Recopa Europeia; relembre o que era, campeões e regras
A Recopa Europeia reunia os campeões de copas nacionais em mata-mata.

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A Recopa Europeia — oficialmente European/UEFA Cup Winners' Cup — nasceu para dar palco continental aos campeões das copas nacionais. Jogada pela primeira vez em 1960/61 e encerrada em 1998/99, foi o segundo grande torneio interclubes da UEFA em ordem cronológica, atrás apenas da Taça dos Campeões (atual Champions League). O Lance! relembra a Recopa Europeia.
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Durante 39 temporadas, a Recopa garantiu confrontos diretos entre especialistas de mata-mata, com finais icônicas e gols históricos. Seu campeão ainda jogava a Supercopa da UEFA contra o vencedor da Copa dos Campeões/Champions — elo que reforçava o prestígio do torneio.
Com a expansão da Champions League nos anos 1990, a Recopa perdeu densidade técnica (muitos "campeões de copa" passaram a ir à Champions por posição de liga). Em 1999, foi extinta e fundida à Copa da UEFA (hoje Europa League); desde então, o campeão da Europa League enfrenta o campeão da Champions na Supercopa.
Origem e contexto
A ideia de um torneio para vencedores de copas surgiu na esteira do sucesso da Taça dos Campeões e da Copa das Cidades com Feiras. A edição piloto de 1960/61 foi organizada por um comitê externo e só reconhecida pela UEFA em 1963. A partir daí, todas as federações passaram a estruturar ou fortalecer suas copas domésticas, elevando o status da Recopa como via oficial europeia.
Formato e regras da Recopa Europeia
- Participantes: em regra, um clube por associação — o campeão da copa nacional. Se o campeão também fosse à Taça dos Campeões/Champions (caso de “dobras” ou vagas múltiplas), a vaga da Recopa ficava com o vice da copa.
- Defesa de título: o campeão vigente podia tentar defender a taça junto com o novo campeão nacional (ninguém conseguiu o bi consecutivo).
- Sistema de disputa: mata-mata em ida e volta desde a primeira fase até a semifinal; final em jogo único em campo neutro (apenas 1960/61 teve final em duas partidas).
- Desempate: agregado, golo fora (regra vigente na época) e, se necessário, prorrogação e pênaltis.
Cronologia e campeões (destaques)
- 1960/61 – Fiorentina inaugura a lista da Recopa; Rangers vice.
- 1962/63 – Tottenham vira o 1º campeão inglês.
- 1964 – Sporting conquista o título com a célebre cobrança de falta “penteada” de João Morais na finalíssima.
- 1965 – West Ham, 1966 – Borussia Dortmund, 1967 – Bayern: três gigantes em sequência.
- 1968/73 – Milan (1968 e 1973) eleva o padrão tático do torneio.
- 1972 – Rangers; 1974 – Magdeburg (único título continental de um clube da Alemanha Oriental).
- 1975 e 1986 – Dynamo Kyiv (era Lobanovskyi); 1976 e 1978 – Anderlecht.
- 1979, 1982, 1989, 1997 – Barcelona (maior campeão, 4 títulos).
- 1980 – Valencia, 1981 – Dinamo Tbilisi, 1983 – Aberdeen (Alex Ferguson), 1984 – Juventus, 1985 – Everton, 1987 – Ajax.
- 1990 – Sampdoria, 1991 – Manchester United, 1993 – Parma, 1994 – Arsenal, 1995 – Zaragoza, 1996 – PSG, 1998 – Chelsea, 1999 – Lazio (última campeã).
Protagonistas e marcas da Recopa Europeia
- Barcelona: recordista com 4 taças da Recopa.
- Técnicos bicampeões: Nereo Rocco (Milan 68/73), Valeriy Lobanovskyi (Dynamo Kyiv 75/86), Johan Cruyff (Ajax 87, Barça 89) e Alex Ferguson (Aberdeen 83, Man. United 91).
- Clubes com campanhas emblemáticas: Chelsea (71 e 98), Arsenal (campeão em 1994), Everton (1985), Zaragoza (o voleio de Nayim em 1995), PSG (1996).
Por que acabou e qual o legado
A expansão da Champions (mais vagas por liga) drenou grandes marcas da Recopa; em paralelo, a Europa League ganhou espaço para absorver os campeões de copa. A decisão de 1999 encerrou um ciclo, mas o legado permaneceu: a Recopa valorizou as copas nacionais, sedimentou a Supercopa da UEFA e deixou um acervo de finais que ajudam a contar a história tática e competitiva do futebol europeu do pós-guerra aos anos 1990.
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