio comandou a equipe de forma interina. Na sequência, o Santos optou pela contratação de Cléber Xavier, que havia sido auxiliar de Tite por 24 anos, em sua primeira experiência como treinador. Ainda assim, a equipe seguiu apresentando desempenho abaixo do esperado, foi eliminada na terceira fase da Copa do Brasil para o CRB, e o clube manteve o técnico até o meio do ano, na expectativa de que a pausa para o Mundial de Clubes da Fifa, com uma "intertemporada", pudesse trazer melhorias.
Uma nova demissão ocorreu em 17 de agosto e, após voltar ao mercado, o Peixe acertou a contratação de Juan Pablo Vojvoda até o fim do ano seguinte. O argentino estava livre após ter sido demitido pelo Fortaleza.
O técnico teve a missão de livrar o time do rebaixamento e administrar o elenco em meio a uma crise, com fortes cobranças da torcida direcionadas a jogadores como Thaciano e Guilherme. O camisa 11 chegou a pedir para não ser relacionado em algumas partidas e chegou a avaliar deixar o clube. Apesar da luta contra o rebaixamento até a última rodada, o Santos também conseguiu garantir uma vaga na Copa Sul-Americana, competição que não disputava havia dois anos.
Em 2026, o Santos terá, portanto, um calendário mais recheado, com competições simultâneas, um Campeonato Brasileiro iniciado de forma inédita em janeiro e um estadual de tiro curto, em novo formato.
Fora de campo, o ano também será decisivo, com eleições, a construção do novo estatuto e a aprovação da nova Vila Belmiro. Dentro das quatro linhas, o desafio será ainda maior: transformar planejamento em resultados e colocar fim a um jejum que já dura uma década, recolocando o Peixe no caminho dos títulos e do protagonismo que marcaram sua história.
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