Entenda as regras e punições do Fair Play financeiro no Brasil a partir de 2026
Futebol brasileiro terá novidades no ano que vem

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A partir de janeiro de 2026, o futebol brasileiro inicia uma nova era de responsabilidade financeira com a implantação do Fair Play Financeiro. O projeto, capitaneado pela CBF e discutido em reuniões com clubes e especialistas, foi desenhado para equilibrar receitas e despesas das equipes e prevenir crises econômicas que marcaram a história recente do esporte nacional.
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Em 2026, todos os clubes do país deverão quitar dívidas recentes e apresentar dados financeiros detalhados em checagens periódicas, previstas para março, julho e novembro. Dívidas antigas podem ser regularizadas até novembro do mesmo ano, mas o controle será contínuo, especialmente sobre a folha salarial e as contratações. A partir de abril, a fiscalização será rigorosa, com análise de balanços e monitoramento da saúde econômica dos times.
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O órgão fiscalizador, formado por profissionais do mercado, terá atribuições amplas: controlar o limite de despesas com salários e amortização de atletas, que em 2029 não poderão exceder 70% das receitas totais. Outro requisito será o nível de endividamento de curto prazo do clube, que não poderá ultrapassar 45% da receita. Entre 2026 e 2027, os clubes terão tempo para adaptação e, a partir de 2028, só poderão gastar até o volume arrecadado no período, conforme balanço operacional.
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Os clubes precisarão apresentar receitas maiores ou iguais aos custos relevantes para atingir déficit zero ou resultado positivo. Gastos com infraestrutura, futebol feminino e base ficarão fora do cálculo das regras mais duras. Times em Recuperação Judicial serão incluídos, tendo de manter salários estáveis e comprovar lucro em janelas de transferência.
O sistema inclui punições progressivas. Na primeira infração, a equipe será obrigatoriamente monitorada e terá de apresentar plano de ação. Na reincidência, são previstas advertência pública, multa, retenção de receitas, restrição a contratações, perda de pontos, rebaixamento e cassação de licença. O controle se aprofunda até 2029, quando o modelo estará plenamente em vigor.

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