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Crise na Red Bull? Horner chega a Ímola com chefia em risco

Equipe prepara um importante pacote de atualizações para o GP da Emília-Romanha

Christian Horner no GP de Mônaco (Foto: NICOLAS TUCAT / AFP)
imagem cameraChristian Horner no GP de Mônaco (Foto: Nicolas Tucat / AFP)
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Grande Premio
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 13/05/2025
18:50
Atualizado há 1 minutos

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Uma das lideranças mais longevas e referenciais na Fórmula 1 chega a Ímola, neste fim de semana, com mais fissuras do que poderia se imaginar, e o que antes parecia impossível já é tratado por alguns veículos internacionais como possibilidade a curto prazo.

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Mas não faltam razões que explicam como Christian Horner pode ir do céu ao inferno após o GP da Emília-Romanha, o primeiro da aguardada perna europeia da temporada 2025 e é encarado pela cúpula da Red Bull como decisivo para as chances que ainda restam contra a McLaren no Mundial.

O primeiro veículo a noticiar que Horner estava com o cargo de chefe de equipe ameaçado foi a versão impressa da revista italiana "Autosprint", na edição de 6 de maio. A publicação afirmou que o dirigente inglês começava a perder o apoio do lado tailandês do Grupo Red Bull, liderado por Chalerm Yoovidhya, detentor de 51% das ações.

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Christian Horner - Red Bull Racing
Horner é chefe da Red Bull (Foto: Angela Weiss/AFP)

As atualizações para Ímola, portanto, seriam decisivas para a permanência de Horner na chefia do time. A revista ainda apontava Oliver Oakes, agora ex-Alpine, como um possível substituto.

Esta semana, mais uma informação, agora do lado austríaco, trouxe mais pimenta: o site "OE24" afirmou segunda-feira (12) que Christian vai sair, e a Red Bull estuda resgatar Franz Tost, que liderou a equipe B do grupo dos energéticos por tantos anos na F1, para o cargo. Oakes também é citado pelo veículo.

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Os problemas na Red Bull

Primeiro, aos fatos: desde o GP de Miami do ano passado, quando a McLaren praticamente levou à pista uma versão B do então MLC38, com asa dianteira, suspensão dianteira, dutos de freios dianteiros, corpo do assoalho, tampa do motor e frisas de resfriamento modificadas — tudo para otimizar o fluxo de ar no carro —, a Red Bull passou a não ter mais o melhor carro do grid. E isso foi determinante para a dolorida derrota no Mundial de Construtores, uma vez que Max Verstappen conseguiu sustentar a boa vantagem no de Pilotos e chegou ao tetracampeonato.

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Mesmo assim, era questão de acertar os últimos ponteiros para essa nova realidade ganhasse corpo e passasse a ditar o ritmo da Fórmula 1. Um ano após a reviravolta, a Red Bull deixou o mesmo GP de Miami tendo de engolir os 39s que Verstappen, quarto colocado, tomou de Oscar Piastri, o vencedor da prova. E por mais que tenha tentado ao menos jogar uma pulga atrás da orelha da FIA ao questionar o sistema inteligente de freios da rival, chega à Emília-Romanha precisando praticamente de um milagre.

Red Bull Racing’s RB7 drives during Race To Miami in Miami, Florida, USA in December, 2021. // Chris Tedesco / Red Bull Content Pool // SI202204040015 // Usage for editorial use only //
Carro da Red Bull no GP de Miami de Fórmula 1 (Foto: Chris Tedesco / Red Bull Content Pool)

Até o momento, passadas seis etapas, a distância para a equipe papaia já está em 141 pontos (246 × 105), enquanto Verstappen, de onde realmente vêm os resultados, está 32 atrás do líder Piastri, em terceiro lugar. A questão é que resta pouco tempo para realmente recuperar o terreno perdido, uma vez que 2025 é o último ano da F1 sob o atual regulamento, e é por essa razão que todas as atenções já começam a se voltar para Ímola, local escolhido pela Red Bull para colocar em jogo um pacotão de atualizações, segundo o "RacingNews365".

O portal neerlandês detalhou que o time austríaco trabalha em alterações no perfil dos sidepods, desviadores de fluxos verticais sob o assoalho e carroceria traseira. O trabalho dos engenheiros taurinos, liderado pelo diretor-técnico, Pierre Waché, focou especificamente em melhorias para a inconsistência do carro, que demonstrou variações radicais de comportamento com mudanças mínimas na configuração.

O sistema inteligente de freios da McLaren também passou a ser alvo de análise. O "RacingNews365" divulgou nesta terça-feira (13) que a Red Bull busca maneiras de copiar a solução engenhosa criada por Rob Marshall — coincidentemente, ex-diretor de engenharia dos taurinos e atual diretor-técnico do time de Zak Brown. É, contudo, um trabalho que o próprio Paul Monaghan, o engenheiro-chefe, já reconheceu que não será feito com um passe de mágica.

Mas um progresso considerável da Red Bull é o que pode sustentar Horner no cargo, segundo a imprensa estrangeira. A questão, entretanto, é que a imagem do inglês já não é mais a mesma desde que ele foi acusado por uma funcionária de “conduta inapropriada”, caso este que veio à tona antes mesmo da pré-temporada de 2024.

Na ocasião, a Red Bull conduziu uma investigação interna que terminou com o chefe inocentado e a funcionária afastada. Horner, aliás, só permaneceu no cargo porque contou com o bloqueio tailandês. Só que o caso expôs as ranhuras na estrutura, e, coincidência ou não, antecedeu um efeito dominó que culminou nas saídas do projetista Adrian Newey e do diretor-esportivo Jonathan Wheatley, figuras longevas e decisivas no sucesso recente com Max Verstappen.

MONTE-CARLO, MONACO - MAY 26: Adrian Newey, the Chief Technical Officer of Oracle Red Bull Racing arrives in the Paddock prior to the F1 Grand Prix of Monaco at Circuit de Monaco on May 26, 2024 in Monte-Carlo, Monaco. (Photo by Ryan Pierse/Getty Images) // Getty Images / Red Bull Content Pool // SI202405260099 // Usage for editorial use only //
Adrian Newey no GP de Mônaco (PFoto: Ryan Pierse / Getty Images / Red Bull Content Pool)

O próprio Verstappen, aliás, tem futuro incerto, ainda que possua nas mãos um contrato até o fim de 2028. Na ocasião do Caso Horner e a exteriorização da guerra de poder entre ele e Helmut Marko — consultor da equipe e amigo pessoal do fundador, Dietrich Mateschitz, já falecido —, Max declarou publicamente lealdade ao austríaco. A performance da Red Bull em pista, no entanto, é o que parece ser decisivo para manter o piloto na equipe, uma vez que, segundo a imprensa internacional, possui cláusulas contratuais condicionadas aos resultados.

E quando tudo parecia solucionado, um novo capítulo do escândalo ganhou as manchetes em março: a funcionária da Red Bull que denunciou o chefe de equipe resolveu levar o assunto ao tribunal trabalhista do Reino Unido, que deve julgá-lo em janeiro do ano que vem. Segundo o "De Telegraaf", a ação movida na justiça britânica só foi revelada tarde porque a imprensa local foi proibida de noticiar o caso por causa da chamada Ordem de Restrição de Reportagem (RRO, sigla em inglês), solicitada pelo grupo ligado a Christian ao tribunal.

Enquanto a fogueira para Horner começa a ser montada, o Daily Mail assegura que “fontes próximas à Red Bull garantem que a posição dele não está ameaçada”. Mesmo assim, o chefe que estará no pit-wall a partir de sexta-feira está longe de ser o mesmo que começou a carreira com a equipe em 2005.

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