Os camisas 11: como Marinho e Rony deram a volta por cima e chegam como astros na final da Libertadores

Destaques de Santos e Palmeiras na competição são fortes candidatos ao prêmio de melhor jogador do continente. Relembre a trajetória de cada um deles

Montagem Marinho e Rony
Na última vez em que se enfrentaram, o resultado foi 2 a 2, mas apenas Marinho marcou no dia (Foto: Divulgação)

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Abel x Cuca: final da Libertadores representa desafios diferentes para técnicos de Palmeiras e Santos

A final da Libertadores de 2020 será decidida por um tradicional clássico paulista. Santos e Palmeiras se enfrentam no próximo sábado, 30 de janeiro, no Maracanã,  para decidir quem fica com a taça do torneio continental. 

RELEMBRE A TRAJETÓRIA DO PALMEIRAS ATÉ A FINAL DA LIBERTADORES

O Peixe chegou até a decisão com uma campanha surpreendente, eliminando os gigantes Grêmio e Boca Juniors, nas quartas e na semifinal da competição, respectivamente. O destaque alvinegro na temporada é o camisa 11 Marinho.

Marinho começou sua carreira profissional no Fluminense, no ano de 2008. O atacante teve passagens por Internacional, Goiás, Náutico, entre outros times, mas ganhou visibilidade nacional quando atuava pelo Ceará, após ser destaque do Vozão na Série B de 2015 e dar uma entrevista que rende "memes" até hoje.

Ainda no mesmo ano, foi contratado pelo Cruzeiro. Ele estreou bem, marcando gol contra o Athletico-PR, mas acabou sendo pouco utilizado no restante da temporada e foi emprestado ao Vitória no ano seguinte. Mesmo com as dificuldades, o jogador conseguiu se recuperar, tornou-se um dos destaques do Brasileirão de 2016 com a camisa do time baiano e, após muita especulação e rumores, foi vendido para os chineses do Changchun Yatai. 

Após pouco mais de um ano, voltou ao Brasil para jogar no Grêmio, em junho de 2018. No entanto, com a camisa Imortal ele não conseguiu ter o brilho dos outros trabalhos no futebol brasileiro, até que, em maio de 2019, chegou à Vila Belmiro. Mesmo desacreditado, assinou contrato válido até o final de 2022.

No começo, teve dificuldades para engrenar, mas as coisas pareceram mudar de fato em 2020. Em pouco tempo, Marinho se transformou não só no principal jogador do Santos, mas também em um dos principais atletas do país, considerado por muitos como o "melhor jogador de 2020" em território nacional e até "digno de vestir a camisa da Seleção Brasileira". 

Apesar do fanatismo e sentimentalismo que envolvem os torcedores, os números comprovam a excelente fase do atacante. Com o Alvinegro, Marinho marcou 23 gols em 39 partidas. É a melhor temporada de toda sua carreira. Agora, o camisa 11 tenta manter o protagonismo para conduzir o Santos ao seu quarto título de Libertadores e, quem sabe, se tornar o "Rei da América".

DO OUTRO LADO....

A missão de Marinho será difícil, já que o rival Palmeiras também conta com um camisa 11 em ótima fase. O atacante Rony foi peça fundamental para o time chegar nas decisões de Libertadores e Copa do Brasil. Contra o River, pelo primeiro jogo da semifinal da Liberta, foi ele quem abriu o placar, chegando na marca de 5 gols em 10 jogos e liderando a artilharia do time na Copa ao lado de Luiz Adriano.

Aos 25 anos de idade, Rony também vive seu melhor momento na carreira. Natural do Pará, o jogador foi revelado pelo Remo e fez sua estreia como profissional em 2014. Foi comprado pelo Cruzeiro no ano seguinte, mas antes mesmo de atuar com a equipe de cima, foi novamente vendido, dessa vez ao Náutico. Ainda passou pelo Albirex Niigata, da Segunda Divisão do Japão, mas foi no Athletico-PR que ele ganhou notoriedade.

Foi campeão da Copa Sul-Americana de 2018 e da Copa do Brasil de 2019 com o Furacão. Em fevereiro de 2020, Rony assinou com o Palmeiras por quatro anos. O começo de sua passagem com a camisa alviverde foi conturbado. Mesmo sendo pouco escalado com Luxemburgo, ele acabava recebendo críticas da torcida e sendo alvos de piadas. Porém, a situação do atacante sofreu uma reviravolta com a chegada do treinador português Abel Ferreira.

Além de balançar as redes, o "Rony Rústico", como foi apelidado, também é o maior garçom do Verdão na Libertadores, tendo 7 assistências na conta até aqui. Os números fazem dele outro forte candidato ao prêmio de melhor jogador da América do Sul, porém, o desempenho dos dois atacantes na finalíssima pode ser o critério de desempate. O caneco será decidido dia 30.

* sob supervisão de Valdomiro Neto

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