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Copa Conmebol; relembre o que era, campeões e regras

Copa Conmebol foi o "segundo torneio" continental da CONMEBOL.

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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 22/10/2025
07:02
Atlético-MG ergue a taça da Copa Conmebol, conquistada de maneira invicta (Foto: Arquivo/CAM)
imagem cameraO Atlético Mineiro abriu e fechou a década como referência na Copa Conmebol: campeão em 1992 e novamente em 1997. (Foto: Arquivo/CAM)

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A Copa Conmebol foi criada em 1992 como um torneio continental intermediário, abaixo da Copa Libertadores.
O formato de mata-mata se consolidou, atraindo clubes competitivos de vários países sul-americanos.
A competição oferecia acesso a outros torneios e ajudou a revelar clubes menos conhecidos no cenário continental.
Resumo supervisionado pelo jornalista!

A Copa Conmebol nasceu em 1992 como resposta da confederação sul-americana à necessidade de um torneio continental intermediário, abaixo da Copa Libertadores, para acolher clubes bem colocados em seus campeonatos nacionais, mas que não haviam se classificado para o principal palco do continente. O Lance! relembra o que foi a Copa Conmebol.

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Com formato enxuto e apelo de mata-mata, a competição rapidamente se firmou como o equivalente sul-americano da antiga Copa UEFA: confrontos diretos, viagens duras, jogos de ida e volta e decisões muitas vezes definidas por detalhes — saldo, gol fora (em alguns anos) e pênaltis.

Do ponto de vista técnico, a Conmebol reuniu elencos competitivos e praças tradicionais. Para muitos clubes, a copa funcionou como vitrine internacional e trampolim de geração: foi assim com Lanús, Rosario Central e Talleres, que consolidaram projeção continental nos anos 1990, enquanto gigantes brasileiros como Atlético Mineiro, São Paulo, Santos e Botafogo voltaram a erguer troféus fora do país.

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Além do título em si, a Conmebol conectava sua copa a outros eventos do calendário: em certos anos, o campeão ganhava acesso à Copa de Oro Nicolás Leoz e à Copa Master da Conmebol; a edição de 1993 ainda abriu caminho para a Recopa Sul-Americana de 1994. A competição, portanto, se encaixava num ecossistema maior de copas da década.

A era Conmebol se encerrou em 1999. Após um ciclo de ajustes de calendário e de televisão, CONMEBOL reorganizou suas propriedades e, em 2002, lançou a Copa Sul-Americana, herdeira direta em formato e objetivo: ser a segunda via continental, com amplitude e critérios de entrada mais claros.

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Origem e propósito da Copa Conmebol

Criada em 5 de agosto de 1992, a Copa Conmebol foi concebida para:

  • manter clubes relevantes do continente em atividade internacional ao longo do segundo semestre;
  • fortalecer a grade televisiva com mata-matas equilibrados;
  • democratizar títulos fora do eixo dos supercampeões da Libertadores.

Não à toa, campeões e finalistas da Conmebol aparecem distribuídos por diferentes centros: Brasil e Argentina lideram, mas paraguaios, uruguaios, colombianos, chilenos e peruanos chegaram a fases agudas.

Formato e regras da Copa Conmebol

O desenho-base repetiu-se ao longo do ciclo:

  1. 16 participantes;
  2. mata-mata em ida e volta desde as oitavas até a final;
  3. classificação pelo placar agregado da eliminatória;
  4. em caso de igualdade, critérios como saldo de gols (e, em alguns anos, gol qualificado) e, persistindo empate, disputa de pênaltis.

A competição não tinha fase de grupos: a vocação era de confronto direto, com calendário curto e intensidade alta.

Critérios de classificação da Copa Conmebol

Os classificados típicos eram os clubes imediatamente abaixo das vagas da Copa Libertadores em cada país. Formalmente, nada impedia um mesmo clube de disputar ambas no mesmo ano, mas, na prática, os calendários e critérios nacionais tornavam isso pouco comum. A Conmebol ajustava anualmente a distribuição por federações, mantendo o recorte de 16 times.

Campeões e finais marcantes (1992–1999)

  1. 1992 – Atlético Mineiro (BRA): superou o Olimpia (PAR) com solidez (2–0 e 0–1). Foi o primeiro campeão da história do torneio.
  2. 1993 – Botafogo (BRA): empate duplo contra o Peñarol (URU) (1–1 e 2–2) e título nos pênaltis.
  3. 1994 – São Paulo (BRA): goleada histórica 6–1 no jogo de ida sobre o Peñarol; derrota por 0–3 na volta, mas título pelo agregado.
  4. 1995 – Rosario Central (ARG): capítulo épico; perdeu a ida por 0–4 para o Atlético-MG, devolveu 4–0 no Gigante de Arroyito e foi campeão nos pênaltis — virada única em finais internacionais oficiais com desvantagem de quatro gols.
  5. 1996 – Lanús (ARG): maturidade tática para bater o Santa Fe (COL) (2–0 e 0–1).
  6. 1997 – Atlético Mineiro (BRA): campanha invicta e título sobre o Lanús (4–1 e 1–1).
  7. 1998 – Santos (BRA): controle de série diante do Rosario Central (1–0 e 0–0).
  8. 1999 – Talleres (ARG): taça sobre o CSA (BRA) com 2–4 e 3–0 no agregado — o clube cordobês encerrou a história do torneio em festa.

No cômputo geral, Atlético Mineiro é o maior campeão (dois títulos: 1992 e 1997). Brasil somou cinco troféus; Argentina, três.

Artilheiros e protagonistas

A copa revelou (e coroou) nomes de peso na década:

  1. Valdir Bigode (Atlético-MG) é o maior goleador histórico do torneio (11 gols somados em edições distintas).
  2. Artilheiros por edição incluíram Aílton (Atlético-MG, 1992), Sinval (Botafogo, 1993), Martín Rodríguez (Peñarol, 1994), Oscar Mena (Lanús, 1996), Valdir Bigode (1997), Viola (Santos, 1998) e Otilino Tenorio / León Muñoz / Juan García, entre outros destaques de campanhas específicas.
  3. Emerson Leão é o técnico mais vencedor: campeão com o Atlético-MG (1997) e com o Santos (1998).

Algumas séries ficaram célebres por goleadas e reviravoltas: São Paulo 6–1 Peñarol (final de 1994), Cobreloa 7–2 Ciclista Lima (1995) e o agregado de Atlético-MG 10–0 Mineros de Guayana (1995) nas oitavas.

Curiosidades e marcos

  1. Campeões de estreia: diversos clubes levantaram a taça já na primeira participação (Atlético-MG em 1992; Rosario Central em 1995; Botafogo em 1993; São Paulo em 1994; Santos em 1998; Talleres em 1999).
  2. Invencibilidade do campeão: o Atlético-MG (1997) conquistou o título sem perder.
  3. Peñarol é o vice mais recorrente (1993 e 1994).
  4. Lanús x Atlético-MG (1997) teve a final com maior diferença de gols no agregado entre campeões argentinos e brasileiros da era Conmebol (5–2).

Fim e legado

A Conmebol encerrou o torneio após 1999 e, em 2002, lançou a Copa Sul-Americana, que herdou a ideia-força da Conmebol: um caminho anual e relevante para clubes fora da Libertadores, com mata-matas fortes e distribuição mais ampla de vagas. Por formato, propósito e estatuto no calendário, a Copa Conmebol é lembrada como a principal precursora da Sul-Americana — e como uma década de histórias que colocaram novos emblemas no mapa continental.

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