No Shakhtar, Kauã Elias vê Europa League como vitrine: ‘Conseguir coisa melhor’
Brasileiro entra em campo contra o Panathinaikos, pela Liga Europa

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No Shakhtar Donetsk, Kauã Elias vê a Europa League como uma vitrine para os grandes clubes do Velho Continente. Em entrevista exclusiva ao Lance!, o centroavante abriu o jogo sobre o torneio, a chegada de Arda Turan como treinador e os sonhos na carreira.
Nas férias, Kauã Elias se preparou de maneira individual visando chegar bem fisicamente para o início da temporada com o Shakhtar Donetsk. O centroavante sabia da oportunidade de aparecer nos duelos da Europa League em busca de uma vaga na fase de liga, mas também de mostrar seu futebol para outros clubes.
- Me perguntam sobre a pressão pelo Shakhtar ter pagado muito dinheiro em mim. Eu falo que sempre retribuo com meu trabalho. Quando cheguei, estava um pouco imaturo com o estilo de futebol daqui. Vejo que consegui amadurecer rápido. O trabalho nas férias que fiz com meu preparador físico foi pra voltar mais preparado para as competições. Eu sabia que jogaria a Europa League, então não podia ter a mesma pegada do Campeonato Ucraniano. São competições muito diferentes. Vim com sangue nos olhos, porque é onde vou mostrar meu futebol para o mundo e conseguir uma coisa melhor ainda do que o Shakhtar.
Contratado na janela de início de ano, Kauã Elias reclamou das poucas oportunidades com Marino Pusic. Na sequência, o centroavante do Shakhtar Donetsk explicou como a mudança e a chegada de Arda Turan foi positiva e a cobrança por um bom desempenho ofensivo por parte do novo comanante.
- Quando cheguei, confesso que estava imaturo, precisava de um tempo pra acostumar, mas também não precisava ter ficado tanto tempo sem jogar, ficado de fora tantos jogos. Tenho todo respeito pelo Marino, mas eu merecia ter jogado mais. Era um excelente treinador. Com o Arda Turan, a gente viu o carinho que tinha por todos os jogadores, trata todos como uma família e a gente tá vendo os resultados. O trabalho é muito bom, não temos nada do que reclamar. Ele (Arda Turan) cobra muito nos treinos. Chegar cara a cara com o gol e não errar, porque a gente sabe que vamos ter chances nos jogos, mas não temos oportunidade para jogar fora. No treino, eu errei um gol e ele cobrou muito. E são muitos jogadores com qualidade: Alisson, Kevin, Eguinaldo, Marlon, Pedrinho. Acaba que sai naturalmente. E estamos sendo felizes de estarmos concretizando os chutes em gols. É o que ele pede nos treinos e tem o nosso talento também.
Na temporada, Kauã Elias não esconde o sonho de conquistar o título da Europa League com o Shakhtar Donetsk, assim como aconteceu em 2008. O brasileiro sabe que terá um caminho complicado pela frente, mas não esconde a empolgação.
- Sonhar pequeno e sonhar grande dá o mesmo trabalho. Claro que pensamos nisso. Como a gente sabe, é um campeonato muito longo. Claro que a gente pensa e quer chegar na final, mas sabemos que será muito difícil. A gente vai fazer de tudo pra chegar na final e se Deus quiser levantar o troféu, porque não é todo mundo que tem essa oportunidade.
Nesta quinta-feira (7), o Shakhtar Donetsk encara o Panathinaikos, pelo jogo de ida da terceira pré-eliminatória da Europa League, às 15h (de Brasília), na Grécia. O duelo de volta ocorre na próxima semana, na Croácia.

Veja outras respostas de Kauã Elias, do Shakhtar Donetsk
Adaptação
- O começo foi muito complicado. Cheguei aqui na época mais fria. Foi muito complicado treinar com gorro, toca, calça térmica. A mão congelava, o pé começava a doer. O começo foi muito complicado. Depois fui acostumando, mas depois de seis, sete meses no Shakhtar já estou bem adaptado. Adaptado a liga, ao frio, a linguagem. Estou mais introduzido no futebol ucraniano e europeu.
Diferença da Europa para o Brasil
- Tem uma diferença muito grande. O futebol aqui é muito mais rápido. Se você demorar um segundo com a bola no pé, você perde uma jogada, uma bola. A gente joga em campos extraordinários que não se vê no Brasil, então a bola rola mais rápido. O que mais me surpreendeu foi a velocidade do jogo, é muito rápido. No Brasil você pega a bola, tem mais tempo com a bola no pé.
Panathinaikos
- A gente sabe que vai ser um jogo muito difícil. Eles vão lotar o estádio, mas não sentimos medo por isso. A gente está pegando um pouco dos ensinamentos que o mister está nos dando sobre o time deles para poder usar dentro de campo e sair com um placar vitorioso para decidir o jogo em casa.
Vitrine da Europa League
- O Ucraniano é um campeonato muito bom, mas sabemos do tamanho da Europa League. Todo o mundo vê. Pode abrir muitas portas tanto em time, quanto em Seleção Brasileira. Chegar na Seleção seria um feito incrível.
Sonhos
- Meu sonho como jogador é chegar na Seleção Brasileira e disputar uma Copa do Mundo. Os outros são chegar em time grande, em uma Premier League, La Liga, Ligue 1. São competições de alto nível em que você vai estar entre os melhores. Mas o principal é jogar na Seleção Brasileira. Desde pequeno, tenho vontade de jogar em dois times: Chelsea e Milan. Eu lembro que eram times extraordinários. Agora também são. Chegar em um desses dois times seria a realização de um sonho. Claro que tem Real Madrid, Barcelona, Liverpool, mas esses dois tem um lugar guardado no meu coração.
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