Técnicos que mais venceram partidas em Copas do Mundo
Comandantes com os maiores números de vitórias na história das Copas.

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A história da Copa do Mundo não é feita apenas de craques e grandes seleções. Por trás dos títulos, das campanhas memoráveis e das reviravoltas mais improváveis, estão os técnicos que moldaram eras, criaram sistemas táticos inovadores e transformaram seleções inteiras. O impacto destes comandantes é tão decisivo que, ao longo das décadas, alguns deles acumularam números que dificilmente serão igualados. O Lance! apresenta os técnicos que mais venceram partidas em Copas do Mundo.
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Entre todos os treinadores que já disputaram o torneio, apenas um superou a marca de 15 vitórias. Poucos chegaram a pelo menos dez. E ainda menos conseguiram combinar regularidade, longevidade e títulos. O Mundial é curto, duríssimo e exige perfeição em cada jogo; por isso, acumular muitas vitórias é um feito quase sobre-humano.
Além dos números absolutos, outro ponto importante é o aproveitamento. Em um torneio em que uma derrota pode significar eliminação precoce, alguns técnicos alcançaram percentuais de eficiência impressionantes, superiores a 70%, algo raríssimo no cenário internacional. O contraste entre volume de jogos e taxa de sucesso torna o ranking ainda mais fascinante.
Este texto analisa os técnicos que mais venceram na história das Copas, detalha seus estilos, momentos marcantes e recordes, e contextualiza porque seus desempenhos se tornaram referência para todas as gerações posteriores.
Técnicos que mais venceram partidas em Copas do Mundo
Helmut Schön: o técnico com mais vitórias na história das Copas do Mundo
Helmut Schön, comandante da Alemanha Ocidental entre 1966 e 1978, ocupa o topo do ranking com 16 vitórias em 25 partidas disputadas. Seu trabalho marcou profundamente o futebol alemão, combinando disciplina, organização e eficiência em uma era em que o país disputou quatro Copas consecutivas sob seu comando. Schön levou a Alemanha ao título de 1974, em casa, e disputou também a final de 1966, além de campanhas consistentes em todas as edições.
Seu recorde é tão sólido porque se apoia na longevidade. Poucos técnicos permanecem à frente de suas seleções durante tantos ciclos. Manter o mesmo treinador por quatro Copas seguidas é improvável no futebol moderno, o que torna o recorde de Schön praticamente intocável. Além disso, sua taxa de aproveitamento de 64% em jogos de Mundial reforça a consistência impressionante de sua seleção.
Didier Deschamps: o melhor aproveitamento entre os grandes técnicos do Mundial
Didier Deschamps é o técnico ativo mais vitorioso e o que possui a maior taxa de aproveitamento entre todos os treinadores com pelo menos dez jogos de Copa do Mundo. São 14 vitórias em apenas 18 partidas, um índice de 77,8% que supera amplamente seus concorrentes. Mais que isso: Deschamps perdeu apenas duas vezes em Copas, ambas em jogos irrelevantes para a classificação ou em contextos controlados.
O francês também ostenta um desempenho extraordinário em mata-matas. Em suas duas campanhas completas como técnico — campeão em 2018 e vice em 2022 — acumulou oito vitórias em nove partidas eliminatórias. Sua consistência, aliada à capacidade de construir equipes competitivas com identidades claras, o coloca como um dos grandes técnicos da história.
A possibilidade de Deschamps superar Helmut Schön existe, mas depende exclusivamente de um terceiro ciclo no comando da França. Caso dispute mais uma Copa, tem chances reais de alcançar o topo do ranking.
Luiz Felipe Scolari: o técnico mais dominante de uma geração da Copa do Mundo
Luiz Felipe Scolari também soma 14 vitórias em Copas do Mundo, mas com um total maior de partidas: 21. Seu aproveitamento de 66,7% o coloca entre os técnicos mais eficientes da história, além de carregar recordes que dificilmente serão repetidos. Felipão acumula a maior série invicta da história das Copas, com 12 jogos sem derrota, e a maior sequência de vitórias consecutivas: 11 triunfos entre 2002 e 2006.
O brasileiro comandou a seleção ao pentacampeonato em 2002, vencendo todos os jogos da campanha. Em 2006, conduziu Portugal a uma semifinal inédita e a uma final de consolação que consolidou seu status de técnico de alto rendimento em competições curtas. Sua combinação de resultados marcantes, personalidade competitiva e aproveitamento superior faz de Scolari um dos maiores da história do torneio.
Mario Zagallo: o primeiro técnico campeão como jogador e treinador na Copa do Mundo
Mario Zagallo é uma figura única no futebol mundial. Como treinador, acumulou 13 vitórias em Copas e conquistou o Mundial de 1970 com uma das seleções mais lendárias de todos os tempos. Seu aproveitamento de 65% em Copas reforça a consistência de suas equipes, baseadas em talento ofensivo, criatividade e capacidade coletiva.
A particularidade que só Zagallo alcançou é sua presença nos títulos de 1958 e 1962 como jogador, além do bicampeonato como técnico e coordenador técnico. Sua presença em diferentes funções nas maiores conquistas da seleção brasileira reforça sua importância histórica e o coloca em posição de destaque no ranking dos treinadores mais vitoriosos.
Joachim Löw: modernização, intensidade e um título inesquecível
Joachim Löw aparece logo atrás com 12 vitórias em 17 partidas, além de um aproveitamento notável de 70,6%. Seu trabalho à frente da Alemanha resultou em um período de renovação estrutural no futebol do país, com ideias ofensivas, pressão alta e mecanismos coletivos de alta complexidade. O resultado desse processo foi o título de 2014, marcado pela histórica goleada de 7 a 1 sobre o Brasil na semifinal.
Löw é reconhecido por sua capacidade de preparar equipes para diferentes cenários, pela constância nos resultados e pela longevidade no projeto alemão, iniciada ainda em 2006 como auxiliar de Jürgen Klinsmann.
Recordes especiais e marcas históricas entre os técnicos das Copas
Alguns recordes merecem destaque por sua singularidade. Vittorio Pozzo, por exemplo, é o único treinador da história a vencer duas Copas do Mundo, comandando a Itália em 1934 e 1938. Seu feito é tão raro que se manteve intacto por mais de oito décadas, e há poucas perspectivas de ser igualado.
Outro caso especial é o de Carlos Alberto Parreira, que participou de seis Copas como técnico, com diferentes seleções e em continentes distintos. Sua experiência acumulada o torna um dos treinadores mais influentes e presentes na história do torneio.
A supremacia dos grandes técnicos e por que estes recordes são tão difíceis de quebrar
Além de talento, a presença entre os técnicos mais vitoriosos depende de longevidade, estabilidade e resultados imediatos. No futebol moderno, pressões externas, mudanças rápidas de comando e ciclos curtos tornam registros como os de Schön, Deschamps e Scolari cada vez mais improváveis. Mesmo com mais partidas por edição na Copa de 2026, é improvável que surja um treinador com permanência suficiente para disputar quatro Mundiais consecutivos e acumular vitórias em todas elas.
Os números que esses técnicos deixaram são mais do que estatísticas: representam eras, identidades nacionais e momentos que moldaram a história das Copas do Mundo.
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