Entenda a polêmica entre torcida do PSG e Neymar, defendido por técnico

Craque brasileiro saiu do Parque dos Príncipes sob vaias, apesar de ter brilhado e feito quatro gols contra o Dijon. Pênalti, mais uma vez, está no cerne da discussão 

Neymar - PSG x Dijon
(Foto: Divulgação / PSG)

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Pela quinta vez na carreira, Neymar marcou quatro gols em uma só partida. A última quarta-feira foi histórica para o camisa 10, que esmerilhou no massacre por 8 a 0 sobre o Dijon, pelo Campeonato Francês. No entanto, o silêncio do craque após a partida foi, curiosamente, o que mais ecoou externamente. 

Explica-se: Neymar já havia marcado três vezes em um duelo já decidido e, na casa dos 35 minutos do segundo tempo, pôs a bola debaixo do braço e bateu um pênalti sofrido por Cavani. O uruguaio, caso tivesse a oportunidade de ir à cobrança e converter, se tornaria o maior artilheiro isolado do PSG, ultrapassando Ibrahimovic - os dois têm 156 gols, sendo que o último do camisa 9 se deu também na última quarta. 


Neymar contrariou a torcida no Parque dos Príncipes, que, de maneira uníssona, vaiou o brasileiro por não ter dado a sublinhada oportunidade a Cavani. Chateado com os parisienses, Neymar desceu ao vestiário com a bola na mão (o que é de praxe para quem anota três ou mais gols num jogo), na bronca. A afirmação é oriunda do jornal local "L'Équipe". 

Neymar já soma 24 gols em 23 jogos pelo PSG

Por outro lado, internamente, não há polêmicas. O lateral-direito Meunier, titular contra o Dijon, chegou a dizer que Neymar "poderia ter dado a bola" para Cavani e nadar a favor dos fãs, porém frisou que o gesto de vaia "é uma pena e um pouco ingrato". 

- Esse gesto (vaia) é uma pena e um pouco ingrato. Como eu disse antes ele fez quatro gols e deu duas assistências e Cavani é da casa, já faz alguns anos que está aqui e sempre tem uma atitude correta com o clube e os torcedores, além de ser um excelente jogador. Ele é muito querido. Neymar poderia ter dado a bola, seria um gesto de fair play, mas no papel é Neymar quem deve bater os pênaltis e tem essa responsabilidade. Não tem polêmica a ser feita com isso. Eu diria que é normal o que aconteceu - comentou o defensor belga. 

- Ele (Neymar) estava sorridente. Mas ele é alguém que teve uma atitude impulsiva e sentiu rancor no momento. São coisas que acontecem. E por outro lado, ele tem razão, ele fez muito pela equipe hoje é os torcedores vaiarem, ele não assimilou tão bem. Eu acho que a maioria dos jogadores teria a mesma reação - completou Meunier. 

TREINADOR DEFENDE O BRASILEIRO

A polêmica quanto às cobranças de pênaltis não é assunto atual. Ela foi apenas realimentada pela imprensa e torcida de Paris, que já viram a dupla sul-americana ter um entrevero em outrora.

Após o confronto, a fim de esfriar os ânimos, o técnico Unai Emery, já criticado por não ter definido o cobrador oficialmente em situações passadas, não enxergou atrito. Pelo contrário. 

- A equipe tem ajudado Cavani a atingir essa marca. Acho que hoje (quarta-feira), Neymar quis bater o pênalti porque achou que era um bom dia para ele. Nós estamos contentes e acredito que Cavani irá ter muitas oportunidades para marcar mais gols - comentou o espanhol. 

CAVANI DESTACA UNIÃO DO GRUPO

Neymar não se manifestou de forma oficial - e nem nas redes sociais. Já Cavani foi ao Twitter para entronizar a coletividade e positividade presentes no PSG, que chegou a 56 pontos no Francês, 11 a mais que o Lyon, vice-líder.

A próxima partida da equipe de Emery será justamente diante do Lyon, neste domingo, às 18h (de Brasília), no Parc Olympique Lyonnais. 

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