Entenda critérios da FIVB que podem tirar Tiffany do Mundial de Clubes
Jogadora atua normalmente em competições nacionais

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A ausência da oposta Tiffany da lista preliminar do Osasco para a disputa do Mundial de Clubes gerou bastante frustração nos torcedores. Uma das principais peças da equipe de Luizomar de Moura, a jogadora atua normalmente pela Superliga, mas esbarrou em critérios da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) para atuar na competição. O Lance! explica o caso abaixo.
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Por meio de nota oficial após a publicação da lista preliminar de inscritas, o clube afirmou "que a situação está diretamente relacionada ao fato de que Tifanny está se submetendo ao procedimento de autorização pela FIVB através do Comitê de Elegibilidade (Sex Eligibility Committee), procedimento exigido pela FIVB para participação, em competições internacionais".
Ainda segundo o comunicado, clube e jogadora estão cumprindo com todos os procedimentos e etapas necessárias previstos nas normas de elegibilidade. A competição tem início nesta terça-feira (9).
O Comitê de Elegibilidade da FIVB é composto por um especialista jurídico, um especialista médico e e um representante da Comissão de Atletas, todos indicados pela instituição. A análise feita pelo comitê pode levar em consideração diversos fatores, incluindo aspectos fisiológicos, médicos e esportivos.
Competições nacionais x competições internacionais
FIVB e Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) seguem critérios diferentes para a elegibilidade de atletas trans, por isso Tiffany segue atuando normalmente na Superliga e em outras competições nacionais. Conforme a política de elegibilidade da entidade máxima do vôlei nacional, mulheres trans devem demonstrar nível de testosterona inferior a 05 nmol/L por pelo menos 12 meses antes da primeira competição e manter este nível ao longo do período em que deseja competir.
A diferença de critérios acontece porque o Comitê Olímpico Internacional (COI) deixa a cargo das Federação Internacionais de cada modalidade a determinação dos critérios de participação de atletas trans. As federações, por sua vez, defendem a autonomia das confederações nacionais na organização de suas próprias competições.
Este princípio é reforçado nas diretrizes do COI sobre Equidade, Inclusão e Não Discriminação com Base na Identidade de Gênero e Variações Sexuais, que define 10 pontos chave para auxiliar as entidades internacionais a definir os critérios de elegibilidade em suas respectivas modalidades.

Trajetória de Tiffany
Tiffany já tinha uma carreira no vôlei antes de passar pelo processo de transição de gênero, que iniciou oficialmente em 2012. Cinco anos mais tarde, em 2017, foi autorizada pela FIVB a atuar em competições femininas, quando se tornou jogadora do Sesi-Bauru, a primeira atleta trans a disputar a Superliga.
No Osasco desde a temporada 2021/2022, Tiffany se tornou uma das principais peças na equipe e participou da conquista da tríplice coroa na última temporada, quando foi campeã estadual, da Copa Brasil e da Superliga com o time paulista.
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