Copa do Brasil 2005: quando o Paulista bateu o Fluminense na final
Título do Paulista faz 20 anos neste domingo; relembre a campanha histórica

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A Copa do Brasil de 2005 marcou um momento inesquecível para o futebol nacional. O pequeno Paulista de Jundiaí, então da Série B, conquistou o título pela primeira vez, derrotando o tradicional Fluminense, da Série A, em uma decisão surpreendente. Foi a 17ª edição da competição organizada pela CBF, com 64 equipes em formato mata-mata. Relembre a conquista do Paulista na Copa do Brasil 2005.
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Copa do Brasil 2005: a conquista improvável
O Paulista entrou na história ao se tornar o terceiro time de fora da primeira divisão a erguer a taça. Sob o comando de Vagner Mancini, o clube fez campanha consistente desde a estreia em fevereiro, superou grandes adversários e foi crescendo até a consagração. A vitória garantiu não apenas o título, mas também a vaga na Libertadores de 2006 .
O Fluminense, treinado por Abel Braga, vinha com bom desempenho na temporada, mas foi surpreendido. Após a derrota por 2 a 0 no jogo de ida, no Jaime Cintra, em Jundiaí, o Tricolor conseguiu um empate sem gols no jogo de volta, em São Januário. Não foi suficiente para reverter a vantagem do Paulista.
Este conteúdo traz o caminho até a final, os detalhes dos dois jogos decisivos e o impacto daquele título para o Paulista e o futebol do interior de São Paulo.
Time do Paulista campeão da Copa do Brasil de 2005
O time-base era composto por Rafael; Lucas, Dema, Anderson Batatais (Réver) e Julinho; Fábio Gomes, Cristian, Juliano e Márcio Mossoró; Leo Aro e André Leonel. O técnico era Vagner Mancini.
Vários jogadores tiveram oportunidades em times grandes depois da conquista. Réver, zagueiro, pelo Atlético-MG, e Cristian, volante, pelo Corinthians, foram os que mais tiveram sucesso.
Caminho até a final
O Paulista enfrentou uma trajetória difícil, passando por duas partidas a partir das oitavas. Destacam-se:
- Nas semifinais, eliminou o Cruzeiro com fração mínima de gols (5–4 no agregado).
- Já o Fluminense superou grandes clubes como Botafogo, Grêmio e Ceará para chegar à decisão.
O mata-mata comprova o espírito competitivo do torneio, onde equipes de menor expressão podem surpreender gigantes em jogos decisivos.
Jogo de ida: Paulista 2 a 0 Fluminense (15 de junho, Jayme Cintra)
Em Jundiaí, o Paulista deu um passo decisivo rumo ao título. Os gols saíram no segundo tempo:
- Márcio Mossoró abriu o placar com um belo, aproveitando falha da zaga.
- Pouco depois, o atacante Léo ampliou com um toque sutil sobre o goleiro Kléber.
O resultado deixou o Fluminense em situação delicada e colocou o Paulista muito próximo do inédito título.
Jogo de volta: Fluminense 0 a 0 Paulista (22 de junho, São Januário)
No Rio de Janeiro, o Fluminense buscou a reação, mas encontrou um Paulista sólido e bem organizado defensivamente:
- O empate sem gols foi suficiente e garantiu o título ao time paulista com o placar agregado de 2–0.
- O estádio de São Januário esteve lotada, com cerca de 25.000 torcedores, pois o Maracanã passava por reformas.
Com inteligência tática, o Galo de Jundiaí segurou a pressão dos cariocas, consumando um feito histórico.
Detalhes do título do Paulista
- Maior feito: primeiro título nacional do Paulista.
- Vagner Mancini: o técnico que fez história com uma equipe surpreendente.
- Impacto: vaga histórica no Libertadores 2006.
- Estatística: o Paulista se tornou o terceiro clube de segunda divisão a vencer a Copa do Brasil.
A campanha foi marcada por equilíbrio, surpresas e a força do coletivo.
Legado para o futebol interiorano
A conquista de 2005 é um marco para o futebol do interior:
- Seguiu os passos do Santo André, campeão em 2004, outro clube do interior de São Paulo que também surpreendeu ao conquistar a Copa do Brasil contra times da elite.
- Demonstrou a eficiência do formato mata‑mata para equilibrar forças.
- Reafirmou o futebol de base do interior, com identificação regional e potencial competitivo.
Mesmo enfrentando dificuldades financeiras anos depois, o Paulista continua lembrado por essa façanha.
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