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Bicampeão mundial, Avancini fala sobre os desafios do esporte olímpico

Ciclista brasileiro foi um dos convidados do Palco Lance! no Rio Innovation Week

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Gustavo Loio
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 26/08/2025
04:00

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Bicampeão mundial de Mountain-Bike Maratona, Henrique Avancini foi um dos convidados do Palco Lance! no Rio Innovation Week, no painel 'Olimpíada é todo o ano', mediado por Gustavo Pessoa, Gerente de Novos Negócios do Lance!. O ciclista brasileiro também concedeu uma entrevista ao editor Thayuan Leiras. Veja vídeo acima.

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O que você vem falar aqui e o que te motivou a participar ao Rio Innovation Week?

Esse evento é sensacional, tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, sempre com essa energia de fomentar, trazer informação, desenvolvimento e conhecimento. Estou participando de um painel que fala de esporte olímpico, mas, principalmente, como sustentá-lo fora do ciclo, ou nos momentos de baixa do ciclo. Durante muito tempo o esporte olímpico passou por dificuldade de como manter o investimento, a estabilidade para o atleta e para quem depende, profissionalmente, dos esportes. E hoje a gente participa de um painel muito interessante, trazendo prismas distintos, com o objetivo de esclarecer e ajudar nessa estratégia de trazer mais estabilidade para o esporte olímpico.

E como você acha que a gente pode fazer isso?

No meu caso, foi muito fortalecendo o nicho da modalidade, fazendo com que a bolha crescesse, que essa bolha começasse a ser meu ponto de comunicação para fora dela. Em vez de tentar grandes canais de comunicação, tentei produzir mais coisas para quem já consumia bike. E, num segundo momento, tentei produzir mais e me comunicar mais com quem consumia esporte. Então, para chegar ao ponto de ter a comunicação para a massa, para o grande público, entendi que era melhor, primeiro, construir uma base de fã que tivesse uma sinergia comigo, que entendesse o que eu estava falando, que pudesse ser quase um cabo eleitoral do seu esporte. A gente se impulsiona. Aos poucos o esporte foi ganhando mais relevância, e eu ter relevância foi uma consequência disso. É algo que passei a acreditar cada vez mais, e meu case foi uma boa referência, tirei como inspiração o surfe, que não era uma modalidade olímpica. E comecei a ter contatos com esses atletas e conhecer mais a cultura por trás desses esportes. Mesmo antes dos grandes expoentes, tanto no surfe quanto no skate, exista uma comunidade muito engajada e muito forte. Acredito muito em fortalecer a comunidade do esporte a partir disso e levar essa comunidade para mais pessoas. Aí, eventualmente, você vai alcançando interesse de novos praticantes, adeptos ou interessados.

Avancini diz que é muito importante manter a verdade

Como a inovação, em termos de tecnologia, se encaixa no seu dia a dia. É algo que você é mais antenado ou menos?

Sou bastante antenado, o esporte demandou cada vez mais isso, e passei por essa transição. Quando comecei a minha carreira, a gente não tinha esse poder de auto-promoção, você não tinha a oportunidade de produzir seu próprio conteúdo, contar sua história, de uma forma muito mais pró-ativa, como hoje se tornou o principal canal de comunicação, do esporte também. Vejo que, pra mim, foi muito importante manter a fidelidade ao que acredito. O tipo de conteúdo que faço é muito fora da cartilha do que é para dar certo, mas é minha forma de ser, gosto de falar e de escrever muito. Não tenho uma rotina de conteúdos, é muito o momento com muita realidade, verdade. O esporte mexe com a essência do ser humano, a gente precisa manter isso vivo. É óbvio que você vai se adaptando, incorporando, aprendendo rotinas de comunicação. Mas, acima de tudo, acho importante manter a verdade.

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Qual seu maior objetivo ou desafio para este fim de ano?

Como atleta estou numa nova fase. Tive uma carreira que foi incrível e me aposentei no final de 2023 com um senso de realização muito grande, após competir profissionalmente no mountain-bike por 12 temporadas. Tirei um ano de aposentadoria que foi 2024, que foi de descanso, mas de avaliação para ver se tirava um sonho antigo da gaveta, que é competir no ciclismo de estrada. Neste ano fui atrás desse sonho. Já tenho meus 36 anos e talvez ninguém tenha debutado na modalidade tão velho. É um grande desafio, mas eu precisava tentar, dar esse check na lista dos desejos, é a única coisa que não realizei em cima de uma bike. Tem sido desafiador, mas de muito aprendizado. Voltei a me sentir como um júnior, é desafiador, princpalmente para a mente, mas tem sido um momento de muito crescimento e aprendizado.


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Henrique Avancini começou no ciclismo de estrada (Reprodução)
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