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Santos 4 x 5 Flamengo no Brasileirão 2011: show histórico de Neymar e Ronaldinho na Vila

Duelo eletrizante terminou com nove gols e show de Ronaldinho e Neymar.

imagem cameraRonaldinho comemora gol da vitória contra o Santos na Vila Belmiro, em 2011. (Foto: Lancepress!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 16/07/2025
09:18

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Santos e Flamengo jogaram em 27 de julho de 2011 na Vila Belmiro
Partida terminou 5 a 4 para o Flamengo
Neymar e Ronaldinho se destacaram como os principais jogadores
Jogo teve reviravoltas com Santos liderando e Flamengo reagindo
Considerado um dos maiores clássicos da história do futebol brasileiro
Resumo supervisionado pelo jornalista!

Na noite de 27 de julho de 2011, a Vila Belmiro foi palco de um dos maiores espetáculos da história do Campeonato Brasileiro. Santos e Flamengo protagonizaram um jogo com roteiro de cinema, repleto de reviravoltas, lances geniais e atuações mágicas de dois craques que estavam no auge: Neymar e Ronaldinho Gaúcho. A partida terminou com vitória rubro-negra por 5 a 4, mas foi muito mais do que um simples jogo de futebol — foi uma exibição de arte e improviso, que até hoje é lembrada como um dos maiores clássicos nacionais da era dos pontos corridos. O Lance! relembra Santos 4 x 5 Flamengo no Brasileirão 2011.

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Santos 4 x 5 Flamengo no Brasileirão 2011

O duelo reunia dois times que empolgavam o país. O Santos, comandado por Muricy Ramalho, havia acabado de conquistar a Libertadores e contava com uma geração talentosa liderada por Neymar, Paulo Henrique Ganso, Elano e Borges. Já o Flamengo, invicto até então no Brasileirão, tinha em Ronaldinho Gaúcho o nome de maior peso, cercado por jogadores experientes como Thiago Neves, Renato Abreu e Deivid, além da promessa Luiz Antônio. O encontro entre essas potências prometia — e entregou mais do que qualquer torcedor poderia imaginar.

A partida começou com domínio total do time da casa. Logo aos 5 minutos, Borges abriu o placar. Pouco depois, aos 16, ele ampliou após linda jogada de Neymar, que havia deixado a zaga flamenguista para trás com facilidade. Aos 26 minutos, o próprio Neymar fez um dos gols mais bonitos de sua carreira: arrancou da esquerda, deu dois dribles secos nos marcadores e bateu cruzado, no canto, vencendo Felipe. A Vila Belmiro explodiu com o 3 a 0, enquanto Ronaldinho observava impassível do círculo central. Parecia que o Santos liquidaria a fatura ainda no primeiro tempo. Mas o jogo estava apenas começando.

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Dois minutos após o terceiro gol santista, o Flamengo iniciou uma reação fulminante. Ronaldinho, em cobrança de falta com perfeição, diminuiu. O gol devolveu a confiança ao time carioca, que cresceu em campo. Aos 32, Thiago Neves recebeu na entrada da área e bateu com categoria, fazendo 3 a 2. A virada emocional se completou aos 44 minutos, quando Deivid aproveitou rebote e empatou a partida: 3 a 3 antes do intervalo. O silêncio na Vila contrastava com a vibração do banco rubro-negro, que via o impossível acontecer em poucos minutos.

Reviravolta e magia na segunda etapa: o jogo que virou lenda

No segundo tempo, o clima era de tensão e adrenalina. O Santos retomou a vantagem aos 6 minutos, com Neymar mais uma vez. Após erro da defesa flamenguista, o camisa 11 mostrou faro de gol e frieza para fazer 4 a 3. A comemoração foi contida: o Peixe sabia que o adversário estava vivo. E mais do que vivo — estava encantado por Ronaldinho, que comandava cada jogada ofensiva com passes de calcanhar, dribles curtos e visão diferenciada.

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Aos 23 minutos, o empate voltou ao placar. Em escanteio batido por Thiago Neves, a bola desviou na primeira trave e sobrou para Ronaldinho completar: 4 a 4. O lance seguinte foi uma das cenas mais emblemáticas do jogo: uma falta frontal na entrada da área. Ronaldinho se posicionou, olhou para a barreira e, com a inteligência dos gênios, bateu rasteiro, por baixo dos jogadores do Santos, surpreendendo Rafael. Golaço. Virada. Hat-trick. Flamengo 5 a 4, com assinatura e carimbo de um dos maiores da história.

O Santos ainda tentou responder. Neymar seguia endiabrado e teve chance de empatar, mas parou em Felipe. Muricy fez alterações, colocou Alan Kardec e Felipe Anderson, mas a equipe não conseguiu mais reagir. O Flamengo se fechou com inteligência e administrou o resultado até o apito final. Quando a partida terminou, havia uma mistura de incredulidade e admiração nos rostos dos torcedores. Era impossível reclamar — tinham acabado de presenciar algo que dificilmente voltaria a se repetir.

A atuação de Neymar foi considerada uma das melhores de sua carreira no futebol brasileiro. Além dos dois gols e da assistência sentado para Borges, ele foi um pesadelo constante para a defesa rubro-negra. Mas Ronaldinho Gaúcho ofuscou até mesmo o brilho do jovem prodígio. Com três gols, presença constante no ataque e uma cobrança de falta antológica, o camisa 10 flamenguista provou por que era conhecido como “Bruxo”. O duelo foi um verdadeiro embate de gerações, de estilos e de genialidade.

Aquela partida teve impacto direto na campanha dos dois clubes. O Flamengo seguiu como único invicto e assumiu a liderança do Brasileirão. O Santos, por sua vez, oscilava entre focar no Mundial de Clubes e tentar manter um desempenho competitivo no campeonato nacional. Mas, independentemente da tabela ou do resultado, o jogo ficou marcado como um dos mais espetaculares da história do futebol brasileiro moderno.

A ficha da partida: Santos 4 x 5 Flamengo, Brasileirão 2011

Data: 27 de julho de 2011
Rodada: 12ª do Campeonato Brasileiro
Estádio: Vila Belmiro, Santos (SP)
Árbitro: André Luiz de Castro (BRA)
Público: cerca de 14.000 torcedores

Gols do Santos:

  • Borges (5’ e 16’)
  • Neymar (26’ e 51’)

Gols do Flamengo:

  • Ronaldinho Gaúcho (28’, 68’ e 81’)
  • Thiago Neves (32’)
  • Deivid (44’)

Santos: Rafael Cabral; Pará, Edu Dracena, Durval e Léo (Rodrigo Possebon); Arouca, Elano (Alan Kardec), Ibson e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Borges. Técnico: Muricy Ramalho

Flamengo: Felipe; Léo Moura, Welinton (Jean), Ronaldo Angelim e Júnior César; Willians (Renato), Luiz Antônio, Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves (Bottinelli); Deivid. Técnico: Vanderlei Luxemburgo

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