Eleição da CBF terá boicote de clubes; entenda o impacto
Pelo menos 20 agremiações devem deixar de votar no pleito deste domingo

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Candidato único na eleição da CBF deste domingo (25) que irá definir o novo presidente da entidade, Samir Xaud participará de um pleito meramente protocolar, já que a vitória é garantida. Mas ela não contará com apoio unânime: 20 clubes das Séries A e B divulgaram manifesto na semana passada informando que não participarão da votação. Eles alegam que foram alijados das discussões para a sucessão de Ednaldo Rodrigues.
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O boicote foi anunciado em carta aberta intitulada “Sem Clube não tem Futebol”. Ela foi assinada por América-MG, Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo-SP, Chapecoense, Corinthians, Coritiba, Cruzeiro, Cuiabá, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Mirassol, Novorizontino, Santos, São Paulo e Sport. O Operário-PR também deve aderir.
Além deles, existe a possibilidade de a Federação Paulista de Futebol também não participar. O presidente da entidade, Reinaldo Carneiro Bastos, tentou viabilizar a própria candidatura para a eleição da CBF e chegou a ter o apoio de 32 clubes, mas não conseguiu o mínimo de oito federações para inscrever chapa. O dirigente estava em viagem nesse sábado, não participou da Assembleia Geral Extraordinária organizada pela CBF e tampouco enviou representante. A tendência é de que isso se repita neste domingo.
Ausência de clubes na eleição da CBF tem impacto simbólico
A ausência dos clubes não tem impacto prático na eleição da CBF deste domingo, mas ela é simbólica. Há dois meses, quando Ednaldo Rodrigues foi reconduzido para um novo mandato de quatro anos — que acabou anulado com o afastamento ordenado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) —, ele recebeu a totalidade de votos das federações, dos clubes da Série A e dos clubes da Série B. Assim, havia ao menos uma aparência de apoio unânime.
Agora, Samir Xaud começará um mandato com descontentamento público de parte considerável dos clubes da elite nacional. Não significa que eles farão oposição; ao contrário, há sinalização nos bastidores de aproximação futura. Mas a nova gestão sairá da eleição da CBF ciente de que precisará resolver algumas fissuras.

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