Por que o Estádio Nilton Santos é do Botafogo?
Estádio pertence oficialmente ao Rio, mas é administrado pelo Botafogo.

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O Estádio Nilton Santos, também conhecido como Engenhão, é um dos principais palcos do futebol brasileiro e sede de jogos do Botafogo de Futebol e Regatas. Localizado no bairro do Engenho de Dentro, na zona norte do Rio de Janeiro, o estádio é, para muitos torcedores, “a casa do Botafogo”. Mas afinal, por que o estádio é considerado do clube, mesmo sendo uma obra pública? O Lance! explica por que o Estádio Nilton Santos é do Botafogo.
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Por que o Estádio Nilton Santos é do Botafogo?
A resposta está em um contrato de concessão firmado entre o clube e a Prefeitura do Rio de Janeiro. Desde 2007, o Botafogo tem o direito de administrar e explorar o estádio, graças a uma licitação vencida após os Jogos Pan-Americanos daquele ano. Desde então, o Alvinegro passou a ter o direito exclusivo de operar o estádio em jogos, eventos e outras atividades comerciais.
Em 2021, o contrato foi prorrogado por mais 20 anos, estendendo a concessão até 2051. Com isso, o Botafogo não apenas mantém o controle administrativo da arena, como também a incorporou à sua identidade institucional. A transição recente da gestão para a SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do clube também fortaleceu essa estrutura.
Neste artigo, vamos entender como se deu essa concessão, qual é o status legal do estádio, como o Botafogo administra o Nilton Santos e por que ele é, na prática, o dono da bola no Engenhão.
História da concessão do Estádio Nilton Santos
O Estádio Nilton Santos foi construído pela Prefeitura do Rio de Janeiro como principal sede esportiva dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Após o evento, a prefeitura lançou um processo de licitação pública para transferir a gestão do local a um clube ou entidade privada.
O Botafogo venceu a licitação e, em agosto de 2007, assumiu oficialmente a administração do estádio. A concessão previa inicialmente 20 anos de gestão, com possibilidade de renovação. Desde então, o clube passou a utilizar o espaço como sua casa para partidas oficiais, treinamentos e eventos.
Em dezembro de 2021, a prefeitura e o Botafogo firmaram um novo acordo, prorrogando o contrato de concessão por mais 20 anos. Com isso, o clube assegurou o direito de administrar o estádio até 2051, incluindo todas as receitas geradas por bilheteria, naming rights, aluguel de espaços e eventos.
Transição da gestão para a SAF
Com a transformação do futebol do Botafogo em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), liderada pelo empresário John Textor, a concessão do estádio também foi transferida da Companhia Botafogo (ligada ao clube social) para a SAF. A formalização desse processo ocorreu em agosto de 2024.
Essa mudança deu mais agilidade à gestão do estádio, permitindo que decisões comerciais e operacionais fossem tomadas com maior autonomia. Hoje, a SAF do Botafogo é a responsável pela manutenção, modernização, segurança e toda a logística envolvendo o uso do Nilton Santos.
Direitos e deveres do Botafogo sobre o estádio
Embora o estádio continue pertencendo à Prefeitura do Rio de Janeiro, a concessão garante ao Botafogo o direito de uso exclusivo e de exploração comercial. Isso inclui:
- Agendamento e realização de jogos;
- Locação para shows e eventos esportivos ou culturais;
- Comercialização de ingressos;
- Exploração de camarotes, áreas VIP e publicidade;
- Contratos de naming rights (direito de nome).
Em contrapartida, o clube tem a responsabilidade de manter o estádio em pleno funcionamento, cuidar da manutenção estrutural e garantir que ele esteja em conformidade com normas de segurança e acessibilidade.
Importância simbólica e estratégica para o Botafogo
Desde que assumiu a concessão, o Botafogo se empenhou para transformar o Nilton Santos em um verdadeiro símbolo da sua identidade. O nome do estádio, inclusive, foi uma iniciativa do próprio clube, em homenagem ao ex-jogador Nilton Santos — um dos maiores ídolos da história alvinegra e bicampeão mundial com a Seleção Brasileira.
A exclusividade do uso também contribui para o fortalecimento da marca do clube. Ter um estádio próprio, mesmo que por concessão, garante maior controle sobre a experiência do torcedor, geração de receitas e valorização da instituição no cenário nacional e internacional.
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