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Leila Pereira defende SAF no Palmeiras e detona clubes que não honram dívidas

Presidente afirma que modelo associativo do clube está ultrapassado

Leila Pereira critica modelo associativo e diz que clubes devem pagar o que contratam (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)
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Guilherme Lesnok
São Paulo (SP)
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Marcio Dolzan
São Paulo (SP)
Dia 11/08/2025
12:19
Atualizado há 1 minutos

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A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, participou nesta segunda-feira (11) na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, de uma reunião para discutir a implementação do fair play financeiro no futebol brasileiro. Na ocasião, ela defendeu que o alviverde deve se transformar em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no futuro e, ao mesmo tempo, criticou clubes que fazem compras e não honram os pagamentos, inclusive 'cutucando' o rival Corinthians.

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Leila ressaltou que, embora muitos verbalmente apoiem essas regras, na prática, poucos clubes as cumprem, especialmente aqueles com gestão associativa, que frequentemente acumulam dívidas sem pagar, transferindo os problemas para gestões futuras.

— Olha, verbalmente todo mundo fala que está de acordo, que ninguém tem coragem de dizer que está correto comprar e não pagar. É óbvio, não é?! Então, todos dizem que sim, que estão de acordo, mas, na prática, eu quero saber, não na teoria, quero saber na prática, eles não implementam o que eles acham que é correto? O que é correto é pagar. É comprar e pagar. O Palmeiras compra e paga. O Palmeiras contrata atletas e paga os atletas, não é? Eu vou falar uma coisa para vocês. Eu acho que a grande solução dos clubes é virar SAF, porque com o dono, a responsabilidade é do dono. E esses clubes que são associativos, o presidente fica 2, 3 anos, eles querem é ganhar todos os campeonatos e fazem a festa, não pagando absolutamente ninguém, porque sabem que daqui a 3 anos ele vai sair e vai largar a bucha para outro presidente. E quando você é dono do clube, a responsabilidade é sua. Eu acho que o futuro do futebol brasileiro são os clubes virarem SAF, como o Palmeiras também — disse Leila Pereira. 

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Ao comentar sobre as perspectivas para o Palmeiras, Leila Pereira afirmou que não pretende promover alterações no estatuto do clube durante sua gestão, que ainda tem dois anos e meio pela frente. No entanto, ela acredita que o próximo presidente poderá avaliar a necessidade dessas mudanças para adequar o clube a um modelo mais moderno e eficiente.

— Eu jamais proporia esse tipo de modificação para o estatuto do Palmeiras. Aliás, eu já falei para os nossos conselheiros que na minha gestão (dois anos), eu não gostaria de fazer nenhuma alteração do estatuto do Palmeiras. O próximo presidente, se achar que deva fazer essa alteração... mas eu acredito que sim. Eu acredito que o futuro para que os clubes brasileiros tenham futuro, esse modelo associativo está completamente ultrapassado. Por quê? Porque não gera responsabilidade nenhuma do seu gestor. Eu nunca vi presidente de clubes associativos serem penalizados, condenados e olha que vocês vêm por aí, cada aberração, não é?! Não acontece absolutamente nada. Responde pelo seu patrimônio, pelo menos quando é dono, responde pelo seu patrimônio — completa.

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Em uma das respostas, a cartola palmeirense deu uma leve cutucada no rival Corinthians, clube que enfrenta problemas frequentes com dívidas. Recentemente, o Alviverde foi eliminado pelo Corinthians na Copa do Brasil.

— Eu concordo com a ideia de alguns presidentes, que aqueles clubes, que compram jogadores e não pagam, não podem contratar novamente. O Palmeiras é um clube que paga rigorosamente em dia clubes, profissionais, atletas, a gente não atrasa um dia. E, às vezes, nós somos desclassificados por clubes que não pagam absolutamente ninguém — finaliza.

Leila Pereira, presidente do Palmeiras (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)
Leila Pereira, presidente do Palmeiras (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

CBF inicia debates sobre Regulamento do Sistema de Sustentabilidade Financeira

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