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Presidente de sindicato de jogadores chama Mundial de Clubes de “Pão e circo”

Sergio Marchi criticou Fifa e Gianni Infantino

MetLife Stadium foi o palco da final do Mundial (Foto: Paul ELLIS / AFP)
imagem cameraMetLife Stadium foi o palco da final do Mundial (Foto: Paul ELLIS / AFP)
Dia 14/07/2025
18:47

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O Mundial de Clubes chegou ao fim no domingo (13) com a vitória do Chelsea por 3 a 0 sobre o PSG. A primeira edição da competição com 32 times estreou em 2025 e chamou a atenção dos admiradores do futebol pelo mundo. A Fifa, por meio da figura de Gianni Infantino, presidente da entidade, defendeu que o torneio foi um sucesso. No entanto, essa não é a opinião da Fifpro, o sindicado mundial dos jogadores de futebol.

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Nesta segunda-feira, o presidente do sindicato, Sergio Marchi, publicou um comunicado oficial no site da Fifpro. Com palavras duras, o mandatário criticou a realização do novo torneio e chamou o campeonato de "pão e circo". Veja trecho:

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— Embora a recente Copa do Mundo de Clubes da Fifa tenha gerado entusiasmo entre muitos torcedores e reunido alguns dos maiores nomes do futebol mundial em um único torneio, a Fifpro não pode deixar de apontar com absoluta clareza que esta competição esconde uma desconexão perigosa com a verdadeira realidade que a maioria dos jogadores de futebol no mundo enfrenta.

MetLife Stadium foi o palco da final do Mundial (Foto: Paul ELLIS / AFP)
MetLife Stadium foi o palco da final do Mundial (Foto: Paul ELLIS / AFP)

— O que foi apresentado como um festival global do futebol não passou de uma ficção encenada pela Fifa, impulsionada por seu presidente, sem diálogo, sem sensibilidade e sem respeito por aqueles que sustentam o jogo com seus esforços diários. Uma encenação grandiloquente que inevitavelmente remete ao conceito romano de "pão e circo" de Nero — entretenimento para as massas enquanto, nos bastidores, a desigualdade, a precariedade e a falta de proteção dos verdadeiros protagonistas só aumentam — diz parte da publicação.

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A declaração do presidente da Fifpro também chamou a atenção para as condições climáticas de disputa das 63 partidas do Mundial de Clubes. Marchi considera que os jogadores correram riscos à integridade física ao jogarem sob forte calor e que o calendário não permite que uma competição deste tipo aconteça. O presidente também ressaltou que o cenário não pode se repetir na Copa do Mundo de 2026.

Jogadores do Fluminense se refrescam contra o Chelsea no Mundial de Clubes (Foto: Paul Ellis/ AFP)
Jogadores do Fluminense se refrescam contra o Chelsea no Mundial de Clubes (Foto: Paul Ellis/ AFP)

Ao longo do Mundial, as paradas para hidratação dos atletas aconteceram em várias partidas do torneio. Alguns jogadores e treinadores reclamaram publicamente do calor enfrentado no verão dos Estados Unidos.

Mundial de Clubes também é criticado pela imprensa internacional

O Mundial de Clubes também foi alvo de críticas por parte de jornalistas. Richard Jolly, do The Independent, do Reino Unido, escreveu sobre a competição e criticou a postura de Infantino ao lado de Donald Trump, especialmente na cerimônia de premiação após a final entre Chelsea e PSG.

Richard Jolly também criticou o que classificou como "sucesso de público" e apontou que clubes como Bayern, Manchester City, Juventus e PSG disputaram pelo menos um jogo com menos de 30.000 torcedores nos estádios dos Estados Unidos.

Ulsan HD Mamelodi Sundowns Mundial de Clubes
Ulsan HD e Mamelodi Sundowns jogaram para pouco mais de 3 mil torcedores. (Foto: Megan Briggs / GETTY IMAGES NORTH AMERICA /via AFP)

No The Telegraph, da Inglaterra, Sam Wallace questionou alguns dos números apresentados por Infantino na coletiva de imprensa que antecedeu a decisão do Mundial de Clubes. O evento contou com a presença de diversos ex-jogadores de sucesso que foram convidados e subsidiados pela Fifa, segundo o jornalista.

— O que mais importa para Gianni Infantino é que o torneio que ele idealizou finalmente aconteceu. Um presidente da Fifa mais determinado do que qualquer antecessor a disputar com a Uefa o controle sobre a riqueza do futebol viu seu projeto se concretizar. Os sauditas bancaram a conta. Os sul-americanos compareceram. E os "legends" da Fifa, sempre prontos a acenar com a cabeça, disseram que a ideia era ótima — escreveu.

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