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Na Tunísia, ex-Palmeiras e natural de Três Corações lembra de gol que nem Pelé marcou

Diogo Acosta se transferiu no meio do ano para o Étoile du Sahel, da Tunísia, e já ganhou dois títulos, o último a Copa das Confederações Africanas

Diogo Acosta comemora o título da Copa das Confederações Africanas
imagem cameraDiogo Acosta transferiu-se este ano para o futebol tunisiano (FOTO:Divulgação)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 14/12/2015
16:42
Atualizado em 14/12/2015
17:41

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Ele é de Três Corações e marcou um dos seus gols mais bonitos na rua Javari. As coincidências com Pelé param por aí, mas Diogo Acosta tem história para contar em pouco tempo de carreira. Formado na base do São Bernardo e do Palmeiras, o atacante se transferiu neste ano para o Étoile du Sahel, da Tunísia, e já ganhou dois títulos, um deles a Copa das Confederações Africanas.

Antes de chegar à África, ele passou por Avaí, São Caetano e Incheon, da Coreia do Sul. Mas antes disso, fez um gol de Pelé. Ou melhor, um gol que nem Pelé fez. Em jogo decisivo da A3 do Paulista entre Palmeiras B e Juventus, Diogo foi a estrela.

- Estávamos perdendo de 2 a 0, mas fiz dois gols e empatei. No último lance nosso goleiro foi expulso. Como já tínhamos feito as três alterações, fui para o gol, por ser o mais alto. Eles cobraram o escanteio e defendi. Então dei um 'balão' para a frente e a bola entrou direto. Nunca mais vou esquecer.

Em 2012, o atacante disputou a Série B do Brasileiro pelo Avaí e logo se mudou para a Coreia do Sul, para jogar pelo Incheon.

- Era engraçado porque ninguém entendia o que eu queria. Nos restaurantes eu ligava para o intérprete do clube e explicava o que queria comer. Depois o inglês melhorou e me virei. Apesar disso, a comida era bem gostosa, apimentada.

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Neste ano, o tricordiano foi artilheiro da A2 pelo São Caetano, emprestado pelo São Bernardo. Logo apareceram propostas para jogar novamente a segunda divisão nacional.

- Tive propostas de Boa Esporte, Bragantino, Ceará, Macaé, Oeste e Paraná. Mas pensei na minha família e optei pela Tunísia, por causa da proximidade com a Europa e a visibilidade. O Étoile tem um nome forte e tenho a chance de ir para outro lugar melhor.

ADAPTAÇÃO
Em pouco tempo no país, Diogo já ganhou dois títulos, da Copa e o continental da Copa das Confederações Africanas. No entanto, antes de se mudar ele pouco sabia do país do norte da África, na região chamada de Magreb.

- Procurei na internet para me informar. A cultura é diferente, religião de maioria muçulmana, bem distinto do que vi no Brasil e na Coreia. São muitos lugares bonitos e é excelente para morar. Às vezes nos assustamos por causa do terrorismo, mas a segurança é boa.

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A cultura é diferente, religião de maioria muçulmana, bem distinto do que vi no Brasil e na Coreia


O terrorismo está presente no país. Em junho, pouco antes de o brasileiro se mudar para lá, um atentado deixou dezenas de mortos perto da capital, Túnis.

- Cheguei em agosto e teve um atentado em um hotel perto da praia que matou cerca de 15 pessoas.

Embora esteja há quase cinco meses na Tunísia, Diogo pouco conhece do país. Sequer visitou o Saara ou andou de dromedário. A comida, entretanto, está aprovada.

- A alimentação é parecida com a do Brasil, sem o feijão apenas. Eles comem camelo, mas não provei. Se tiver chance, vou arriscar.

Mesmo com pouco tempo, Diogo já passou por um constrangimento na África, mas ele jura que não foi nada grave.

- Onde eu moro tem uma academia só para mulheres. Entrei sem saber e elas me avisaram para sair, mas não teve nenhuma loucura ou pânico, não chegou a ser um mico.

A conquista do torneio continental garantiu a equipe na próxima Liga dos Campeões da África, torneio que dá vaga ao Mundial de Clubes da Fifa.

- Ganhamos a Copa das Confederações Africanas, espécie de Sul-Americana ou Liga Europa, o segundo torneio mais importante de clubes do continente.

Embora o título seja marcante, com partidas duras e fisicamente desgastantes, o nível técnico da liga nacional está abaixo do praticado no Brasil

- São 14 equipes por divisão e alto nível técnico e físico. São 90 minutos intensos, de pegada. O campeonato é concorrido, sem favoritos. Se jogasse o Brasileirão, o Étoile du Sahel disputaria uma vaga na Libertadores.

O título e o fato de ser brasileiro geraram comparações a outro jogador do país que fez história no clube e na seleção da Tunísia.

- A torcida me compara ao [Francileudo] Dos Santos, que se naturalizou, jogou duas Copas do Mundo e é ídolo.

Por mais que tenha vontade de seguir vencendo na África, o brasileiro sonha com voos mais altos na carreira e já escolheu qual liga pretende jogar.

- Gosto bastante do futebol espanhol, é bem interessante. Tenho vontade de jogar lá, embora todos os torneios da Europa sejam bons.

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