Como funciona o dia a dia da família Díaz no Internacional
O Lance! conta como é o dia a dia nos treinos e jogos do Colorado

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Desde a chegada de Ramón e Emiliano Díaz, no final de setembro, o futebol do Internacional vive uma rotina diferente. Seja nas atividades no CT Parque Gigante, durante os jogos ou, até mesmo, nas entrevistas coletivas após as partidas, o que acontece nunca foi visto no Beira-Rio. O Lance! apurou junto a fontes ligadas aos jogadores, bem como no Corinthians e no Vasco, e conta como funciona o dia a dia da família Díaz.
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Os argentinos foram apresentados no Alvirrubro no dia 25 de setembro. Desde então, comandaram o time em quatro jogos, com uma vitória, dois empates e uma derrota.
O trabalho diferente dos Díaz
No Brasil, corintianos e vascaínos já conviveram com isso. Antes deles, torcedores e jogadores de times argentinos e da seleção do Paraguai, entre outros, já conviveram com a família Díaz. Agora é a vez da torcida colorada e do elenco alvirrubro conhecerem o atípico trabalho da sua comissão técnica.
Antes, vale dizer que, além de Don Ramón e do filho Emiliano, o grupo é composto pelos assistentes Bruno Urribarri e Osmar Ferreyra pelo analista de desempenho Juan Romanazzi, todos argentinos também. Ainda completa a comissão o preparador físico brasileiro Diego Pereira.
Dos seis, três têm uma atuação mais destacada no dia a dia dos treinos no CT Parque Gigante. E pai e filho nos jogos e depois das partidas.

Como é no dia a dia no CT
Segundo fontes ligadas ao futebol do Inter, bem como do Timão e do Gigante da Colina, os treinos dos Díaz chamam atenção pela interação diferente entre os integrantes da comissão técnica e os jogadores. As práticas são intensas e sempre misturam o técnico, tático e físico, muitas vezes tudo ao mesmo tempo.
Em cada exercício, Ramón, Emiliano e Pereira aparecem com destaque. Atletas e cartolas são unânimes em dizer que o trio atua bastante nas sessões – assim como nas prelações antes dos jogos. Como o Lance! já presenciou em treinos abertos e pelos relatos que recebeu, cada um tem sua função.
As atividades sempre começam com uma conversa inicial, na qual falam mais Ramón e Emiliano. Depois, durante cada etapa do treinamento, o pai costuma ficar mais ao lado do campo, orientando e motivando os jogadores durante os treinamentos. Às vezes puxa algum atleta de lado para uma conversa individual.
Já Emiliano e Pereira ficam em meio aos atletas, no gramado, também dando orientações e falas de motivação a cada erro. O preparador físico é apontado como um dos protagonistas, sempre ativo durante os treinamentos. Em 2 de outubro, o Lance! flagrou Pereira gritando durante uma rotina de troca de passes:
– Um toque! Sempre um toque! O Inter joga em um toque!
A participação de Pereira é elogiada por atletas que já passaram por suas mãos. Emiliano também é bem enérgico em campo, chegando a participar dos exercícios, trocando passes ou fazendo as vezes de alguma função. Urribarri e Ferreyra também atuam diretamente dando orientações.

Nos jogos e nas coletivas
Nos jogos e coletivas, o protagonismo é dos Díaz. Na beira do gramado, os dois conversam muito, trocam impressões e se revezam nas orientações ao time. Assim como também fazem nas cobranças à arbitragem. Emiliano costuma ser mais sanguíneo – na derrota por 3 a 1 para o Mirassol, por exemplo, chutou uma garrafa de água. Seu pai, mais contido.
Nas entrevistas, normalmente Ramón responde a primeira pergunta. Depois, se revezam, sempre trocando palavras rápidas depois de cada questão. Após perder no Interior de São Paulo, das seis perguntas feitas pelos repórteres presentes, Emiliano acabou respondendo quatro. Em comum, os dois fazem declarações curtas.

Regras claras
A convivência de 24 anos – a dupla começou a atuar junta em 2011, quando passaram pelo Estudiantes de La Plata –, levou à definição de algumas regras de convivência. Uma delas é de nunca discordar na frente dos jogadores. O que acaba causando boa impressão por onde passam. Pelo menos tem sido assim no Beira-Rio.
Na apresentação, em 25 de setembro, ao serem perguntados sobre como funciona essa parceria, a resposta veio de Emiliano:
– É uma honra trabalhar com Ramón. Sempre falo que ele é o meu melhor amigo, não é só uma relação de pai e filho. Tenho muito claro que sou um auxiliar. Na verdade, somos três auxiliares. E tento ajudar. Sou um cara muito sanguíneo, que aparece em jogos e em treinos.

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