Abel x Cuca: final da Libertadores representa desafios diferentes para técnicos de Palmeiras e Santos

Brasileiro busca o bi da competição, enquanto o comandante palmeirense busca o bi seguido de técnicos portugueses e seu primeiro troféu em solo brasileiro

Montagem Abel e Cuca
Enquanto o Palmeiras quer sua segunda Libertadores, o Santos quer ser tetra (Foto: divulgação)

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Palmeiras e Santos protagonizarão a terceira final brasileira na história da Copa Libertadores. Após eliminar o River Plate na fase de semifinal, o Alviverde conta com a boa fase do treinador português Abel Ferreira para levar o título. Já o Peixe, dirigido por Cuca, aposta na experiência de um técnico que já foi campeão do torneio e deseja repetir essa história.

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Enquanto o Santos segurou um empate sem gols com o Boca Juniors na Argentina, pela partida de ida da semifinal, e depois decidiu em casa, com um 3 a 0, o rival alviverde fez o caminho inverso, abrindo 3 a 0 no River Plate em Avellaneda. Mesmo com a vantagem, a classificação foi custosa, já que, no segundo jogo, os argentinos abriram 2 a 0 em pleno Allianz Parque.

Abel Ferreira chegou ao Palmeiras em junho de 2020 para substituir Vanderlei Luxemburgo. Desde então, o português de 42 anos, que já treinou clubes como Braga e PAOK, conseguiu levar o Palestra para as finais da Copa do Brasil e da Libertadores e ainda mantê-lo vivo na briga pelo Campeonato Brasileiro, já que o time ocupa a 5ª colocação no momento, estando atrás do líder Internacional por uma diferença de oito pontos, com dois jogos a menos.

O comandante europeu vive, de longe, sua melhor fase desde que chegou ao Brasil. Na última segunda-feira (18), o Palmeiras goleou o maior rival, Corinthians, por 4 a 0, no Allianz Parque. O resultado, além do sabor especial, ainda concedeu a Abel o topo das estatísticas dos treinadores com maior aproveitamento no Brasileirão. Das 11 partidas em que comandou o time na competição, ele conquistou 7 vitórias, 2 empates e apenas 2 derrotas, o que resulta um aproveitamento de 69,7%.

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Agora, os olhares palmeirenses estão voltados para as duas finais. No dia 30 de janeiro, no Maracanã, Abel Ferreira tem a chance de conquistar seu primeiro troféu com o time brasileiro e ainda manter o retrospecto vitorioso de um técnico português na Libertadores, já que Jorge Jesus faturou a última edição do torneio com o Flamengo. Adiante, nos dias 11 e 17 de fevereiro, o Palmeiras decide a Copa do Brasil contra o Grêmio.

Do outro lado do duelo, guiando o Alvinegro da Vila Belmiro, o técnico Cuca quer conquistar seu bicampeonato de Libertadores. Em 2013, com Ronaldinho, Tardelli, Jô e companhia, o Atlético-MG conquistou a América pela primeira vez, sob o comando dele.

De desacreditado a finalista, Cuca chegou no Peixe em agosto de 2020 para substituir Jesualdo Ferreira, que por ironia é um português que não deu muito certo no futebol brasileiro. O momento do clube era o pior possível: crise política, salários atrasados, elenco rachado com a diretoria, atletas entrando na Justiça contra o clube, etc. Além disso, o Santos também não pôde contratar nenhum jogador por causa de uma punição da Fifa. Coube ao treinador recorrer à famosa categoria de base santista e promover nomes.

Mesmo assim, Cuca aceitou dar início a sua terceira passagem pelo Santos, que para boa parte da imprensa seria uma campanha de meio de tabela, ou até mesmo luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, e eliminação precoce no mata-mata.

Entretanto, com partidas surpreendentes, o Alvinegro Praiano eliminou o Grêmio nas quartas de final da Copa Libertadores da América, goleando o Imortal por 5 a 1 na Vila Belmiro, no jogo de volta, e ainda marcou três no Boca de Tévez, além de estar na 8ª posição do Brasileiro.

Agora, resta aguardar o dia 30 de janeiro de 2021. Tendo o Maracanã como palco, Abel Ferreira e Cuca lutam não só pelo caneco, mas também pela consagração de seus nomes na história de Palmeiras e Santos, respectivamente, e para superar desafios pessoais em suas carreiras.

*sob supervisão de Valdomiro Neto

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