Diretor do Barcelona é sincero sobre diferença entre europeus e sul-americanos: ‘Mito’
Deco avalia novo torneio no calendário do futebol
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Diretor esportivo do Barcelona, Deco opinou sobre a diferença de nível técnico entre clubes europeus e sul-americanos. Em entrevista exclusiva ao Lance!, o dirigente blaugrana foi questionado sobre o tema após a disputa do Mundial de Clubes em que equipes brasileiras conseguiram surpreender o mundo do futebol com resultados expressivos.
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Deco citou clubes como Flamengo e Palmeiras no mesmo nível de investimento a diversas equipes tradicionais da Europa. O cartola entende haver uma disparidade econômica quando comparados com as principais potências do Velho Continente, mas enxerga um equilíbrio entre os dois principais continentes do futebol.
- A diferença técnica é uma questão financeira. Se você trabalha bem, tem mais condição, vai ter os melhores jogadores, treinadores. Os brasileiros estão em vantagem sobre os argentinos na América do Sul. Todos os anos, eles estão chegando em finais e semifinais de Libertadores. Você tem um Flamengo quase não vendendo jogadores importantes, porque não precisa. Tem um Palmeiras contratando jogadores do Barcelona e competindo em um nível altíssimo. Você tem mais investimento, o nível dos treinadores subiu, isso tudo faz com que o nível do futebol cresça. O que é diferente do europeu? Hoje, só tem uma liga competitiva com muitos clubes capazes de gastar milhões, que é a Premier League. E não é garantia de sucesso. O Flamengo talvez invista muito mais do que clubes da Espanha, o Palmeiras deve ter um orçamento maior do que alguns clubes europeus históricos. Isso é meio mito. Quando você pensa nos europeus, tem que pensar em quem você está falando. Óbvio que quando se compara um Chelsea com o Fluminense é diferente, mas nem todos são assim. Tem uma diferença de capacidade de investimento. Tem clubes no Brasil que são exemplos. O Palmeiras é exemplo de gestão, consegue manter um treinador por anos.
Deco revelou ter acompanhado o Mundial de Clubes e diz ter aprovado a competição mesmo sem a presença do Barcelona. No entanto, o dirigente fez um alerta para a questão relacionada ao calendário do futebol com a introdução de um novo torneio, o que acarreta em um prejuízo a pré-temporada das equipes europeias.
- Foi legal, o Mundial foi bacana. Os brasileiros foram bem no geral. Feliz porque o Fluminense foi até onde deu. Não deu mais por detalhes. Foi interessante. A gente sabe que se dá a importância na América do Sul para o Mundial, mas foi legal. Complexo, porque os clubes vão ter muitas dificuldades em gerir plantel, o desgaste é grande. Para os brasileiros foi bom por ter sido no meio do ano, mas complica o calendário quando volta, tem que fazer mais jogos. Mas o formato foi legal.
Fora da última edição, o Barcelona lutará para conquistar uma vaga na edição do Mundial de Clubes de 2029. O clube precisa conquistar uma Champions League ou buscar uma classificação via ranking da Uefa, uma vez que o Atlético de Madrid assumiu um lugar no torneio devido ao ranqueamento.
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