Atuação de Neymar no Santos reforça análise de Ancelotti após gol e susto contra o Mirassol
Atacante tem boa atuação em empate do Peixe na Vila Belmiro

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Em seu quarto jogo após a lesão no músculo reto femoral, Neymar voltou a ser decisivo no empate do Santos por 1 a 1 com o Mirassol ao marcar um gol em bela jogada logo no início da partida — desempenho que ganha ainda mais peso diante das recentes palavras de Carlo Ancelotti. O técnico da Seleção Brasileira afirmou que o camisa 10 santista "está na lista dos jogadores que podem estar no Mundial" e tem "seis meses para chegar à lista final", deixando claro que cada atuação será analisada com minúcia neste processo de retomada.
No primeiro tempo, o atacante mostrou-se ativo desde os minutos iniciais. Buscou aproximação com os companheiros, acelerou transições e precisou de apenas três minutos para abrir o placar. Em uma movimentação calculada, colocou-se em impedimento sobre a linha do meio-campo, saiu dela no tempo exato e recebeu lançamento preciso de Laurato Díaz. A jogada, ensaiada e bem executada, terminou com o toque sutil na saída do goleiro. Na comemoração, dançou, cerrou o punho e interagiu com os torcedores na Vila Belmiro.
Até os 29 minutos, participou de pelo menos quatro lances de perigo e assumiu a função de referência criativa da equipe. No entanto, um minuto depois veio o susto: ao tentar um drible, sentiu o joelho esquerdo, caiu no gramado e precisou de atendimento. Voltou ao jogo, mas com sinais de incômodo. Ainda assim, manteve o ritmo ofensivo — arriscou dois chutes, um para fora e outro na arquibancada, chegando a pedir desculpas aos torcedores.
Na saída para o intervalo, demonstrava tranquilidade ao explicar a leitura do lance do gol e lembrou até do ex-jogador Romário, conhecido pela frieza na grande área.
— Não fico nervoso, espero 90 minutos para isso. Aprendi isso com o Romário, ali dentro da área você tem que ter mais calma do que o médico em uma cirurgia..
A etapa final revelou um Neymar insistente, mas mais limitado fisicamente. Logo no primeiro minuto voltou a tocar a mão no joelho após um chute. Tentou dribles, buscou faltas e escanteios, porém com menor efetividade. Aos 12, cometeu pênalti em Reinaldo — confirmado após revisão do VAR — e reclamou com o árbitro:
— Vocês são muito ruins.
Mesmo sem repetir o brilho inicial, seguiu participativo. Deu bom passe para Guilherme em lance que quase terminou no primeiro gol de Robinho Júnior pelos profissionais. Jogou os 90 minutos, mas terminou a partida voltando a sentir o joelho. No último lance, perdeu boa chance ao finalizar mal dentro da área. Sensação de que não quer provar nada para Ancelotti, mas para si mesmo de que pode jogar sem voltar a se preocupar com as lesões.
Com o empate, o Santos segue pressionado na luta contra o rebaixamento. A equipe ocupa a 15ª colocação, com 37 pontos — apenas um a mais do que o Vitória, primeiro time dentro da zona de descenso. A atuação, embora marcada por altos e baixos, reforça dois pontos que devem ser observados por Ancelotti: Neymar mantém capacidade de desequilíbrio imediato, mas ainda alterna intensidade e preocupação em evitar novas lesões. Os próximos meses, como disse o treinador, serão decisivos para entender se ele conseguirá reunir consistência e condições para disputar o Mundial.
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