Guilherme dos Anjos, filho e auxiliar de Hélio, cita Abel Ferreira e prega paciência antes de carreira solo
Profissional detalha a experiência adquirida ao lado do pai e ressalta a importância de consolidar conhecimentos

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Com uma trajetória marcada pela imersão no futebol desde a infância, Guilherme dos Anjos, filho de Hélio dos Anjos, não poderia ter seguido um caminho diferente: beira do campo e como braço direito do pai, atuando como auxiliar técnico. Nesta função, conquistou neste ano o acesso do Náutico à Série B do Campeonato Brasileiro.
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Natural de Joinville-SC, Guilherme iniciou sua carreira na área de fisiologia antes de se firmar como auxiliar técnico. Ao longo de 14 anos, passou por mais de 15 clubes no Brasil e no exterior, acumulando experiência em diferentes culturas e metodologias. Detém as Licenças A e B da CBF e possui especializações em psicologia, gestão esportiva, comunicação e media training, além de ter concluído o curso de treinador do Barcelona.
— Vejo como fundamental continuar me capacitando para executar a função de treinador gestor. Atualmente, nosso processo funciona com ele como head coach e gestor máximo do futebol, e eu como coach, quase como treinador. A ideia é trabalhar em conjunto. Vejo o futuro dos treinadores nos clubes, médios ou grandes, como Abel Ferreira, que tem influência em todas as áreas — disse Guilherme dos Anjos em entrevista exclusiva ao LANCE!.
Recentemente, o profissional concluiu um MBA em Sport Management pela Universidade Europeia & Real Madrid e passou uma temporada na Europa (2023/24) focado em gestão e novas metodologias no futebol.
— Recentemente, fiz um dos principais MBAs do mundo do futebol e passei meses na Europa, na Universidade Europeia em conjunto com o Real Madrid. Estou me preparando em todas as áreas que impactam o campo: nutrição, fisiologia, preparação física e psicologia, que gosto muito e se correlacionam muito com a questão do professor — explica o treinador.

Evolução em dupla e aprendizado constante
Antes de projetar os próximos passos da carreira, Guilherme dos Anjos destaca a importância da parceria com o pai e do amadurecimento profissional construído ao longo dos últimos anos. O auxiliar técnico ressalta que a experiência compartilhada dentro e fora de campo tem sido fundamental para o desenvolvimento da dupla, que vem aprimorando constantemente o formato de trabalho e consolidando uma relação baseada em aprendizado e evolução contínua.
— Olha, vejo isso com muita tranquilidade. Nos últimos nove, dez anos, temos evoluído nosso trabalho e conquistado resultados. Vejo como uma grande vantagem estar com ele, pois desenvolvi muito a área de gestão, a parte mental e a tomada de decisões em grandes momentos, que podem ser difíceis ou muito positivos. Ainda sigo aprendendo e estamos em um processo de evolução como dupla — comenta o auxiliar.
Guilherme dos Anjos também mencionou exemplos de treinadores que iniciaram a carreira como principais, mas precisaram dar alguns passos para trás após enfrentarem resultados abaixo do esperado.
— Temos um novo formato de trabalho há dois anos, que foi modificado mais uma vez no último ano. É um processo contínuo. Para o próximo ano, vamos sentar, analisar e ajustar o que for necessário. Estou muito feliz com a forma como trabalhamos em conjunto. Não tenho pressa, pois acredito que a pressa neste momento não é saudável. Muitos companheiros que avançaram rapidamente enfrentaram dificuldades, porque o mercado abre portas para o novo, mas fecha para quem não gera resultado ou não tem estabilidade no trabalho — completa.
O futuro como técnico
Com o futuro no futebol sendo um tema recorrente, Guilherme dos Anjos demonstra cautela ao falar sobre a possibilidade de assumir o comando técnico de uma equipe. Apesar da vivência acumulada ao lado do pai e da bagagem conquistada em diferentes clubes, o auxiliar prefere adotar uma postura paciente e focar no amadurecimento profissional antes de buscar novos desafios.
— Vejo tudo isso como fundamental antes de dar um passo como treinador principal. Tenho paciência e tranquilidade. Sou muito novo, e o fato de ter iniciado minha carreira com ele me trouxe muita experiência cedo, que preciso usar a meu favor — finalizou.
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