Por onde anda ex-goleiro Renan, do Internacional?
Ex-goleiro hoje é treinador e está sem clube após passagem pelo sub-20 do Inter.

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Renan Brito Soares fez parte de uma geração muito comentada de goleiros brasileiros dos anos 2000 e 2010. Formado no Internacional, que defende desde a base, ele viveu momentos importantes com a camisa colorada, como o recorde de minutos sem sofrer gols no Brasileirão e a participação no elenco campeão da Libertadores de 2010. Teve passagem pela Europa, atuando pelo Valencia e pelo Xerez, e construiu um vínculo fortíssimo com o Goiás, onde virou referência e ultrapassou a marca de 200 jogos. O Lance! conta por onde anda ex-goleiro Renan.
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Medalhista de bronze com a seleção olímpica em Pequim 2008, Renan sempre foi visto como um goleiro técnico, com boa reposição e personalidade. Encerrada a carreira dentro de campo em 2022, ele não se afastou do futebol: migrou para a beira do gramado e iniciou o caminho como treinador.
Hoje, o ex-goleiro vive uma fase de transição e reconstrução na nova função, depois de suas primeiras experiências no comando de equipes. Saiba por onde anda ex-goleiro Renan.
Início no Internacional: da base ao recorde de minutos sem sofrer gols
Renan chegou ao Internacional ainda menino, em 1994, influenciado pelo irmão Ivan, que também passou pelas categorias de base e virou preparador de goleiros. No Colorado, subiu degrau por degrau: títulos de base, destaque em seleções inferiores e, aos 15 anos, um Mundial Sub-15 que o colocou definitivamente no radar do clube.
A estreia como profissional aconteceu em 2005, no Campeonato Gaúcho, em vitória sobre o Juventude no Beira-Rio. Em pouco tempo, o jovem goleiro passou de promessa a realidade. No Brasileirão de 2006, ele quebrou um recorde histórico: superou Taffarel ao ficar 770 minutos sem levar gols, marca que o cravou como um dos grandes nomes da posição naquele momento.
Renan também se destacou nas categorias de base da Seleção, chegando a ser capitão da equipe sub-20 no Mundial da Holanda, em 2005. A sequência de boas atuações e a segurança demonstrada sob as traves despertaram o interesse do futebol europeu.
Valencia e Xerez: experiência espanhola e aprendizado para Renan
Em agosto de 2008, Renan foi negociado com o Valencia por cerca de 5 milhões de euros. Chegou para disputar posição em um clube tradicional da La Liga e, em um primeiro momento, assumiu a titularidade, mostrando segurança e boas defesas.
Uma lesão, porém, mudou o cenário. A partir do problema físico, Renan perdeu espaço e terminou por ser emprestado ao Xerez, equipe recém-promovida para a primeira divisão espanhola. Lá teve sequência, ganhou rodagem e encarou a realidade de um time que lutava contra o rebaixamento, jogando sob pressão constante.
A passagem pela Espanha serviu como escola: diferentes culturas de treino, outro ritmo de jogo e a experiência de lidar com a oscilação entre titularidade, lesão e competição intensa por posição.
Retorno ao Internacional: Libertadores, falhas e despedida
Em 2010, Renan voltou ao Inter por empréstimo, num momento em que o clube brigava forte pela Libertadores da América. Apesar de falhas em jogos importantes do torneio, o goleiro também fez partidas sólidas e integrou o elenco que conquistou o bicampeonato continental naquela temporada.
Depois, permaneceu no clube, mas perdeu espaço na briga pela titularidade. Com Lauro e Muriel ganhando terreno, Renan alternou entre o banco e algumas atuações pontuais. Em dezembro de 2012, sua última partida pelo Colorado foi simbólica: ele entrou no lugar de Muriel, expulso, no último Gre-Nal da história do Estádio Olímpico. Com o Inter com dois jogadores a menos, o jogo terminou 0 a 0 – com atuação destacada do goleiro, que se despedia do clube que o formou.
Goiás: sequência, idolatria e mais de 200 jogos
No fim de 2012, Renan foi anunciado como reforço do Goiás. A princípio, chegava para disputar posição com o ídolo Harlei, mas rapidamente assumiu a vaga e se tornou titular. Com boas atuações, regularidade e liderança, conquistou a confiança da torcida esmeraldina.
Pelo clube goiano, o goleiro ultrapassou a marca de 200 jogos, virou referência de estabilidade defensiva e participou de campanhas importantes, inclusive em Série A. A passagem pelo Goiás é, ao lado do Internacional, uma das mais marcantes da carreira, consolidando Renan como um goleiro de alto nível no cenário nacional.
Por onde anda ex-goleiro Renan, de Inter e Goiás?
Depois de pendurar as luvas em 2022, Renan Brito (@goleirorenan) passou a atuar como treinador. Em 2024, assumiu o Barra Futebol Clube, de Santa Catarina, e teve o contrato renovado para 2025. No entanto, após uma sequência de cinco empates e uma derrota no Campeonato Catarinense de 2025, acabou demitido em fevereiro.
Pouco depois, surgiu a oportunidade de voltar à casa onde foi formado: o Internacional. Em março de 2025, Renan foi contratado para comandar o time sub-20 do Colorado, tarefa que unia duas frentes importantes – trabalhar com base e retomar laços com o clube que o revelou. O desafio, porém, foi duro: em meio a resultados ruins, o treinador deixou o cargo em agosto do mesmo ano, após uma campanha com mais derrotas do que vitórias.
Em novembro de 2025, Renan foi anunciado pela Aparecidence para a temporada 2026. O time, que está em preparação para virar SAF, vai disputar a primeira divisão do Campeonato Goiano, mas ainda há indefinição em relação à participação na Série D. Neste ano, o clube foi eliminado da competição nacional pelo Goiatuba, nas oitavas de final.
Reta final: Ceará, interior e despedida de Renan dos gramados
Após o ciclo longo no Goiás, Renan viveu uma fase mais itinerante da carreira. Em 2018, acertou com o Ceará, e na sequência passou por uma série de clubes brasileiros:
- São Bento (2019)
- Esportivo, de Bento Gonçalves (2020)
- Pelotas (2020)
- Paraná Clube (2020–2021)
- Marcílio Dias (2021–2022)
Essas passagens, principalmente em clubes de interior e equipes de menor orçamento, marcaram a reta final da trajetória como jogador. Em 2022, após encerrar o vínculo com o Marcílio Dias, Renan decidiu encerrar a carreira como goleiro profissional, colocando ponto final em um ciclo iniciado ainda na infância no Inter.
Carreira na Seleção: base vitoriosa e bronze olímpico
Renan também deixou sua marca na Seleção Brasileira de base. Pela sub-20, acumulou convocações e chegou a ser capitão no Mundial da categoria. Em 2008, aos 23 anos, foi chamado para a Seleção Olímpica que disputou os Jogos de Pequim — e saiu de lá com a medalha de bronze, um dos momentos mais expressivos de sua passagem pela Amarelinha.
Chegou a ser convocado para a Seleção principal em algumas oportunidades, com Dunga, mas não estreou em partidas oficiais. Ainda assim, sua presença em grupos de alto nível, tanto na base quanto na equipe olímpica, reforça o peso da carreira que construiu como goleiro.
Todos os clubes da carreira de Renan (em ordem cronológica)
Durante sua trajetória como jogador profissional (2005–2022), Renan defendeu os seguintes clubes:
- Internacional – 2005–2008 (primeira passagem)
- Valencia (Espanha) – 2008–2011
- Xerez (Espanha, empréstimo) – 2009–2010
- Internacional – 2010–2011 (empréstimo, retorno)
- Internacional – 2011–2012 (contrato definitivo)
- Goiás – 2013–2017
- Ceará – 2018
- São Bento – 2019
- Esportivo – 2020
- Pelotas – 2020
- Paraná Clube – 2020–2021
- Marcílio Dias – 2021–2022
No total, foram mais de 400 partidas como profissional, com destaque para Internacional e Goiás, além das experiências na Espanha e na fase final em clubes de interior.
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