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Análise: como Brasil e Paraguai se movimentaram por Pan de 2031

Eleição da sede acontece nesta sexta-feira (10)

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Beatriz Pinheiro
São Paulo (SP)
Dia 08/10/2025
18:06
Parque Olímpico do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução / Candidatura Rio°Niterói ao Pan 2031)
imagem cameraParque Olímpico do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução / Candidatura Rio°Niterói ao Pan 2031)

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A definição da sede dos Jogos Pan-Americanos de 2031 acontece nesta sexta-feira (10), durante Assembleia Geral Extraordinária realizada em Santiago, no Chile. De um lado, o Brasil aposta na experiência para voltar a sediar um grande evento multiesportivo após os Jogos Olímpicos de 2016, enquanto o Paraguai tenta trazer o evento para sua capital pela primeira vez.

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➡️Rio-Niterói x Assunção: saiba como funciona a eleição dos Jogos Pan-Americanos

Brasil aposta em experiência e nomes de peso

Apesar de ter formalizado sua candidatura de maneira tardia, apenas no final de abril deste ano, o Brasil se destaca pela experiência prévia como anfitrião de grandes eventos. Além do próprio Pan-Americano de 2007, o Rio de Janeiro recebeu jogos da Copa do Mundo da Fifa em 2014 e, caso eleito, aproveitará boa parte da estrutura dos Jogos Olímpicos de 2016.

A candidatura também é um passo em direção às metas da gestão do presidente Marco La Porta, à frente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) desde o início de 2025, de fortalecer as relações internacionais do Brasil, conforme revelado em entrevista ao Lance!. A intenção é que o país se consolide como potência das Américas tanto no âmbito esportivo quanto nos bastidores. Desde a edição de 1999, o Brasil figura no top-5 do quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos.

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Caso o Brasil seja eleito, a realização do Pan de 2031 dará sequência a uma série de grandes eventos esportivos realizados no país ao longo dos próximos anos. Em agosto deste ano, o Rio de Janeiro recebeu pela primeira vez o Mundial de Ginástica Rítmica e teve o conjunto nacional duas vezes no pódio. Em abril de 2026, será a vez de Brasília receber, também de maneira inédita, o Mundial de Marcha Atlética, embalado pelos grandes resultados de Caio Bonfim. Em 2029, o país será anfitrião do Mundial de Tênis de Mesa.

La Porta figura como um nome relativamente novo nos bastidores e tem contado com o apoio de personalidades renomadas do esporte ao longo da campanha para receber o Pan de 2031, a começar pela vice-presidente Yane Marques, medalhista olímpica do pentatlo, e pelo diretor-geral Emanuel Rêgo, campeão olímpico do vôlei de praia. O ex-nadador Thiago Pereira, maior medalhista da história dos Jogos Pan-Americanos, e a campeã e lenda do basquete Hortência Marcari também se envolveram no processo.

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Na reta final da corrida eleitoral, o comitê Rio-Niterói também recebeu apoio do presidente Lula para fortalecer a proposta brasileira junto a outros países. Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica da história do Brasil, também se juntou ao movimento. A ginasta participou de vídeos promocionais para a campanha e estará presente na Assembleia Extraordinária em Santiago, nesta sexta-feira (10).

Visão aérea da sede do Comitê Olímpico Paraguaio (COP)
Visão aérea da sede do Comitê Olímpico Paraguaio (COP) (Foto: Divulgação/ Panam Sports)

Ineditismo e desenvolvimento

Diferentemente do Brasil, o Paraguai já vem se articulando como possível sede dos Jogos Pan-Americanos há mais tempo. Em 2024, a cidade de Assunção foi candidata a sede da edição de 2027, após a saída de Barranquilha, na Colômbia, pelo descumprimento das obrigações. Em agosto deste ano, a capital paraguaia recebeu os Jogos Pan-Americanos Júnior, evento chave para deixar uma impressão mais concreta da candidata.

O Pan Júnior recebeu cerca de 4 mil atletas de 41 países diferentes - uma escala reduzida em relação ao Pan adulto, não apenas com relação a delegação, comissão técnica e operação do evento, mas também quanto a presença de público e imprensa. A reportagem do Lance!, durante cobertura in loco do evento, observou questões logísticas, como dificuldade de deslocamento entre as sedes, aeroporto pequeno, falta de acessibilidade e falta de áreas adequadas para imprensa nas sedes esportivas.

A favor de Assunção, pesa a força nos bastidores de Camilo Perez, presidente do Comitê Olímpico Paraguaio desde 2011. O dirigente tem se mostrado bastante otimista na campanha, especialmente pelo ineditismo do país como sede. Na apresentação da candidatura paraguaia, a grande aposta do comitê foi de utilizar o Pan de 2031 como uma ferramenta de desenvolvimento social para o país, com o apoio do governo federal.

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