Exclusivo: Stephanie Balduccini explica desabafo no Mundial de natação
Nadadora teve resultados abaixo do esperado em Singapura e voltou ao pódio no Pan Júnior
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PARAGUAI - Na noite da última terça-feira (11), Stephanie Balduccini deixou o centro aquático, na sede do Comitê Olímpico Paraguaio, com semblante leve e rindo com os companheiros de equipe após conquistar a medalha de ouro no revezamento 4x100m livre misto nos Jogos Pan-Americanos Júnior. Perguntada pela reportagem do Lance! sobre o Mundial de Esportes Aquáticos de Singapura, encerrado no início do mês, a nadadora ficou séria, mas foi sincera sobre o desempenho na competição, que ainda não é página virada. Veja no vídeo acima.
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Aos 20 anos, Stephanie é um dos principais nomes da atual geração da natação brasileira e já soma no currículo duas participações em Jogos Olímpicos e cinco em mundiais. Apesar dos bons resultados na temporada, a atleta não conseguiu repetir os melhores tempos em Singapura e ficou fora das finais. Na ocasião, ela não escondeu a frustração e fez um desabafo forte sobre as críticas recebidas, especialmente nas redes sociais.
— Eu acho que a chave não foi completamente virada, têm sido umas semanas bem difíceis, não tenho dormido quase nada, vários dias chorando, e as pessoas podem até não entender, mas só quem treina todo dia e tá lá todo dia sabe o quão frustrante é nós atletas irem pra nível mundial e não performar do jeito que quer. O meu desabafo foi mais algo meu, não foi algo direcionado a ninguém, só trouxe as críticas pra explicar que as pessoas querer criticar, mas por trás de tudo vocês têm que entender como é a mentalidade de um atleta de alto nível, as pessoas não dão valor a isso. Ao invés de o Brasil ficar unido, o pessoal pesa no outro, critica mais, e no final do dia isso acaba ainda mais com a nossa autoestima - disse.
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Outra história no Pan Júnior
Uma das atletas mais experientes da delegação brasileira em Assunção, Stephanie soma três ouros até o momento no Pan Júnior. Além do título no revezamento misto, ela também foi campeã dos 200m livre e do revezamento 4x100m feminino. A atleta contou que buscou ajuda psicológica e tem se apoiado na família e na interação com os companheiros da natação no Paraguai para retomar a confiança.
— Eu falei com alguns psicólogos, eles me ajudaram bastante. E minha mãe, minha família, eu voltei pra casa, em São Paulo, depois de muito tempo longe da minha família, saí pra jantar, conversei com meus pais, me ajudaram bastante. E acho que estar aqui na Seleção Júnior, é mais o pessoal que tá me ajudando, porque eles me fazem rir, eles me distraem, eles me mostram que tem hora pra focar e tem hora de se divertir, e isso é um pouco difícil no absoluto - finalizou.
Natação brasileira em Assunção
A natação é uma das modalidades que mais têm trazido medalhas no Pan Júnior para o Brasil, que lidera a classificação geral. Até o momento, 16 das 46 medalhas brasileiras vieram da natação. As provas da natação duram até esta quinta-feira (14).
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Beatriz Pinheiro viajou a convite do Comitê Olímpico do Brasil (COB)
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