Rixa histórica com técnico da Seleção fez Nikolic trocar europa pelo NBB
Slobodan Nikolić firmou contrato com o Rio Claro por quatro anos

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O novo técnico do Rio Claro, Slobodan Nikolic, explicou o motivo de ter abraçado o projeto do clube, que busca se reerguer na elite do NBB. O sérvio, que pouco conhecia do basquete nacional, levou em conta a escolha de Aleksandar Petrović, atual técnico da Seleção, com quem tem uma "rixa" histórica.
A rivalidade entre os dois treinadores remonta aos tempos da ex-Iugoslávia, quando jogavam em categorias de base e clubes rivais.
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Nikolic, que já comandou o Estrela Vermelha (Red Star) na Europa, revelou ter se surpreendido com a qualidade brasileira.
— É a primeira vez que venho ao Brasil. Eu só ouvia falar. Fiquei um pouco surpreso com o quão bem os atletas jogam, um basquete forte. Nos últimos três anos, o Yago dos Santos jogou no Estrela Vermelha, na Euroliga. Pessoalmente, eu não tive contato com o Yago, mas ouvi falar muito. A diretoria do meu ex-clube falava sobre ele — comentou.
A decisão de vir ao Brasil foi confirmada pela presença de um antigo rival. Nikolic e Petrović nasceram no mesmo ano e têm uma longa história de rivalidade nas quadras.
— Eu pensei: 'Se o Aleksandar Petrović vai para o Brasil, algo está acontecendo...' Ele é um técnico muito bom, experiente, mas escolheu o Brasil. Ele tem bons resultados agora, e para mim, o sucesso do Yago dos Santos, e o fato de Aleksandar Petrović ter vindo ao Brasil, isso me deu um sinal — completou.
Os treinadores chegaram a jogar na seleção da ex-Iugoslávia, nas categorias sub-16, sub-18 e sub-20, e sempre em clubes rivais: Sibona, Zagreb, Estrela Vermelha e Belgrado.
Além do treinador de 66 anos, o Rio Claro também contratou o armador bósnio Marko Rikalo e o ala-armador sérvio Nemanja Simović, para solidificar o projeto de internacionalização. Apesar de algumas dificuldades, como a língua portuguesa, Nikolic está gostando de sua experiência e avaliou o elenco.
— Somos uma equipe muito jovem, então acho que nos faltam jogadores mais experientes que possam ajudar nos momentos mais difíceis. Mas também gosto de trabalhar com jogadores jovens, dar a eles uma chance. É muito legal — comentou.

Filosofia internacional
Para os fãs de basquete que acompanham ligas internacionais e nacionais, é possível identificar diferenças claras. Nos Estados Unidos, o ataque sempre é visto como prioridade, o que faz os placares das partidas da NBA frequentemente superarem os 100 pontos. No Brasil, o placar dificilmente chega à marca centenária.
Nikolic explica que existem diferentes vertentes táticas no basquete e que suas estratégias são parecidas com as de Petrović na Seleção, focadas na defesa da escola da ex-Iugoslávia:
— O Brasil levou apenas 66 pontos para o Chile (falando da partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de Basquete 2026)! Essa é um pouco da filosofia de basquete da ex-Iugoslávia. Petrović é croata e eu sou sérvio, mas essa escola de defesa é da ex-Iugoslávia. A filosofia deles é: a defesa deve ser muito boa.
Entre as equipes mais difíceis de combater no NBB, Nikolic citou Flamengo, Brasília e Franca, devido ao entrosamento entre os jogadores. No entanto, ele relembrou que o Rio Claro fez um jogo duro contra o Rubro-Negro, conseguindo emplacar a defesa, apesar da derrota por 84 a 72.
Carreira
Como técnico, Nikola foi bicampeão na República Tcheca com o Opava e conquistou a dupla coroa na Bulgária com o Lukoil Academic. Também passou por clubes da Sérvia, Rússia e Romênia, entre outros países do Leste Europeu.
Como jogador, atuou no Estrela Vermelha, um dos gigantes da Europa na modalidade. Até hoje ele é recordista em temporadas (15) e partidas disputadas com a camisa do clube.

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