Conexão Brasil x EUA: medalhistas dos saltos ornamentais falam de parceria a distância
Maria Faoro e Heloá Camelo conquistaram o bronze no Pan Júnior
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PARAGUAI - Heloá Camelo treina em Brasília, capital federal, enquanto Maria Faoro vive em Dallas, nos Estados Unidos. Mesmo em países e fusos horários diferentes, as duas conquistaram um entrosamento nos saltos ornamentais e garantiram a medalha de bronze no trampolim 1m sincronizado nos Jogos Pan-Americanos Júnior de Assunção. Veja no vídeo acima.
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Atleta de saltos ornamentais desde a infância, Heloá treina na Universidade de Brasília (UnB), enquanto Maria trocou a ginástica pelas piruetas na água. As atletas de 19 e 18 anos explicaram a estratégia utilizada para driblar a distância e alcançar a sincronia perfeita nos treinamentos.
— Às vezes ela vai pra Brasília treinar comigo, mas é um período só das férias dela. Aqui a gente faz uns dois, três treinos antes e vai na fé, e dá certo! - conta Heloá
— Nos Estados Unidos, eu pego vídeo da Heloá e tento modificar meus saltos pra ser mais semelhante. Aí eu vejo que ela demora um pouquinho mais pra descer, aí eu treino isso - conta Maria.
Dupla cidadania
Nascida em Cincinnati, em Ohio, Estados Unidos, Maria Faoro é filha de dois brasileiros, mas cresceu no país da América do Norte. A saltadora, que decidiu honrar as raízes da família e competir pelo Brasil, fala português e mantém os costumes do país mesmo em terras estrangeiras.
— Meus pais são de Curitiba, eles falam português em casa, a gente come comida brasileira, sempre. Eu acho que do Brasil, eu trago pros Estados Unidos a simpatia, eu gosto de falar com todo mundo, eu gosto de abraçar todo mundo, ninguém sabe disso nos Estados Unidos, eles acham estranho. É muito legal, porque eu posso treinar lá, mas eu represento o Brasil, eu queria representar o Brasil muito mais que os Estados Unidos - declarou Maria.

Adrenalina no esporte
Além da técnica perfeita, as saltadoras também precisam enfrentar o frio na barriga para subir aos trampolins e plataformas, que chegam até os 10m de altura. Apesar de já habituadas à modalidade, as atletas admitem que o medo e a adrenalina são elementos sempre presentes durante as competições.
— Quando a gente faz sincronizado, eu sempre falo "respira, calma", porque ela às vezes vai um pouco mais ansiosa, mas eu por dentro também tô muito ansiosa. Então a gente se ajuda no sincronizado, mas o medo sempre vai ter. A gente pode controlar com algumas técnicas de respiração, mas sempre vai ter aquela tensão antes de saltar - finalizou Heloá.
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Beatriz Pinheiro viajou a convite do Comitê Olímpico do Brasil (COB)
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