Fifa rebate críticas de sindicato: ‘Quer mais aparecer do que resolver’
Fifpro tem feito ataques à Fifa e a Infantino por causa do calendário

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O diretor Jurídico e de Compliance da Fifa, Emilio García Silvero, subiu o tom contra o presidente do Sindicato Internacional de Jogadores de Futebol (Fifpro), Sergio Marchi, e disse que o dirigente parece “querer ser mais papista que o Papa”. Nas últimas semanas, Marchi criticou a realização do Mundial de Clubes da Fifa e o inchaço do calendário mundial de futebol, acusando a Fifa de não se preocupar com a saúde dos atletas.
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— Nos sentimos muito decepcionados com a posição de uma parte do sindicato, o Fifpro. Fomos contatados por muitas associações do Fifpro desconfortáveis com o que está acontecendo, com muitas associações que querem falar com a Fifa, negociar com a Fifa, que sabem o quão importante é a Fifa para proteger os jogadores — disse García Silvero, em entrevista realizada por videoconferência nessa quarta-feira (30).
O diretor lembrou que, antes da final da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, a entidade que comanda o futebol mundial se reuniu com sindicatos de atletas de várias partes do mundo. Na ocasião, chegou-se a um consenso de que é preciso estabelecer descanso de 72 horas entre os jogos, além de um período de 21 dias de férias ao final de cada temporada.
Mas, na semana passada, o Fifpro publicou um texto criticando e desdenhando do Mundial de Clubes, fazendo referência à política de pão e circo dos tempos do imperador romano Nero. O sindicato chamou a competição de “ficção montada pela Fifa, impulsionada por seu presidente (Gianni Infantino), sem diálogo, sem sensibilidade e sem respeito por quem sustenta o jogo com seu esforço cotidiano”.
Nessa quarta, Emilio García Silvero rebateu as críticas. Ele citou iniciativas oferecidas pela Fifa para facilitar o acesso de jogadores a tribunais esportivos, a legislação da entidade e o esforço para vincular as normas da Fifa ao ordenamento jurídico dos países-membros. Emílio acrescentou que a Fifa está “sempre aberta a negociações”, mas disse que não vê essa mesma preocupação por parte do Fifpro.
— A verdade é que nas últimas semanas dá a sensação (de a Fifpro) mais querer aparecer nos meios de comunicação do que se preocupar com os verdadeiros problemas e situações dos jogadores — considerou Emílio.
Diretor da Fifa vê 'oposição permanente' do Fifpro
O dirigente da Fifa se referiu inicialmente apenas ao sindicato como um todo, mas, ao ser indagado sobre Sergio Marchi, ele se disse surpreso negativamente.
— Trabalhei várias vezes com o Sergio, em vários projetos. A Fufa não vai entrar em desqualificações pessoais, como eu acho que o Fifpro fez recentemente, em várias ocasiões. Mas, se me perguntas, me surpreende muito negativamente sua atitude — comentou o diretor Jurídico e de Compliance da Fifa.
— Tenho a sensação de que o Sergio está em uma oposição permanente, não digo oposição de se opor, mas em um processo seletivo permanente de parecer e de mostrar ao resto das associações da Europa que ele pode ser até mais papista que o Papa, mais beligerante contra a Fifa que os sindicatos europeus.

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