Medalhistas do nado artístico ‘madrugam’ para disputar final no Pan Júnior
Bernardo Barreto e Eduarda Mattos foram medalhistas de bronze no dueto misto

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PARAGUAI - No nado artístico, cada detalhe conta. A execução dos movimentos, grau de dificuldade das rotinas e impressão artística dos atletas são avaliados por um corpo de juízes. Foi por isso que, às 6h da manhã desta sexta-feira (22), Eduarda Mattos, medalhista de bronze do dueto misto nos Jogos Pan-Americanos Júnior ao lado de Bernardo Barreto, já estava preparando cabelo e maquiagem para entrar na piscina.
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Duda competiu apenas a partir do meio-dia no Centro Aquático, localizado na sede do Comitê Olímpico Paraguaio, onde disputou as rotinas livres do dueto feminino e misto. Para manter o penteado no lugar mesmo debaixo da água, os atletas utilizam gelatina no cabelo. A maquiagem, que ajuda a compor a parte artística, também precisa ser especial.
— Tem que fazer coque, tem que puxar, tem que fazer gelatina, colar… Tem produção de maquiagem pra fazer, então demora muito. É tudo muito trabalhoso, mas também é muito prazeroso. Pra tirar é outra etapa muito complicada, vai de 40 minutos a uma hora, a gelatina só sai com água quente - contou.
— Apesar da demora, tudo vale a pena, principalmente com a medalha! - completou Bernardo.
Eduarda e Bernardo tiveram uma preparação às pressas para o Pan Júnior, já que Bernardo integrou a seleção para a disputa do Mundial de Esportes Aquáticos de Singapura, de 11 de julho a 3 de agosto. Mesmo assim, o dueto brasileiro garantiu a medalha de bronze após alcançar os 216.510 pontos na soma das rotinas técnica e livre, atrás das duplas de México e Chile.
— A gente só teve duas semanas pra treinar, então foi corrido. A gente tava bem nervoso no dueto técnico, mas já tranquilizamos, porque terminamos em terceiro, e a gente tá bem feliz - avaliou Bernardo.
— A nadada hoje (final do dueto misto) foi muito boa, eu gostei bastante, foi uma das minhas melhores nadadas! Eu tava sentindo tudo, tava vivendo cada momento - disse Duda.

Homens no nado artístico
Apesar de o nado artístico ser uma modalidade olímpica desde 1984, apenas 40 anos depois, nos Jogos de Paris 2024, os homens puderam competir no esporte, tanto nos duetos mistos quanto nas equipes. Bernardo Barreto tem observado o movimento e sonha com a evolução dos homens na modalidade.
— Eu acho que os meninos estão evoluindo muito, estão conseguindo participar das equipes, eu vou disputar o acrobático aqui também. Os outros países também estão incluindo, pensando em levar o dueto misto pras Olimpíadas, então é um incentivo - finalizou.
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Beatriz Pinheiro viajou a convite do Comitê Olímpico do Brasil (COB)
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