Felipe Ximenes coloca em discussão a escolha de ex-atletas para executar função de gestor nos clubes do Brasil

Executivo vê falta de planejamento, mas acredita que há espaço para quem se prepara

Felipe Ximenes
Felipe Ximenes já passou por grandes clubes, como Fluminense e Flamengo (Foto: Divulgação)

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Nos últimos anos, virou fato comum ex-jogadores assumirem funções dentro de clubes de futebol, pouco tempo depois de pendurar suas chuteiras. O Corinthians é um exemplo recente desse panorama. O Timão terá Emerson Sheik e Vilson como novos dirigentes para esta temporada. Em uma conversa exclusiva com o LANCE!, Felipe Ximenes, gerente de futebol com passagens por clubes do Brasil, defendeu que existem ex-jogadores com capacidade de exercer funções longe do gramado, mas que cabe aos clubes definir o perfil de profissional que eles buscam para o seu cotidiano. 

- Acho que há pessoas que já jogaram futebol e têm plenas condições de exercer funções executivas. O mais importante é que os clubes entendam o perfil do profissional que eles estão contratando. Não cabe ao profissional, por si só, julgar se ele deve se capacitar ou não, fazer cursos ou não, se só o conhecimento que ele possui já é o suficiente. Na verdade, cabe ao clube avaliar se o perfil da pessoa que ele vai contratar está dentro do desejado - argumentou.

Para Ximenes, no mercado do futebol, não há muito o hábito de se planejar e pensar em um perfil que se encaixe nas necessidades de cada clube. Porém, o executivo acredita que há sempre lugar para quem se prepara.

- O mercado se movimenta e tem vida própria. É uma escolha que o mercado tem feito e acredita que existam ex-jogadores extremamente capacitados, como existem ex-treinador também capacitados para a função. O mercado está aí para todo mundo, é competitivo e as pessoas, se capacitando mais e apresentando melhores trabalhos, vão naturalmente se encaixar nas melhores funções. Faz parte do mercado e encaro isso de uma forma absolutamente natural - afirmou.

Felipe Ximenes ressaltou que, muitas vezes, os clubes contratam profissionais que não possuem a habilidade para a função que devem desempenhar. 

- Quem decide se deve se capacitar ou não é o próprio profissional, seja ele um graduado em educação física, ex-jogador ou ex-treinador. Quem deve pensar antes de contratar são os clubes, para saber se estão fechando com um profissional com o perfil que ele realmente espera - avaliou.

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